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A CASA DAS PRIMAS JÁ HAVIA ESTADO NO
LANÇAMENTO DO PRIMEIRO ROMANCE DO
NOSSO AMIGO ESCRITOR DE ENTRADAS
NAPOLEÃO MIRA.
Sabendo que viria a Lisboa ,à Casa Mãe de todos os Alentejanos ,sacramentar o seu livro "FADO", fiz questão de prestigiar o autor e o Alentejo. na sua pessoa.
Agora,com maior legitimidade lhe dei um abraço, pois já li a sua obra, e naquele amplexo lhe quiz transmitir as minhas felicitações pelo belo romance que escreveu.
O tema é muito bem escolhido, e a sensibilidade e experiência de vida do Napoleão, permitiu conseguir um produto final que nos fica na memória e nos deixa a pensar por muito tempo.
Napoleão junta à sua oralidade fulgurante uma enorme facilidade no verbo escrito, nas combinações de bom gosto das metáforas, dos adjectivos e dos temas vivenciados pelas personagens.
Muito interessante é verificar a melhoria da qualidade e fluidez do texto, à medida que se avança na leitura.
No meu caso pessoal, o facto de o livro começar com o recordar dos momentos mágicos da vitória dos Magriços por 5-3 face aos Coreanos, desde logo me prenderam, pois vi-me regressado àquele sábado ,6 de Agosto de 66, a chegar a Lisboa de camioneta ,vindo das Caldas da Rainha de fim de semana, onde estava a cumprir a recruta no serviço militar.
Entre as Caldas e Lisboa, pela rádio do veículo, escutei angustiado os 3 golos, com que os baixinhos da Coreia nos estavam a despedir do Mundial e da eufórica esperança que estávamos a viver vindas de Inglaterra.
Com a camisa 13, Eusébio desdisse a má fama do número conotado com o azar, e marcou 3 golos
Já em casa das minha então namorada, vivenciei até às lágrimas a heróica cavalgada de Eusébio ,Torres e os seus pares, numa alegria que voltei a recordar agora com o livro.
A apresentação teve lugar numa das belas salas do Palácio Alverca . onde está instalada a Casa do Alentejo, e o escritor teve à sua volta uma sala muito bem composta, um ambiente de grande cordialidade como é habitual entre alentejanos.
O amigo Luis Moisão, teve a excelente ideia de vir acompanhado dum fadista do Feijó, o Paulo Bicho, ensaiador do grupo Cheirinhos do Alentejo, que,
prestigiou o autor de FADO , cantando alguns fados aplaudidos pela sala.
apresentado por Napoleão Mira
Na mesa de honra, ladeavam o autor o Presidente da Casa do Alentejo João Proença , e o amigo e confidente deste , Manuel Faria.
O Presidente João Proença congratulou-se por receber Napoleão Mira na Casa dde todos os Alentejanos e deu inicicio à apresentação.
Manuel Faria,então, falou do seu amigo e autor :
deixando uma ideia de grande cumplicidade reciproca e grande identidade de ideias e valores.
Depois, Napoleão Mira, fazendo uso da sua enorme destreza na palavra ,falou sobre o seu livro, começando por referir a sua satisfação pela "casa cheia" que tinha pela frente
e prestigiando a figura dum antigo seu Professor Fernando Eugénio ali presente
numa linguagem apaixonada
valorizando sobremaneira dois elementos centrais na sua obra
a epopeia dos que se viram obrigados a emigrar
e a salientar o papel pedagógico que exerce no livro a sua personagem "professor José Luis"quanto a mim, uma brilhante ideia que enriquece sobremaneira a sua obra.
acabando a agradecer aos amigos a presença que muito o tocou.
No final,a tradicional fila dos autógrafos
e um pequeno beberete bem alentejano nos seus elementos
Num gesto de grande carinho e deferência para com o autor, algumas das bravas Cantadeiras de Alma Alentejana, compareceram já no final, depois
dos seus compromissos profissionais,cantando algumas modas e fazendo finca-
pé de serem fotografadas com Napoleão Mira.