.
Já aqui tinha referido a
reaização deste congresso
que se realizou no fim
de semana em Beja
Alentejo XXI - “Declaração de Beja” quer “medidas de discriminação positiva” e Região Administrativa
A criação da Região Administrativa do Alentejo, como “experiência piloto” ou “outro modelo entretanto consensualizado”, para promover o desenvolvimento “activo dinâmico e objectivo” da região, foi uma das conclusões do 14º Congresso Alentejo XXI, que hoje terminou.
No “documento síntese”, intitulado “Declaração de Beja” e lido na sessão de encerramento pelo autarca local e anfitrião do congresso, Francisco Santos, os congressistas pediram também “medidas de discriminação positiva” para o Alentejo, “à semelhança do que tem sido a prática do relacionamento do Estado com as regiões autónomas”.
Estas reivindicações surgem num conjunto de 12 propostas defendidas pelos congressistas para “promover o desenvolvimento activo, dinâmico e objectivo” do Alentejo e que inclui também a “melhoria da rede de acessibilidades”.
Sobretudo através da “inter-mobilidade entre o transporte rodoviário, ferroviário, marítimo e aéreo” para “incrementar a mobilidade de pessoas e bens” e “facilitar” o acesso no e ao Alentejo.
Os congressistas defenderam também o “aproveitamento estratégico” dos fins múltiplos dos projectos considerados estruturantes para a região, como Alqueva, Porto de Sines e aeroporto de Beja, através do “reforço” de fileiras de sectores como o turismo, agricultura e agro-indústrias, transportes marítimo e aéreo, energia e indústria extractiva.
Num outro conjunto de cinco propostas para “reforço dos meios de apoio ao desenvolvimento”, os congressistas defenderam a “aplicação racional” dos recursos financeiros previstos no Quadro de Referência Estratégico Nacional, a decorrer até 2013.
Promover “uma imagem forte” e acções de marketing sobre o Alentejo, reforçar a capacidade de atracção de investimento externo e a qualificação dos alentejanos, em “estreita articulação” entre os estabelecimentos de ensino, centros de formação e agentes económicos e sociais de acordo com as necessidades actuais e futuras” foram outras das propostas daquele conjunto.
Os congressistas defenderam ainda outras três propostas para uma estratégia de desenvolvimento “sustentável, integrado e inclusivo” do Alentejo, como a necessidade de “uma estratégia de desenvolvimento plenamente assumida a nível regional, que mobilize e enquadre a população e os seus agentes económicos e sociais”.
Após 13 edições desde 1985, a última há quatro anos em Montemor-o-Novo (Évora), o debate do 14º Congresso Alentejo XXI, sob o lema “Caminhos de Futuro” e com cerca de 600 participante inscritos, decorreu este fim-de-semana, em Beja, ao longo de três painéis, através dos quais os congressistas discutiram a estratégia e os instrumentos para o desenvolvimento do Alentejo e a regionalização.
o próximo congresso
O 15º Congresso Alentejo XXI, “respeitando o princípio de rotatividade entre as sub-regiões”, deverá realizar-se “numa sede de concelho do Litoral Alentejano”, adiantou Francisco Santos, sem referir qualquer data.
A organização do Congresso Alentejo XXI está a cargo de um secretariado permanente composto pelas câmaras municipais de Beja, Évora, Portalegre e Sines, Casa do Alentejo, núcleos empresariais de Évora e Beja, União dos Sindicatos do distrito de Beja, União Geral de Trabalhadores e a Universidade de Évora.