sexta-feira, abril 18, 2008

IV MERCADO MEDIEVAL DE ALMODÔVAR

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Almodôvar: IV Mercado Medieval decorre entre os dias 25 e 27

Almodôvar vai recuar no tempo, mas no bom sentido.

Bobos e saltimbancos, artistas que divertiam os senhores feudais na Idade Média, voltam a «invadir» a vila alentejana de Almodôvar durante o IV Mercado Medieval, que vai decorrer entre os dias 25 e 27 deste mês.
O «regresso ao passado», Arranca quinta-feira e vai realizar-se até 27 deste mês, com espectáculos de música, teatro e dança e actividades desportivas.

Através do Mercado Medieval, que vai decorrer em toda a Praça da República pelo quarto ano consecutivo, Almodôvar vai «regressar» ao ano de 1285, quando foi outorgado, por D. Dinis, o foral à vila, explicou a vereadora da cultura da autarquia, Sílvia Baptista. Com esta «viagem», a vila vai celebrar os 723 anos da atribuição do foral, voltando à Idade Média através do contacto com personagens, ambientes e vivências típicas da época.

Documentos autênticos, na posse da Câmara Municipalconfirmam que Almodôvar pertenceu ao mestrado de Santiago a quem concedeu Foral El-Rei D. Dinis em 17 de Abril de 1285, o que demonstra ser esta Vila, já nessa época um centro importante.

Concedia-lhe D. Dinis, nessa Carta de Foral grandes poderes entre os quais "o de o povo não pagar portagem em parte nenhuma" nem "os gados da vila e seu termo pagarem montas" como consta do Livro de Regimento de Verdes e Montados.
Mais tarde D. Manuel I, em 1 de Junho de 1512 deu novo Foral a Almodôvar, confirmando não só os mesmos previlégios concedidos por D. Dinis, mas ampliando essa concessão.
Este novo Foral concedia muito mais regalias, isenções e de prerrogativas mais latas. É interessante lembrar que uma delas determinava "a proibição de qualquer habitante desembainhar arma na a´rea do povoado ou bater em outrem, excepto quando fosse marido em sua mulher ou filhos".
A partir de então, já apareceram mais documentos que podem ser consultados.
Portanto sabe-se que a vila foi Comenda do Mestrado da Ordem de Santiago por concessão de D. Dinis e que a Misericórdia local e o Hospital Velho, (hoje balneários) são pobres ignorando-se a sua fundação e origem.