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O FESTIVAL FOI UM ESTRONDOSO ÊXITO
CASTRO VERDE FOI DURANTE 3 DIAS
O CENTRO DO MEDITERRÂNEO.
Esta crónica vai ter 3 partes, tantas quantos os dias que durou o Festival
SEXTA FEIRA ,12 DE SETEMBRO
Castro Verde acordou diferente.
Além das tendas já instaladas na vérpera, dez estátuas foram sendo , ao longo da manhã, colocadas em pleno asfalto (empedrado, no caso) da Rua D.Afonso Henriques, entre a Igreja dos Remédios e o inicio do Jardim do Padrão.
Mas não era apenas o espaço físico que se tinha alterado. Era também o ambiente de festa que se ia instalando nas ruas, com imensos forasteiros muito jovens, muitos de mochila às costas, a espalharem-se pelas ruas da vila, pelas esplanadas dos cafés. como o La Praça, o Paraíso,o Bate Papo ,circulando por tudo quanto é sítio.
Neste primeiro dia, o verdadeiro arranque da Festa teve lugar na Antiga Fábrica Prazeres & Irmão, onde o vereador da Cultura da Câmara de Castro, Paulo Nascimento, procedeu à inauguração da instalação do artista espanhol de Castril, Juan Mar, subordinada ao tema "VIAJE A NINGUNA PARTE"..

PAULO NASCIMENTO FALANDO NA INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO
A exposição da instalação de Juan Mar versa sobretudo sobre os deveres e direitos do Homem os de respeitar os outros e o direito à liberdade, e foi muito apreciado pelos presentes.


Paulo Nascimento ,na sequência, convidou todos a acompanhá-lo pelas ruas da Vila, percorrendo todas as exposições e eventos do dia, do Festival.

Subimos até ao Jardim do Padrão, onde nas escadarias da Câmara foi apresentada a instalação do Exercito de terracota de autoria do escultor e pintor Giuliano Ghelli.

Seguiu-se a inauguração da Exposição de escultura de pedra, expostas em plena rua D.Afonso Henriques , entre o Jardim do Padrão e a Igreja dos Remédios.
Ciceronados então pelo escultor Moisés do Centro Internacional de Escultura, e autor de duas das estátuas, foi explicando a finalidade do Centro e o significado de cada uma das esculturas, as de sua criação e dos outros colegas autores.
A colocação das estátuas de grande porte na via pública teve como objectivo aproximar as pessoas da arte.
A par da exposição e também na rua funcionou um workshop de escultura de pedra onde as pessoas puderam interagir e experimentar a arte de esculpir.
A visita guiada prosseguiu então na Galeria Municipal, ao lado do Café Paraíso, onde esteve instalada durante os 3 dias do Festival uma Exposição sobre o Museu da Ruralidade que será instalado a título definitivo na vila de Entradas.

COUBE A MIGUEL REGO A APRESENTAÇÃO DA EXPOSIÇÃO E DO PROJECTO
Antigas alfaias agricolas, vestuário de ceifeiras , fotos da faina da ceifa e da debulha,outros instrumentos da faina nos campos, como uma galera.
Após esta visita e para quem ainda teve pernas ,dirigimo-nos ao Forum Municipal onde estavam a decorrer oficinas de dança (do ventre e alentejanas).
Estas oficinas ,ou workshops de dança foram muito concorridas, onde dezenas largas de jovens de todas as idades, aprenderam durante hora e meia as técnicas das danças respectivas, sob a orientação das monitoras Sara, bailarina do grupo siciliano Traitriba (dança do ventre) e da Liliana Araujo (danças alentejanas).
MÚSICA, ALEGRIA, DANÇA E EMPENHO
Ambiente descontraído, alegria contagiante dos participantes, que se prepararam para o baile dessa noite , na tenda marroquina.
A noite, essa, foi comprida , exaltante, e muito participada.
Pelas nove e meia aconteceu o primeiro concerto do Festival , no Cine-Teatro, com a actuação ,como sempre de qualidade, dos Ganhões de Castro Verde:
OS GANHÕES ACTUARAM COM A HABITUAL QUALIDADE
e da Med'Set Orkestra:
constituída por músicos de várias nacionalidades mediterrânicas,: portuguesa,italiana (Siciliana e Toscana),espanhola (Valência) e argelina.
A interacção com a plateia foi tão intensa que acabou com o pessoa a dançar frenéticamente junto ao palco...
ALGUNS NÃO CONSEGUIRAM RESISTIR E SALTARAM DA PLATEIA DANÇANDO FRENETICAMENTE
Mas a noite ainda não tinha terminado.
A seguir ao ultimo acorde, à ultima salva de palmas
Saídas do Cine teatro, as pessoas deslocaram-se assim como numa "excursão a pé" até à Tenda Marroquina, instalada no Jardim do Padrão onde iam actuar duas bandas.
O grupo NO MAZURCA ORKESTRA foi o primeiro a actuar. Constituído por músicos portugueses e nesta noite com o reforço do Paulo Colaço, que já conhecíamos do novo projecto musical MODAS À CAMPANIÇA.
Ao som da sua música ,e sob a voz de comando da Liliana Araújo que os havia
monitorado nesse tarde, os dançarinos de ocasião, riscartam no chão da tenda vistosas e bem executadas coreografias que encheram de espanto quem desavisadamente entrasse na tenda
À NOITE, NA TENDA MARROQUINA, APLICARAM-SE AS TÉCNICAS DE DANÇA APRENDIDAS DE TARDE.
Quando os Mazurca deram por concluída a sua prestação, e enquanto não subia ao estrado a ultima atracção da noite, foi sendo servida no Largo da Cânara, uma saborosa tiborna mediterânica que depressa se esgotou, tal o sabor único do pão, do azeite, do alho, do açucar, da canela, elementos à disposição e que eram escolhidos aleatóriamento pelos comensais, que escolhiam os sabores que queriam para a sua própria tiborna.
Confesso que não usei o açucar e a canela.
Para mim a tiborna é melhor sem doce.
Gostos!!!
A fechar a noite o excelente grupo siciliano TRIATRIBA troxe-nps os sons da sua região e uma bailarina linda de morrer!!!
Dancou-se até às tantas.
E foi o primeiro dia...