BLOGUE que canta, escreve e mostra o Alentejo. Nasceu entre alentejanos da região de Castro Verde e Almodôvar . MADRINHA DE HONRA DO BLOGUE: TIA MARIA BÁRBARA MARQUES
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O NOSSO AMIGO PEDRO JONNAS
VAI LEVAR O SEU ESPECTÁCULO
"TRIBUTO", A PORCHES E A
MUITAS OUTRAS LOCALIDADES
A Casa das Primas, mostra onde e em que datas poderás ver e ouvir este nosso amigo de Albernoa, e acompanha o seu crescimento como cantor.
Dia 29 de Julho - Festival do Caracol em Porches (Lagoa)
Dia 03 de Agosto - Vila Nova de Milfontes (Odemira)
Dia 05 de Agosto - Figueira de Cavaleiros (Ferreira do Alentejo)
Dia 11 de Agosto - Baleizão (Beja)
Dia 15 de Setembro - Conceição (Ourique)
Dia 06 de Outubro - São Teotónio (Odemira)
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Ia uma Freira a caminho do Convento quando uma loira lhe oferece boleia.
A Freira entra no carro e começa a reparar no seu luxuoso interior:
- Mas que belo carro a Senhora tem! Deve ter trabalhado muito
arduamente para o conseguir comprar.
- Olhe Irmã, por acaso não foi bem assim. Foi um industrial com quem
dormi durante uns tempos que me ofereceu.
Entretanto, a Freira olha para o banco de trás onde estava pousado um
casaco de vison e exclama:
- Oh! O seu casaco de peles é lindo! Deve ter custado uma fortuna.
- Não me custou muito pois bastou-me passar umas quantas noites com um
futebolista.
Após ouvir isto, a Freira manteve-se calada durante o resto da viagem.
Ao chegar ao Convento foi para os seus aposentos tomar um revigorante banho.
Estava a Freira na banheira quando ouve alguém a bater à porta do seu quarto.
- Quem é?
- É o Padre António.
- Vai à merda, mais os teus rebuçadinhos de mentol...
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AMANHÃ ,DIA 25 DE JULHO COMEMORA-SE
O 873º.ANIVERSÁRIO DA BATALHA DE
OURIQUE, EM SÃO PEDRO DAS CABEÇAS.
Comemorações do 873º Aniversário da Batalha de Ourique realizam-se amanhã, 25 de Julho em S. Pedro das Cabeças
clica na imagem para aumentar
Comemoram-se amanhã, 25 de julho, oitocentos e setenta e três anos que se travou a lendária Batalha de Ourique.
Para assinalar a data, o Regimento de Infantaria de Beja organiza, a partir das 10h00, no local histórico de S. Pedro das Cabeças, uma cerimónia militar, à qual se associa o Município de Castro Verde.
O local de S. Pedro das Cabeças, no concelho de Castro Verde, considerado por muitos o palco onde, em 1139, D. Afonso Henriques terá travado a Batalha que conferiu a Portugal o estatuto de Reino, tem sido desde há muitos anos o local escolhido para celebrar, a 25 de Julho, o dia da Batalha.
A importância da Batalha de Ourique prende-se com o facto de ter sido sinónimo de uma importante viragem na história de Portugal, visto que é também a partir desta que surge o novo conceito de Portugalidade, classificando, assim, o nosso país como um dos mais antigos do mundo, e o mais antigo da Europa.
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DA "VIOLA CAMPANIÇA PRODUÇÕES" DE
PEDRO MESTRE RECEBI UMA NOTA DE
IMPRENSA , SOBRE UMA CAMPANHA QUE
ESTÁ A SER LANÇADA PARA FINANCIA-
MENTO DUM FILME DO REALIDADOR
TIAGO PEREIRA SOBRE A VIOLA
CAMPANIÇA DO ALENTEJO QUE TERÁ
PEDRO MESTRE NO PROJECTO.
