domingo, dezembro 27, 2009

É ALENTEJANO,É DE ESTREMOZ,É PINTOR,CHAMA-SE ARMANDO ALVES, E GANHOU O PRÉMIO DE ARTES DO CASINO DA PÓVOA 2009

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PO ISSO TUDO É IMPORTANTE PARA O
NOSSO BLOGUE QUE TRATA DO ALENTEJO,
DE ALENTEJANOS, DE GENTE DE VALÔR.



Prémio de Artes Casino da Póvoa 2009

Para o Artista Alentejano ARMANDO ALVES

Na quarta edição do “Prémio de Artes Casino da Póvoa” foi distinguido o artista plástico Armando Alves, com um prémio no valor de € 30.000,00.

O prémio, além da aquisição de uma obra do artista premiado, envolveu a publicação de uma Monografia.

Armando Alves recebeu o prémio no passado dia 18 de Dezembro, numa cerimónia que teve lugar no Casino da Póvoa.

A obra adquirida a Armando Alves, que passa a integrar a colecção de arte do Casino da Póvoa, é uma escultura, sem titulo.

Pintor alentejano, Armando Alves nasceu em 1935, em Estremoz. Após tirar o Curso de Preparação às Belas-Artes da Escola António Arroio (Lisboa), seguiu-se o Curso de Pintura da Escola de Belas-Artes do Porto, que concluiu com a máxima classificação. Foi docente desta escola entre 1962 e 1973.

A sua apetência para o design leva-o a desenvolver importante actividade na área das Artes Gráficas, contribuindo para a sua renovação e valorização.


A sua obra tem sido exposta em Portugal e no estrangeiro, estando representada em várias colecções particulares e públicas.
Em 1964 realizou uma viagem de estudo a Londres, enquanto bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, e começou a expor individualmente. No ano seguinte fez novas viagens de estudo, desta vez a Espanha e a França.

Com os colegas Ângelo de Sousa, José Rodrigues e Jorge Pinheiro formou o grupo "Os Quatro Vintes", em 1968, com o qual veio a expor no Porto, em Lisboa e em Paris, durante os anos 60 e 70. Naquele ano, começou, também, a dedicar-se a fundo às Artes Gráficas, área que ajudou a modernizar e a revalorizar.

Nesta actividade, esteve profissionalmente ligado a três editoras - à Editorial Inova, em 1968; à Editorial Limiar, em 1975, e à Editorial Oiro do Dia, em 1980. Dirigiu graficamente obras literárias (antologias de versos e prosa, livros infantis e colecções) e produziu cartazes e posteres, comemorativos e publicitários, catálogos de exposições e programas de concertos e de actividades desportivas.

Em 1973 deixou a ESBAP para se dedicar inteiramente às Artes Gráficas. Entre os seus inúmeros trabalhos neste domínio podem destacar-se, entre outros: o cartaz e os cenários da peça Lux in Tenebris, baseada num texto de Bertolt Brecht, encenada por Pere Planella e levada à cena pelo Seiva Trupe, no Porto (1975); a organização da exposição dos 30 anos de Eugénio de Andrade, na Fundação Engenheiro António de Almeida, no Porto, e a edição do catálogo da exposição (1976); a direcção da exposição e a organização do catálogo da Semana de Colóquios e Cinema dedicada à obra de Vergílio Ferreira, realizada no Ateneu Comercial do Porto (1977); a realização da exposição O Pintor e a Cidade (aguarelas de António Cruz sobre o Porto e outros lugares, na Casa do Infante), e a direcção gráfica de um álbum com o mesmo título.

É um dos fundadores da Cooperativa Árvore e um dos intervenientes, desde a sua criação, do Lugar do Desenho - Fundação Júlio Resende, no âmbito da qual participou, entre 1997 e 1999, em exposições no Brasil, no Chile, em Cabo Verde e em Moçambique (Maputo).

Este notável ilustrador, artista gráfico, desenhador e pintor (que evoluiu do neorealismo para o abstraccionismo), está representado em colecções do Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto, da BCG, em Lisboa, e da Câmara Municipal de Matosinhos. Ao longo da sua carreira alcançou importantes prémios e distinções, como o primeiro prémio na Mostra de Artes Gráficas Grafiporto 83, no Museu Nacional de Soares dos Reis, e o grau de Grande Oficial da Ordem do Mérito, concedido pelo Presidente da República, Cavaco Silva, nas comemorações do 10 de Junho de 2006, decorridas na Alfândega do Porto.