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Poetas de Castro Verde - ALVES DA COSTA
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SINFONIA DO OUTONO
Céu plumbeo, tarde pardacenta,
Sob o montado rola a folharasca,
Rola e rodopia
E o vento asssobia
Em tarde de borrascsa.
Em vôos sinuosos anda a passarada
E a charrua cospe a leiva molhada
E chia...chia...
O almocreve canta uma cantiga
Antiga
Que o vento leva...
Lá longe, as nuvens carregadas
trazem trovoada
E tudo cheira a terra lavrada.
Lavrada num vai-vem que cansa
E não descansa
Terra cansada e semeada
Na rotina
Que não termina
Terra lavrada...
Poema de ALVES DA COSTA
12/8/1960
(gentilmente cedido
ao nosso blogue pelo
autor)