Acerca do projeto
"Cantam as filhas da Rosa" é um projecto de documentário do realizador Tiago Pereira que, incidindo sobre um instrumento tradicional do Alentejo - a Viola Campaniça -, pretende uma consciencialização da opinião pública portuguesa quanto à existência e valor único do seu património imaterial.
Neste trabalho procura-se descobrir, recolher e transmitir a história da Viola Campaniça, bem como dar a conhecer as práticas musicais e os contextos socio-culturais de que foi e é ainda protagonista. Fabricantes, estudiosos e tocadores (velhos, novos e re-inventores da tradição) são chamados a tomar parte na construção de um acervo audiovisual dedicado a este instrumento, que se pretende quanto completo quanto possível.
Propõe-se no subtexto deste documentário contribuir para uma progressiva mudança da forma negativa como a cultura popular de raiz tradicional continua a ser pensada, dando a conhecer um universo muito mais rico e singular nas suas características do que o distante olhar urbano em geral pressupõe ou admite.
Sem apoios institucionais, a opção pelo crowdfunding surge da urgência em registar e compilar as práticas musicais protagonizadas por este instrumento. A campanha de angariação de fundos permitirá envolver a comunidade, dando-lhe um papel activo na salvaguarda do seu património.
A Massivemov foi a plataforma escolhida para realizar a campanha, que pretende angariar €9000 até dia 12 de Outubro, para que o filme possa estrear ainda este ano, tanto em sala como no Canal 180 (canal de televisão open source especializado em cultura e criatividade). Este valor cobrirá as despesas de produção, realização, montagem e mistura. Todos os apoiantes serão mencionados no genérico do filme, estando prevista a possibilidade de assistir à rodagem para os que contribuirem com os montantes mais elevados.
Toda a pesquisa para este documentário está já feita pelo Pedro Mestre que tem desde sempre dinamizado este instrumento. Também algumas gravações já foram realizadas e podem ser vistas no site da música portuguesa a gostar dela própria
Previsão de entrega das recompensas: Até 30 dias após término do projeto
Acerca do empreendedor
Realizador, videasta, mentor e coordenador do site "A música Portuguesa a gostar dela própria" e vencedor do prémio Megafone, Tiago Pereira tem desenvolvido em estilo único a documentar, recolher e misturar imagens em movimento. Os seus filmes transdisciplinares remetem para manifestações de cultura imaterial como a música, rituais e performances, procurando sempre novos usos da tecnologia e novas abordagens à cultura popular e ao tradicional. Na sua já vasta lista de trabalhos destacam-se os premiados 11 burros caem no estômago vazio e Quem canta seus males espanta ou os mais recentes Sinfonia Imaterial, Vamos tocar todos juntos para ouvirmos melhor e Não me importava morrer se houvesse guitarras no céu.
Pedro Mestre, músico alentejano que se tem dedicado à recuperação e divulgação da Viola Campaniça, será responsável pelo trabalho de pesquisa no terreno. Algumas gravações já foram realizadas e podem ser vistas no site da Música Portuguesa a Gostar Dela Própria.
Imagem de grande beleza de uma rua de Évora de autoria de Rui Evaristo, publicada no facebook na página do Alentejo Terra e Gente, pela amiga Regina Rosa.
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OS SETE SÓIS, SETE LUAS EM
CASTRO VERDE, VÃO TER LUGAR
DE 14 A 16 DE SETEMBRO.
A CASA`DAS PRIMAS lembra o entusiasmo das oficinas de dança na edição de 2011
Planície Mediterrânica em Castro Verde de 14 a 16 de setembro
De 14 a 16 de setembro, Castro Verde recebe mais uma edição da Planície Mediterrânica. Integrada na rede cultural do Festival Sete Sóis Sete Luas, que este ano comemora a sua vigésima edição, a Planície Mediterrânica volta a fazer a festa celebrando os sons e culturas do mediterrâneo, numa iniciativa organizada conjuntamente pela Câmara Municipal de Castro Verde, Associação Sete Sóis Sete Luas e Associação Pédexumbo, em colaboração com as associações e coletividades do concelho.
