quinta-feira, dezembro 13, 2007

amanhã em CASTRO VERDE

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Àmanhã aqui em Castro vai haver uma
dupla festa.
Às 17,30, no Museu da Lucerna vai
abrir ao público uma exposição sob
o título "Pégaso de Alexandreina"

À noite, e com o mesmo nome vai
estrear-se um filme rodado por alunos de Castro Verde.

Uma câmara de filmar, kit básico de som e iluminação, um computador e 2.500 euros bastaram para professores e alunos de Castro Verde se aventurarem na sétima arte e rodarem um policial para adolescentes, que estreia sexta-feira.
«O Pégaso de Alexandreina», o segundo filme de ficção realizado pelo professor Joaquim Rosa com alunos da Escola Secundária de Castro Verde (ESCV), chega à tela do Cine-Teatro às 21:30.

Num policial «ao gosto dos ideais de aventura e de justiça típicos do início da adolescência», o quotidiano de alunos no final do ensino básico cruza-se com ladrões de obras de arte, recortes da história, mitos e lendas de Castro Verde.

Rodado no último ano lectivo, durante seis meses, o filme, integrado no trabalho pedagógico da ESCV no campo da educação para os media, envolveu 28 colaboradores, entre os quais estão cinco «jovens actores» e alunos da escola, entre os 13 e os 15 anos e que interpretam as personagens principais.

O argumento do filme, com cerca de 50 minutos, foi escrito pelos professores Joaquim Rosa e Paula Freire, com a colaboração dos alunos «actores».

O filme conta a aventura de cinco alunos de uma escola que se envolvem numa trama policial, após uma visita de estudo ao Museu da Lucerna (lanterna antiga) em Castro Verde, que tem um espólio único de lucernas romanas, descobertas numa freguesia do concelho.

Ana, a protagonista da história, aventureira e que «adora sarilhos», ao saber do desaparecimento da lucerna do Pégaso de Alexandreina, «uma das mais raras e a mais valiosa» do museu, decide investigar.

Imbuída do ideal de justiça, Ana envolve os seus quatro inseparáveis amigos na rota dos ladrões da lucerna, que tem uma marca que leva à descoberta do tesouro do templo de Arannis, cuja procura move os larápios.

A investigação chega a colocar a vida dos miúdos em risco, quando os ladrões da lucerna descobrem que o grupo de aventureiros tem informações que os podem incriminar e levar à descoberta do valioso tesouro do templo de Arannis.

Depois de «Regina», o primeiro filme também feito por alunos da ESCV em 2002, «O Pégaso de Alexandreina» é a segunda «aventura de realização» de Joaquim Rosa, que referiu as «dificuldades em compatibilizar as filmagens com os horários rígidos dos alunos».

O trabalho com os «pequenos actores», «bastante criativos e irrequietos», obrigou a «muitas repetições de cenas» e «viveram-se muitas pequenas histórias», como as alergias dos actores durante as filmagens numas grutas em Alvito e que obrigaram a equipa a parar por alguns dias.

«Não foi fácil, mas foi muito motivador»

«O filme foi rodado em formato vídeo SP 16x9 e com recurso a meios técnicos «indispensáveis» e disponíveis no núcleo de audiovisuais da biblioteca da ESCV, como uma câmara de vídeo, tripé, um kit básico de som e iluminação e um computador com software de edição de vídeo e som.

O filme, rodado em Castro Verde, nas grutas de Alvito e no Parque da Mina de Vale de Boi em Monchique, custou 2.500 euros.

Um orçamento «muito aquém» de grandes produções nacionais feitas por profissionais e que teve o apoio da autarquia, juntas de freguesia e cooperativa de informação e cultura Cortiçol de Castro Verde.

Depois da estreia, a película, com banda sonora da autoria de um outro professor da escola, José Micael, vai ser lançada em vídeo «dentro de dois meses» e exibida em cine-teatros de alguns concelhos vizinhos.