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NA BIBLIOTECA MANUEL DA FONSECA
EM CASTRO VERDE FOI HOJE
INAUGURADA UMA EXPOSIÇÃO
SOBRE O ESCRITOR ARMINDO
RODRIGUES.
A Exposição "Voz Arremessada ao Caminho" de Armindo Rodrigues, estará patente ao público de hoje até ao dia 14 de Março.
O espólio de Armindo Rodrigues foi entregue, por sua expressa vontade, ao Museu do Neo-Realismo, tendo a Associação Promotora garantido a publicação do seu livro de memórias “Um Poeta Recorda-se” e a antologia de poesia inédita “Ocasional a Vida”.
Toda a sua poesia é dedicada ao amor, à liberdade, a Lisboa e ao Alentejo, onde viveu em criança, sempre com um pendor conceptualista, ideológico. Publicou o seu primeiro livro em 1943: “A Voz Arremessada ao Caminho”. Agora, o livro é também o título da exposição itinerante concebida no âmbito do centenário do nascimento de Armindo Rodrigues em 2004. Uma oportunidade para conhecer a vida e obra deste poeta neo-realista.
Horário: 2ª a 6ª: das 10h00 às 19h00. Sábados: das 14h00 às 19h00
Organização: Biblioteca Municipal Manuel da Fonseca. Associação Promotora - Museu do neo-realismo.
Dados sobre o poeta:
Armindo José Rodrigues (Lisboa, 1904 – Lisboa, 8 de Agosto de 1993), foi um médico, tradutor e poeta português.
"Toda a justiça é injusta, porque julga,
toda a ordem desordem, porque impõe,
toda a verdade errada, porque muda"
Armindo Rodrigues que se formou-se em Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, é considerado um escritor do movimento neo-realista português. Grande parte da sua infância foi passada no Alentejo.
Colaborou em diversas revistas como a Colóquio-Letras (da Fundação Calouste Gulbenkian), a Seara Nova, a Vértice e em jornais como O Diabo e Notícias de bloqueio.
Tendo vivido durante o regime salazarista, e tendo ideias contrárias ao regime vigente, foi por diversas vezes preso. Na sua luta contra o fascismo, pertenceu a diversas organizações clandestinas. Participou nas cmapanhas eleitorais de Arlindo Vicente e de Norton de Matos, nos anos 1945, 1949 e 1958. Armindo Rodrigues fez parte do Movimento de Unidade Democrática (MUD).
Foi um dos fundadores do PEN Club Português, juntamente com outros escritores portugueses de renome, tendo sido nomeado vogal.
Fez traduções de autores como André Malraux, Alain-Fournier, Mikhail Cholokov e Oscar Wilde.
Obras
Voz Arremessada ao Caminho (poesia) (1943).
Romanceiro (1943) (colectânea de poesias).
Em Cada Instante Cabe o Mundo (1945).
Cantigas de Circunstância (1948).
A Esperança Desesperada (poesia) (1948).
Beleza Prometida (poesia) (1950).
Retrato de mulher (poesia) (1950).
Dez Odes ao Tejo (poesia) (1951).
A vida Perto de Nós (1953).
A Paz Interior (poesia) (1954).
Nitidez do comum (poesia) (1980).
Arte Poética (poesia) (1980).
O camponês imaginário (poesia) (1980)
Réplicas a redondilhas camonianas e outras poesias avulsas (1982).
Quadrante Solar (poesia) (1984).
Sequência de Alvorada (poesia) (1985).
Um Poeta Recorda-se: Memórias de uma Vida (1986).
Ocasional a Vida.
O horizonte e a Ave.
Canto Fausto.
Dialéticado vento.
Os Sete Pecados Mortais.
Breve Cancioneiro Devolvido.
O Inquieto Repouso.
O Lugar e a Hora.