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ESTE É UM LIVRO SOBRE A FEIRA DE CASTRO, que encontrámos na net, anunciado em espanhol...
A FEIRA
José Penedo de Castro
LA FERIA DE CASTRO / DE TODAS LAS FERIAS / DE TODAS LAS PALABRAS / DE TODOS LOS SIGNOS / DE TODOS LOS SÍMBOLOS / DE TODOS LOS ÍCONOS / DE TODOS LOS ÍNDICES / DE TODOS LOS INDICIOS...
LA FERIA de CASTRO, o FERIA de Castro Verde, una luminosa villa perdida en la inmensidad de Alentejo, en Portugal, pequeño país que sin embargo es la cabeza de Europa, según las palabras de poetas como Camões y Pessoa, es probablemente la imagen de todas las FERIAS, convertidas, en este siglo XXI, en grandes centros comerciales y foros donde las personas buscan TODO y no encuentran NADA.
De este autor, poeta y escritor podemos esperar cualquier sorpresa. Dice de sí mismo que es autor porque está convencido de que es un creador cuando desafía a los otros a crear sus propias cosas; poeta porque intenta, con un uniVERSO de palabras, rimar sin rima y hasta sin métrica, para que los otros creen su propia Poesía, y escritor porque escribe, no por vender libros, mas para que los otros escriban sus propios libros y no precisen de ellos para nada...
Bajo el nombre de José d’A MAR, otro de los múltiples deNÓMIOS [entidad diferente, la del otro, ángel o demonio, o musa, pero no la que inspira, sino la que escribe o habla… y no es UNO sino muchos… Uno para cada poema…] de José Rabaça Gaspar, el poeta publicó en esta misma casa editorial su primer libro, A MAR, sólo para decir que vivimos en el PLANETA MAR, que EL MAR es AMAR... y que todas las vidas, como todos los ríos, corren hacia LA MAR... Más tarde vio la luz pública A ILHA, A ILHA DO PESSEGUEIRO, una pequeña ISLA insignificante que ahora no es otra cosa que un santuario de gaviotas, pero que está llena de LEYENDAS y sortilegios, erigiéndose en la imagen de todos los continentes y Tierras que no pasan de pequeñas ISLAS en la inmensidad del Planeta MAR...
Ahora, con el deNÓMIO de José Penedo de Castro, el Gitano que Recorre las Ferias, nos presenta una FERIA, la FERIA de CASTRO VERDE, que simboliza otras FERIAS, otros lugares de Compra y Venta, de Encuentros y desEncuentros... de Engaños e Ilusiones..., donde las palabras surgen en forma de una catarata alucinante para crear las imágenes que cada lector va a reCrear a su manera, o a largar como un palabrerío inútil y disparatado frente a los nuevos Centros de Convivio, de Comercio, de Compra y Venta, de Encuentros y desEncuentros... de Engaños e Ilusiones...
Es así la FERIA... Son así las FERIAS... Es así el MUNDO de Guerras y Sensacionalismos que aparece todos los días en los medios de comunicación... Es así la VIDA... Esta FERIA, a la que precedieron otras tantas FERIAS, anuncia todas las FERIAS que están por venir...
En este libro se ha procurado brindar algunos datos históricos y de creaciones ancestrales relacionados con las ferias, como el Calendario do VILÃO..., la TECELAGEM..., todo lo referente al trabajo basado en LINO y LANA, ¡cosas del pasado! que lo más probable es que guarden pocas similitudes con las del presente.
En fin, ¡no es para tomárselo en serio! Son sólo cosas de los poetas malditos.
FRAGMENTO:
...
a feira de castro
como as outras feiras
é o grande circo
das gentes que correm
da gente dos montes
gente das cidades
em busca de tudo
em busca de nada
- venho só p'ra ver!
- atão e não compra
nada desta vez?...
em busca de tudo
em busca de nada
atrás de ilusões
de fios de lã
fios de algodão
do que já não há
e havia dantes...
algodão açúcar
mantas cobertores
casacos capotes
cultura, culturas
botas e sapatos
chinelos tamancas
tudo artesanal
ou então moderno
de tela de plástico...
qualquer ferramenta
de há tanto urgente
agora encontrada
agora inventada
parece um milagre
de tão procurada
p'ra tanto conserto
- parece um concerto! -
p'ra tanta demão
remédio p'ra tudo
uma solução
já tão procurada
e ali à mão
- aqui tem, meu povo
ideal solução...
nada é mais barato
nada de mais inútil!!!
perdão enganei-me!
nada é mais preciso
e pronto a servir
para o que precisa...
não custa dois mil
nem mil e quinhentos
a nota de mil
dá para levar
dois. e paga (só) um.