Concertos, bailes, exposições, oficinas de dança, visitas, gastronomia e animação de rua, são algumas das propostas para estes três dias de festa.
Para a edição deste ano estão já confirmadas duas produções originais do festival: 7Luas.Orkestra.20º [Mediterrâneo], um projeto que reúne Shlomo Deshet [Israel], Luís Peixoto [Portugal], Agus Barandiaran [País Basco], Mara Aranda [Valência] e Mário Incudine [Sicília], criado propositadamente para celebrar a vigésima edição do festival, traz a Castro Verde um repertório que reúne músicas tradicionais, composições originais e novos arranjos de temas já editados, visitando a música popular portuguesa, os ritmos do País Basco e do Sul da Itália, as melodias arábes e sefarditas ou a música valenciana; e Orient 7Sóis [Mediterrâneo], a nova criação artística original do Sete Sóis Sete Luas, liderada por Rão Kyao, que surge do trabalho conjunto de seis prestigiados artistas provenientes do Oriente do Mare Nostrum: Croácia, França, Grécia, Portugal e Roménia. A palco trazem temas musicais inéditos que transmitem vibrações emocionantes e as alegrias do Mediterrâneo.
Nas artes plásticas, chega-nos de França o trabalho de Moss. Um conjunto de esculturas em madeira que estará patente durante os dias do festival, e que, através de uma dimensão humorística, revela toda a agressividade e sede de justiça do escultor que esteve detido numa prisão durante cerca de treze anos.
Konstantinos Ignatiadis [Grécia] é outro dos nomes que podemos encontrar nesta edição 2012 da Planície Mediterrânica, através de uma exposição de retratos e de um laboratório de fotografia, que será dinamizado pelo fotógrafo.
“Incêndio!” é o espetáculo que a Companhia de Teatro de Rua L’Avalot [Catalunha] traz a Castro Verde. Uma produção artística recheada de pirotecnia e grande maquinaria, que conta o regresso dos dinossauros, apresentando uma espetacular parada de rua em diferentes pontos da vila, e o “incêndio” de um edifício do centro histórico.
A tradição, componente importante desta terra, será avivada por um conjunto de manifestações onde cabem a viola campaniça e o cante alentejano.
Não faltarão também os bailes de tradição e as oficinas de instrumentos e de gastronomia.
Nascido entre Portugal e Itália, o Festival Sete Sóis Sete Luas tem como ponto de partida a promoção da arte e cultura, como forma de aproximação e intercâmbio cultural entre países, cidades e pessoas.
Desenrola-se, atualmente, ao longo de um itinerário que conta já com 30 cidades de 11 diferentes países do Mediterrâneo e da Macaronésia (grupos de ilhas no Ocenao Atlântico Norte, perto da Europa e do Norte de África) entre os quais Brasil, Cabo Verde, Croácia, Espanha, França, Grécia, Itália, Marrocos, Portugal e Roménia.
O programa definitivo será apresentado nos próximos dias será também divulgado aqui no teu blogue
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O Café Campo de Ourique , em CASTRO, era há cerca de 30 anos atrás, um ponto de paragem obrigatório, para quem rumava ao Algarve, quando ainda não existia Auto Estrada .Eram famosas as sandwiches de Castro.
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ENQUADRADO DA BIENAL CULTURAL DE
MONSARAZ, REALIZOU-SE ONTEM NAQUELA
VILA ALENTEJANA ,UM FESTIVAL DE
CANTE, QUE DEU AINDA MAIS CHARME
AO LARGO NO ALVARES PEREIRA, JÁ
DE UMA BELEZA ESMAGADORA.
Com o Largo lotado ,vieram do "palco" os sons sagrados do cante
As imagens foram captadas pela Organização da Bienal e estão contidas num vasto album na página do facebook da Monsaraz-Bienal Cultural.
aGORA VAMOS AGUARDAR PELO
DIA 27, QUANDO...
