sexta-feira, janeiro 02, 2004

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MONTE DA RIBEIRA - SEUS SERÕES


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Na casa das primas, o principal tema das conversas dos domingos à  tarde, é o Alentejo, lá onde quase todos os "habituais" são familiares, se entralaçam , sendo a maioria primos uns dos outros.
Brevemente vamos publicar neste espaço , uma árvore genealógica do pessoal cá da casa. e então se constatará isso mesmo.
Muito se fala do Monte do Testa , dos Porteirinhos, na Graça, no Pardieiro, no Forno da Cal . no Brigelinho no Rosário, e, entre outros , no Monte da Ribeira.
Pois é do Monte da Ribeira que hoje vamos tratar.
Não tive o privilégio de lá ter vivido, mas, ao longo destes anos, fui ouvindo dos seus intérpretes -Lena e meus cunhados Manel, Zé Batista, Maria Alice, Ana, da saudosa e muito querida Augusta, da Bárbara, e do resistente António, relatos do seu dia a dia, das suas brincadeiras, e especialmente de como decorriam os seus serões em família.
Dessas recolhas, dessas memórias, retirei a matéria com que escrevi o poema da cançao alentejana que me atrevi a construir, que a seguir reproduzo, e que todos cantamos no estilo de balada alentejana:

MONTE DA RIBEIRA - SEUS SERÕES

A estória que vou Contar,
Vem cheia de recordações,
leva-nos todos a lembrar
do Alentejo os seus serões

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À beira daquelas brasas,
todos juntos à  lareira,
comendo chouriço e favas,
lá no Monte da Ribeira
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Os irmãos todos reunidos,
Contavam estórias d.encantar
faziam-se queijos, também enchidos,
adivinhas, renda e às s cartas jogar.

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"Princesa d.Austria", sua linda estória.
"A totinegra do Moinho"
Muitos contos de memória,
contava ti Chico Paulino.
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"Carlos Magno" contava o Zé,
o tio Branco, contos sem rima,
"Os dois Castelos","Cabra cabrez"
dizia então o Ti Jesuína
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Vinham amigos de longe e de perto,
do PArdieiro, do Forno da Cal,
também do Testa, dos Porteirinhos,
Ti Chico da Mina, qu.era o moiral
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Aqui fica para a história,
do Alentejo , o seus serões,
Que não nos sáia da memória,
pr.alegrar nossos corações

José Júlio