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O CONVIDADO DO PROGRAMA "PATRIMÓNIO"
DA RÁDIO CASTRENSE, É HOJE, SILVESTRE
SOUSA, QUE VEM DO LOUSAL.
Silvestre Sousa, alentejano de Santa Vitória, abalou para Lisboa em busca de trabalho quando era ainda um rapaz de 13 anos.
Ao longo dos 50 anos que viveria na capital na labuta, nunca deixou de pensar alentejano, de ouvir os grupos de cante que podia, de se interessar pelos problemas do seu Alentejo.
Como alentejano que se assume, criou ou participou em vários grupos de cante, de regresso ao Alentejo, não à sua terra ,mas a Minas do Lousal onde passou a residir, cantou nos "Amantes do Alentejo", nos "Mineiros do Lousal" e na "Cooperativa de Grandola".
Além do cante Alentejano, Silvestre canta também o fado e dedica-se ao artesanato como ferreiro experimental, no Centro Artesanal do Lousal.
Hoje está a solo no "Património"
Para o ouvir é
só ligar 93.0
Rádio Castrense
ou, via net
www.radiocastrense.net
Onde fica a Aldeia do Lousal
A Mina do Lousal (ou Louzal) e a respectiva aldeia mineira correspondem a um antigo couto mineiro explorado desde o final do século XIX. Localiza-se na freguesia de Azinheira dos Barros e São Mamede do Sádão, concelho de Grândola, distrito de Setúbal, Portugal.
A mina tinha ligação, desde 1915, ao designado Ramal do Sado, actual Linha do Sul.
Geologia
A mina de pirites fica situada no extremo noroeste da Faixa Piritosa Ibérica da designada Zona Sul Portuguesa, onde se situam igualmente as minas de Canal Caveira, Aljustrel, Neves Corvo e São Domingos e que se prolonga em Espanha para além das minas de Riotinto.
História
Embora a região tenho sido povoada desde a Idade do Cobre, como atestam os monumentos megalíticos e o Castelo Velho do Lousal, é no final do século XIX que se inicia a moderna exploração da mina.
Durante a década de 40 a aquisição das "Mines et Industrie" e da "Minas da Caveira" por Antoine Velge, presidente da SAPEC de Setúbal, empresa de fabricação da adubos químicos, conduz ao incremento dos trabalhos mineiros.
É durante os anos 50, sob a direcção de Frédéric Velge e Günter Strauss que esta mina de pirite se vai tornar numa das mais modernas de Portugal.
Com a crise da produção industrial de enxofre, nos anos oitenta, as minas da faixa piritosa LOUZALvão sucessivamente encerrando. Em 1988, foi encerrada a extracção no Lousal.
Com o encerramento da mina a aldeia entra em decadência até que, no início dos anos noventa, a Câmara Municipal de Grândola e a Fundação Frédéric Velge iniciam um programa de revitalização do Lousal (RELOUSAL). O programa tem por base a criação de uma nova espacialização territorial assente no turismo cultural, com reforço da identidade mineira, destacando-se o Museu Mineiro do Lousal e o Centro Ciência Viva do Lousal.