Se realizará A Gala do Cante, espetáculo integrado na bienal cultural Monsaraz Museu Aberto e que se vai realizar no dia 27 de julho, pelas 22h, no Largo D. Nuno Álvares Pereira,e que será gravado para transmissão na RTP1 em horário nobre na noite de 4 de agosto. Este espetáculo de homenagem a Alberto Janes e Manuel Conde vai contar com as atuações de Cuca Roseta, António Zambujo, Mário Moita e Grupo Coral da Freguesia de Monsaraz. Haverá também poesia por Manuel Sérgio acompanhado à viola por José Farinha.
É uma boa nova , especialmente para as que residem no centro histórico, e que se têm de deslocar para os extremos da vila para se abastecerem, além do sigmificado social e histórico que a Coop representa.
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O CANTE ALENTEJANO TEM CASA
ONDE QUER QUE SEJA CANTADO,
MAS A PARTIR DE HOJE VAI
TER TAMBÉM UM LUGAR FISICO
A PRESTIGIÁ-LO
Câmara de Serpa inaugura Casa do Cante AlentejanO
A Casa do Cante abre este sábado, 21, em Serpa, após um investimento de 639 mil euros, para dignificar e salvaguardar o cante alentejano enquanto património cultural e imaterial.
Segundo a autarquia, a Casa do Cante tem a "missão" de "criar e implementar um plano de salvaguarda para a polifonia tradicional", uma responsabilidade decorrente da candidatura do Cante Alentejano a Património Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO.
A Casa do Cante "resulta da vontade" da Câmara de Serpa de "contribuir para a dignificação" do Cante Alentejano e de "dotar" o Alentejo com equipamentos que contribuam para tornar a região numa "referência internacional nas indústrias culturais", em particular as associadas à música, explica Município
A partir da Casa do Cante, um "pólo cultural" situado no centro histórico de Serpa, serão desenvolvidas acções nos campos da pesquisa histórica, antropológica e musical, exposições temporárias e actividades de animação e formação para vários públicos.
A Casa do Cante, que resulta da requalificação de um edifício antigo, inclui um centro de documentação, uma galeria de exposições temporárias, um auditório e uma cafetaria e uma loja, onde os visitantes podem degustar e adquirir produtos regionais.
A criação da Casa do Cante foi financiada em quase 471 mil euros por fundos comunitários, sendo a verba restante assegurada pela Câmara de Serpa.
Para enriquecer o projecto, o Município já realizou protocolos de cooperação com várias entidades, como a Direcção Regional de Cultura do Alentejo, a Confraria do Cante, a Biblioteca Nacional e a Universidade Nova de Lisboa.
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A CHARMOSA ALDEIA DE ALCARIAS
DA FREGUESIA DA CONCEIÇÃO,OFE-
RECE TODOS OS VERÕES O PERFUME
DA CRIATIVIDADE DAS SUAS GENTES
NA FORMA DE FESTAS DE VERÃO.
As festas de Verão deste ano realizam-se amanhã e depois e a Casa das Primas recomenda uma saltada até lá.
Visto do satélite, a Mina de Neves Corvo e as localidades circundantes de Neves da Graça, Graça de Padrões e a do Corvo
A SOMINCOR vai investir 130 milhões de euros nas Minas de Neves-Corvo até final de 2013
É uma boa notícia para a região, a Somincor anunciou que vai investir cerca de 130 milhões de euros na exploração mineira, até ao final de 2013. Um investimento que tem como objetivo o aumento da capacidade de extração e de produção de cobre e zinco no jazigo do Lombador, podendo, desta forma, aumentar a vida útil das minas até 2029.
Dentro da concessão mineira de Neves-Corvo, o jazigo do Lombador é uma massa mineralizada com minérios de zinco, chumbo e prata, foi descoberto em 1988 e está a grande profundidade a norte do jazigo do Corvo e a este-nordeste do jazigo de Neves.
A operação irá garantir, numa primeira fase, a criação de mais 68 postos de trabalho diretos nas minas de Neves-Corvo, e de um considerável número de postos de trabalho indiretos durante a fase de expansão.
