sexta-feira, maio 01, 2020

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PORQUE HOJE É 1 DE MAIO
RECORDO OS ENCONTROS DE
AMIGOS DA CAIADA VOLTANDO
A PUBLICAR UMA CRÓNICA DE
2015.

TODOS OS ANOS NO DIA 1º.DE MAIO
O MONTE DA CAIADA ENCHE-SE DOS
SEUS NATURAIS E AMIGOS,VINDOS
ESPECIALMENTE PARA ESTE CON-
VIVIO ANUAL.

Confesso que me organizei para poder estar presente este ano na Festa do Monte da Caiada.

A dinâmica de grupo, o desejo de pertença, que surpreendi na primeira reunião a que assisti no ano passado, impressionaram-me deveras.

Durante as horas que estão juntas, que se voltam a vêr, as pessoas inter agem intensamente.

Como já aqui referi, o Monte da Caiada, que em tempos albergou muitas famílas, está hoje reduzido a muito poucos residentes, contudo, os laços familiares e a simples amizade entre os que partiram (muitos) e os que ficaram , permanece intenso .



Há 10 anos atrás surgiu a ideia de promover um encontro anual, então, graças à capacidade mobilizadora de Noemia Martins, o projecto foi para a frente, no dia 1º.de Maio realizou-se o primeiro encontro e desde aí ,todos os anos neste dia de Maio, todos os caminhos trazem ao Monte da Caiada a gente boa que tem "Caiada" no seu DNA.

Este ano voltou a ser assim.


Cada um trouxe o seu farnel, comeu-se ,bebeu-se ,dançou-se,conversou-se, trocaram-se memórias, afectos .

MOMENTO EM QUE FOI LIDO UM POEMA AO MONTE DA CAIADA

"Aqui estamos novamente
no mês de Maio a festejar
e quando eu chego ao Pereiro
quando chego ao Pereiro
começo logo a chorar

Quando eu chego à Caiada
recordo com emoção
aqueles que já partiram
aqueles que já partiram
pu-los no meu coração
"




Espalhadas pelo pátio da antiga escola





alternaram-se as falas com



as danças e







os cantares



Tenho ouvido muitos grupos, e muito bons, a entoar modas e canções alentejanas,
mas confesso que nunca tinha assistido fazê-lo com esta intensidade e entrega.

Na voz, nos gestos, nos olhares.




Não há tempos mortos, não há pausas, quando um chega ao fim de uma moda, logo outro inicia uma outra, com ainda mais vigôr, mais emoção.


os "cantadores" mudavam de lugar, trincavam qualquer coisa, e não resistiam, logo recomeçando a cantar com renovado vigôr



A música instrumental foi garantida por um amigo da Caiada, que se chama Lino, vindo de Almodôvar, que para além das peças tocadas para dançar, às tantas brindou todos com uma criação sua, a que chamou "Valsa da Caiada" :



Ah, também houve quem cantasse a solo, e foi uma surpresa ouvir um lindo e inédito fado na voz de Maria de Jesus :



e ainda outro, desta feita na voz de outra caiadense entusiasta, a Ilda:



Já na parte final chegou o momento do bolo do 10º aniversário do encontro



e dos "parabéns a você"....



...entoados por todos sem excepção ,com o desejo formulado de poderem regressar para o ano que vem.

Que grande tarde, que boa gente a da Caiada.!!