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A CASA DAS PRIMAS ESTEVE NA FNAC DE
ALMADA, NA APRESENTAÇÃO DO DVD
"FRANCISCO NAIA ,RONDA DAS CAMPANIÇAS"
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"Francisco Naia canta o Alentejo com a mesma paixão e entrega como interpreta as baladas e as trovas do Zeca, do Adriano, do Luís Cília, do Sérgio Godinho, do José Mário Branco, do Manuel Freire, do José Jorge Letria, do António Macedo ou… as suas"
Já tinha escutado Francisco Naia, em disco, DVD e na rádio, e há muio que admiro a sua voz e as suas canções, mas nunca o tinha visto actuar ao vivo. A oportunidade surgiu no ultimo fim de semana, assisti na FNAC do Feijó-Almada, à apresentação do seu trabalho "FRANCISCO NAIUA RODA DAS CAMPANIÇAS".
Com o simpático auditório da FNAC repleto de pessoas para o vêr e escutar, o Francisco Naia mostrou-se em grande forma, juntando à sua facilidade de se mover em palco , a sua empatia à grande qualidade da sua actuação.
A Casa das Primas deixa aqui alguns exertos da sua actuação
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onde a sua voz e o som das campaniças encantaram os presentes
com poemas lindissimos como este de Eduardo Olimpio
e ainda esta outra em louvor das mulheres de Castro Verde
Muitas mais foram cantadas naquela tarde na FNAC , num trabalho que recomendo vivamente aos leitores da Casa das Primas.
Deixo aqui algumas notas biográficas de FRANCISCO NAIA.
Francisco Naia, filho de um ferroviário, desde muito novo que entra em contacto com a música, que era executada pelo pai e pelos seus irmãos. Mais tarde estuda solfejo e canto e, em 1956, em Aljustrel, onde o pai é chefe de estação, tem um professor diferente, que falava em dignidade, liberdade, na luta dos mineiros, e que o levou a cantar fados e baladas de Coimbra.
Esse homem chamava-se José Afonso. Começa então e escrever e a fazer músicas.
Caloiro durante a crise de 62, cumpre no final desse ano o serviço militar. Durante cerca de quatro anos, em várias regiões de Angola, assiste de perto ao papel que a música vai ter na sensibilização dos militares. Canta, toca, desenvolve grupos corais, tem contactos com músicos e poetas angolanos – do grupo do «Imbondeiro», e nomeadamente Alexandre Daskalos, de quem vem a musicar poemas.
Após o regresso a Portugal, trabalha no escritório das oficinas dos Caminhos de Ferro do Barreiro onde tem um contacto directo com o mundo operário, ao mesmo tempo que na Faculdade de Letras, participa na crise académica de 69.
Entretanto gravara já o seu primeiro disco, o single Barco Novo – que fala dos barcos que trazem os soldados regressados da guerra.
Francisco Naia nasceu em Estação de Ourique, em Ourique, a 27 de Dezembro de 1940 .