Dependendo dos resultados que forem alcançados, a Somincor admite ainda a hipótese de uma segunda fase de exploração no jazigo do Lombador, que poderá implicar um investimento adicional entre 300 e 700 milhões de euros nos próximos cinco anos.
Situada no concelho de Castro Verde, Neves-Corvo é a maior mina de cobre da Europa e é propriedade da Somincor, empresa detida pela multinacional canadiana Lundin Mining.
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É QUINTA FEIRA E COMO COMO É
HABITUAL A FAMILIA DO PATRIMÓNIO
DA RÁDIO CASTRENSE REUNE-SE E
ESCUTA O ALENTEJO.
Podes fazê-lo se sintonizares 93.0
ou
se estiveres noutra região acessa
www.radiocastrense.net
Vamos lá então ouvir, quem será que desta vez liga primeiro?
POST SCRIPUM
Duas notas, a primeira é que foi a Dona Aldegundes a primeira a telefonar hoje.
Segunda nota: O convidado em Estudio desta noite foi um jovem grupo de...cante alentejano. A novidade é que o grupo recem formado é de jovens na faixa dos 20 anos, o que contraria aquela ideia que temos que o cante alentejano só é cantado por ansiãos.
"Os Bubedanas" , assim se chamam ,actuou hoje em Estudio.
Deixo aqui umpequeno vídeo de uma sua actuação no Alvito, de autoria de 25casqueira.
A Casa das Primas saúda estes jovens que prometem continuar a tradição do cante alentejano.
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NA BASILICA REAL DE CASTRO VERDE
TEVE LUGAR NO PASSADO DOMIMGO,
MAIS UMA INICIATICA DA ASSOCIAÇÃO
SENIOR CASTRENSE, UM CONCERTO QUE
JUNTOU O SEU PRÓPRIO CÔRO E O
CORAL DE LINDA A VELHA.
Apesar de recentemente formada, a Associação , na irrequietude da sua "juventude" ,tem vindo a mexer com os hábitos da população menos jovem , numa autêntica "movida" na vila .
Neste domingo, com a Basilica lotada, e sob a direção do Professor João César, o Côro da Associação iniciou a sua actuação entoando a moda alentejana "Rosa enxertada":
desde logo recebida com uma trovoada de aplausos
depois, e continuando em tema do Alentejo apresentou :"A Senhora d'Áires"
veio então uma moda do Douro Litoral "Os homens que vão à guerra"
e uma canção galega "A Rianxeira"
Com "Dana nobis pacem" de Mozart, o Côro fez-nos entrar na "vozes do Divino"
Os aplausos redobraram com "The holy city/Aya ngena"
Seguiu-se então a actuação do Coral de Linda a Velha , um grupo coral fundado em Janeiro fr 1979, no ambito das actividades socioculturais da
Paróquia Nossa Senhora do Cabo, em Linda a Velha .
Terminando então da melhor maneira o Concerto, com os dois coros, a cantar em cojunto, com formação em U
que electrizando o ambiente não deixando ninguém indiferente, com adesão colectiv àquela onda harmoniosa de som e imagem.
São espectáculos como este que fazem as pessoas despertar para a música coral.
Bem haja a Associação Senior Castrense.
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ENTRADAS COMEMOROU COM MUITO
ORGULHO OS 500 ANOS DA DOAÇÃO
DO FORAL à VILA, POR D.MANUEL I.
Há 1 semana atrás já tinha acontecido o primeiro acto destas comemorações , com a reunião da Assembleia de Freguesia e a condecoração de todos os municipes de Entradas que desde o 25 de Abril foram eleitos para a Assembleia Municipal e Câmara de Castro Verde, e uma conferência do Prof Alves da Costa , sobre a doação do Foral.
