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SAUDADES DE DOTESTA..
Vindas do monte DOTESTA, a poucos kms de Almodôvar e de Castro Verde, a Natércia , a Herminia e a mãe Bárbara, encontraram no Feijó, uma numerosa comunidade de alentejanos, que muito bem as integraram, e onde se sentem em casa.
Contudo, as suas memórias da terra, especialmente do Dotesta, são muitas, e a tristeza de , quando lá vão de visita, constatarem a ruína da casa senhorial e do monte em geral, levaram a Natércia a escrever um poema, para ser cantado com uma conhecida música de Paco Bandeira, "A ternura dos quarenta".
É esse poema que publicamos hoje:
Oh Dotesta quem te viu
Quem te vê agora então
Fica triste e desolada
Pois estás mesmo abandonada
As pedaços pelo chão.
Eras um Monte bonito
Todos gostavam de ti
Quem lá ia uma vez
Ia uma, duas , três
Que bons tempos lá vivi
REFRÃO
Era tão bom
Os que te vêem agora
Que te voltassem a vêr
Como tu eras outrora.
Que maravilha
Se voltasses novamente
Ao que eras noutro tempo
Para alegria da gente.
Não importava que o Monte
Por outros fosse habitado
Mas gostasse isso sim
De te poder vêr ainda
Novamente restaurado.
Quem te conheceu um dia
Ao vêr-te fica pasmado
De vêr o Monte que eras
Lamentam profundamente
Ao que tu tenhas chegado.
Era gente de Lisboa
Que te vinham visitar
Ficavam maravilhados
Ao vêr a casa de campo
Pr.as suas férias passar.
Muito havia pr.a dizer
Sobre ti Monte da Testa
Mas é verdade porém
Que era lá sempre uma festa.
Poema de Natércia de Jesus