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O AMIGO LUIS MOISÃO DA
ALMA ALENTEJANA, CHAMA-
NOS PARA ESTAR PRESENTES
A UMA HOMENAGEM A MESTRE
JOSÉ SALGUEIRO, ONDE VÃO
ACTUAR ,ENTRE OUTROS, AS
CANTADEIRAS DA ALMA ALEN-
TEJANA.
HOMENAGEM
AO
MESTRE JOSÉ SALGUEIRO
Casa do Alentejo, 7 de Fevereiro de 2009
Por ocasião do seu 90º aniversário o CEDA -Centro de Estudos Documentais do Alentejo associa-se a esta data festiva e, com o apoio do Município de Montemor-o-Novo, da Casa do Alentejo e das Edições Colibri, realiza uma iniciativa simbólica em homenagem a este Montemorense, Alentejano ilustre e Cidadão do Mundo que é o Mestre José Salgueiro.
“O saber ancestral da Terra ardente pois cada poema do Mestre José Salgueiro é uma história renascida”
Na Casa do Alentejo, 7 de Fevereiro de 2009
16.30 Horas – Lançamento do Livro de Poemas Relatos de uma Vida, da autoria do Homenageado, editado pelas Edições Colibri – apresentação a cargo de Eduardo M. Raposo
17. 30 Horas – Conferência sobre Plantas Medicinais, pelo Mestre José Salgueiro
18.00 Horas – Recital de Poesia
18.30 Horas – Recital de Música com Francisco Naia acompanhado por José Carita e Ricardo Fonseca – guitarras e viola campaniça, Gil Pereira – contrabaixo e Nuno Faria – percussão Luso-árabe.
Patente uma Exposição de ervas medicinais
Organização: CEDA -
Apoios: Município de Montemor-o-Novo, Casa do Alentejo, Edições Colibri
José Salgueiro nasceu em 1919 no Monte da Boavista, concelho de Montemor-o-Novo. Filho de rurais, muito novo começou a trabalhar para o sustento da família. Foi aguadeiro em feiras e romarias, vendedor de sardinha pelos montes da região, trabalhador rural, ceifou, esgalhou e tratou de hortas. Aos 14 anos foi para aprendiz de sapateiro, profissão que só deixaria aos 50 anos para se dedicar às plantas medicinais. Desde então Mestre Zé Salgueiro entregou-se ao estudo, colheita, secagem e venda de ervas. Com uma experiência e saber acumulados ao longo de 89 anos dedicou os últimos a escrever um testemunho sobre a sua intensa relação com as plantas e o território.
Jogou futebol, foi músico na Sociedade Pedrista onde tocou clarinete, saxofone e oboé; tem sido campeão de damas e é poeta popular. Foi com a mãe, quando a acompanhava no trabalho nos campos, que começou a aprender a reconhecer as plantas e as mezinhas que com elas se preparavam. Desde então, de forma autodidacta, tem-se dedicado ao seu estudo, colheita secagem e venda.
Em 1984 publica “Estas Palavras Tão Fortes Que Muitos Vão Combater”, uma antologia de poemas escritos entre 1937 e 1980. Em 2005 edita, na COLIBRI, com o apoio da Marca Adl (Associação de Desenvolvimento Local -ONG), o livro "Ervas, Usos e Saberes".
Consciente do saber acumulado ao longo de 89 anos vividos intensamente, tem verdadeiro prazer em transmitir aos outros aquilo que recorda e sabe sobre plantas e vivências passados. Desde 1999 que participa nos Passeios da Primavera promovidos pela MARCA-ADL, guiando os participantes ao longo das ribeiras do Almansor e Pintada numa viagem à descoberta de algumas das plantas ribeirinhas utilizadas localmente para fins culinários e medicinais tais como a hortelã da ribeira, o poejo, a salgueirinha, a cavalinha, o salgueiro, entre outras.