"Ao longo dos séculos, desde o período de Reconquista cristã, que os reis foram distribuindo forais, procurando institucionalizar o seu poder, mas , igualmente, criar leis que, apesar de terem um cariz marcadamente local, assentavam na lógica jurídica que se pretendia institucionalizar em todo o território do reino. Pouco a pouco, construiu-se a teia regulamentar e jurídica que marca a realidade de cada país. Contudo, há forais que existem, para satisfazer os interesses directos do Rei. Forais que são fruto das características e das riquezas endógenas dos espaços geográficos a que são doados. Entradas é um desses casos. A sua existência deve-se à localização da vila sobre a antiga via que ligava Mértola a Aljustrel, para além de ser a porta de um dos mais ricos e importantes locais para pastagens do reino de Portugal, os Campos de Ourique, onde os gados aguentavam as invernias mais cruéis, tendo à sua disposição uma diversidade única de pastagens e ervas. D. Manuel I, que promove o refazer de todos os antigos forais, dá a Entradas carta de foral em 1512. Num período em que a vila começa a ganhar um fôlego ainda maior, fruto, entre outras coisas, dos interesses económicos que aqui se instalaram ligados ao comércio do gado e dos produtos derivados.."
O segundo acto destas Comemorações teve lugar no ultimo domingo e com uma deliciosa programação, que teve a marca e sensibilidade das gentes de Entradas, onde tenho assistido a espectáculos de grande qualidade .
A Vila vestiu-se à epoca Manuelina, e o Povo e os Cavaleiros Cruzados receberam o rei D.Manuel e a Rainha Dona Maria de Aragão às portas da vila, junto à Capela de Nossa Senhora da Esperança.
Formou-se depois um enorme cortejo, comandado pelo coche real com o Rei D.Manuel e a Rainha Dona Maria de Aragão e os nobres e Povo, liderados pelo
Alcaide da Vila o nobre Napoleão Mira (que seis séculos depois escreveria o "Fado")
que percorreu a vila lentamente, sob o aplauso da multidão
que nunca se cansou de vitoriar o Rei D.Manuel e a Rainha Dona Maria de Aragão
mas também todo o séquito ,onde os nobres, os cavaleiros, o clero, as açafatas, os menestrais, os infantinhos,os almocreves, os palafreneiros, coloriram o desfile
e atrairam os aplausos e dichotes dos entradenses e forasteiros.
O enorme cortejo chegou enfim à Praça Zeca Afonso, apinhada do Povo da
Vila, onde o Rei Dom Manuel e a Rainha Dona Maria de Aragão foram saudados
oficialmente pelo Alcaide D.Napoleão
após o que, El Rey , faria a entrega do Foral doado à Vila ,nas mãos do feliz Alcaide,que não escondia a sua satisfação.
e da "populaça" que vitoriou ruidosamente El Rey.
Seguiu-se a cerimónia tradicional da entrega de presentes a El Rey, pelo Povo da nova Vila:
os frutos
e também o pão e os enchidos
e muitas outras dádivas, para o Rey se deliciar...
Foi então o tempo do Alcaide dar por encerrado o período das cerimónias oficiais e de conclamar o Povo para festejar.
Começou então a parte musical das Comemorações reais, e os Strella do dia actuaram para deleite real e alegria do Povo:
E também o harmonioso grupo de Danças do Mundo
que com as suas coreografias de época
encantaram os presentes
Seguiu-se a actuação do muito acarinhado grupo da terra, as CEIFEIRAS DE ENTRADAS:
(Peço desculpa pelo som destas imagens, pois o vento que soprava no momento prejudica a qualidade do som, decidi publicar para não se perder a historicidade do momento)
Concluídos os momentos musicais , todos se viraram para os petiscos em regime de "boca livre" e espalhados pelas mesas corridas que preenchiam
toda a Praça Zeca Afonso , deram ao dente até à saciadade, reduzindo
rapidamente o enorme e delicioso porco no churrasco, a carcassa:
O clima da Praça prolongou-se pela tarde e noite, Entradas curtiu
orgulhosamente a sua festa, a honra de estar a festejar os 500 anos do seu Foral.
Parabens ,Entradas.