quinta-feira, setembro 30, 2004

MONTE DA RIBEIRA , o brazão de uma família unida

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O Monte da Ribeira tem a importância para a família Colaço, de um brazão, de um ícone, de uma matriz. pois foi construído com o esforço dum pai de 9 filhos, como se edificasse com amôr, cimento, sabêr, suor e tijolos, a estrutura forte da sua numerosa família.
Pisar o seu chão, sentir os seus cheiros. respirar o seu ar, tem para os descendentes do José Batista Colaço e da Felicidade Lúcia, o significado de tocar, de sentir, as suas origens , as suas raízes.
E é assim com uma emoção renovada, que sempre que revisitam o "Monte", os filhos, netos e bisnetos , revigoram a sua pertença, fortalecem os seus laços, se sentem mais integrados, mais uns dos outros.
Recordam a sua meninice, repetem relatos das suas traquinices, lembram as suas brincadeiras, as doces reprimendas da mãe Felicidade, as estórias e os ensinamentos do pai José, tudo, aquele local, aquela casa, lhes trás à memória.
Coube ao António, o mais novo dos rapazes, a orgulhosa missão de guardião do símbolo físico da Familia, do seu brazão, e para isso muito trabalhou, muito batalhou, conseguindo-o com o suor do seu rosto, com o sacrificio de um homem talhado para vencer.
Relembro o poema que já antes se publicou, e que nos fala dos serões desta "casa", deste "Monte".:
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MONTE DA RIBEIRA - SEUS SERÕES

A estória que vou Contar,
Vem cheia de recordações,
leva-nos todos a lembrar
do Alentejo os seus serões

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À beira daquelas brasas,
todos juntos à lareira,
comendo chouriço e favas,
lá no Monte da Ribeira
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Os irmãos todos reunidos,
Contavam estórias d.encantar
faziam-se queijos, também enchidos,
adivinhas, renda e às s cartas jogar.

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"Princesa d.Austria", sua linda estória.
"A totinegra do moinho"
Muitos contos de memória,
contava ti Chico Paulino.
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"Carlos Magno" contava o Zé,
o tio Branco, contos sem rima,
"Os dois Castelos","Cabra cabrez"
dizia então o Ti Jesuína
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Vinham amigos de longe e de perto,
do Pardieiro, do Forno da Cal,
também do Testa, dos Porteirinhos,
Ti Chico da Mina, qu.era o moiral
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Aqui fica para a história,
do Alentejo , o seus serões,
Que não nos sáia da memória,
pr.alegrar nossos corações

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