é assim, meu povo
não há que enganar
nem aqui estamos
p'ra enganar ninguém.
é aproveitar
sempre mais barato
aqui do que lá...
são duas ali
p'r'aquelas senhoras
outra para além
para aquele senhor...
aquele cavalheiro
desculpe o senhor!...
e aqui também
p'r'aquela menina...
é sempre a aviar...
chega-me essa manta
chega-me essa caixa
e essa toalha
esse guarda-chuva
moderno automático
e esse também
dos tempos antigos
de bengala grossa
tamanho de gente
que alberga todos
tapa chuva e sol
como uma cabana
de todas as cores...
chega-me também
esse cobertor
os atoalhados
essas mantas quentes
p'rá noite e p'ró dia
e esses conjuntos
de lençóis flanela
de pano e de linho
que dá p'r'aquecer
encontros de sonho
a dois no quentinho
aconchegadinhos!
próprio para pares
que vão dormir juntos
noites sem dormir...
...tudo vem da fábrica
para as mãos do povo
Ah! mulher dum raio
homem duma cana
no me deixes mal...
nu dás c'o imbrulho
e o freguês espera
Ai! que já nu prestas
nu te quero mais
troco-te na feira
por quem me der mais
por dois rapazolas
por duas moçoilas
há'í mais de cem
sem quem os console
e lhes diga: amém.
- escuta, meu povo:
nu me dá co'a caixa
aberta ó fechada...
ah! home dum raio,
nu te quero mais...
oh mulher danada
troco-te na feira!...
nu se vão embora
ora oiçam cá...
é tudo p'ró povo
só p'ró vosso bem.
nem o presidente
e nem o governo
tratam bem de vós
como nós tratamos!
Vinde a nós meu povo!
QUEM É JOSÉ PENEDO DE CASTRO
...José RABAÇA GASPAR – usando 1001 deNÓMIOS (neologismo inventado pelo autor, em referência a anjos ou demónios que inspiram o poeta) em diversas obras, como nesta: Herminia Herminii… e alguns outros, en e-libro.net já publicou outras obras com outros deNÓMIOS:
– José d’A MAR, (A MAR, A ILHA).
– José Penedo de Castro (A FEIRA).
– José Penedo (A COBRA).
– José Penedo de Serpa (A SERPE).
– José Penedo de Moura (A MOURA).
– José da Serra do Vale do Zêzere (ALFÁTIMA).
– Herminia Herminii (NOMINALIA).
– Viriato dos Hermínios (O PASTOR).
– Hermes do Zézere (MANTEIGAS)
– José Rabaça Gaspar (coord.), Cremilde Brito e José Fialho, Manuel de Sousa Aleixo (GRITOS NA SOLIDÃO. Décimas de Inocêncio de Brito. Poeta popular de S. Matias
Nasceu na Serra da Estrela, Manteigas (1938), estudou no Fundão e na Guarda.
Exerceu a sua actividade, desde 1961 em várias localidades da Serra da Estrela.
Frequentou a Academia Militar, em Lisboa, antes de cumprir o Serviço Militar em Moçambique - Metanguala, Lunho, Maúa e Nampula, (4 anos - 2 anos em cooperação) tendo passado algum tempo em Angola - Luanda e Benguela.
Frequentou depois, em Paris, um Curso intensivo no INODOEP, com Paulo Freire, e esteve, 4 anos, nos Serviços de Apoio aos Emigrantes Portugueses na Alemanha onde frequentou Cursos de Alemão e leccionou Português.
Em 1975, trabalhou nas Cooperativas Agrícolas como trabalhador agrícola, na Alfabetização e Animação Cultural tendo ingressado no ensino Oficial em 1976.
Leccionou em várias localidades mais de 20, procurando levar os alunos a aprender o melhor da Língua e da Literatura Portuguesa, a partir das suas raízes culturais.
Com mais de 20.000 páginas de Recolhas e Textos dispersos por mais de 200 obras alguma das quais podem ser consultadas em http://www.joraga.net - um ESPAÇO na NET - aminhaTEIAnaREDE… desde 09.2002.