terça-feira, fevereiro 08, 2011

amanhã, há CINEMA ÂS QUARTAS em CASTRO VERDE

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CINEMA ALTERNATIVO? É AMANHÃ
EM CASTRO VERDE, O FILME VAI
SER "LIMITES DO CONTROLO" DE
JAN JARMUSH.

Vai passar, como habitualmente no Forum Municipal , pelas 21,30



Os Limites do Controle
The Limits of Control



Gênero: Policial, Drama e Suspense
Duração: 116 min.
Origem: Estados Unidos, Espanha e Japão
Estréia 29 de Maio de 2009
Direção: Jim Jarmusch
Roteiro: Jim Jarmusch
Distribuidora: Universal Pictures
Censura:
Ano: 2009

SINOPSE História de um homem estranho e solitário, cujas as atividades estão cuidadosamente além das leis. O estranho homem está prestes a completar um trabalho clandestino.

ELENCO Isaach De Bankolé
Alex Descas
Jean-François Stévenin
Óscar Jaenada
Luis Tosar
Paz de la Huerta
Tilda Swinton
Youki Kudoh
John Hurt
Gael García Bernal
Hiam Abbass
Bill Murray
Héctor Colomé
María Isasi
Norma Yessenia Paladines.
FOTOS

É um filmes que pertence a um cinema diferente: a sua principal característica é uma escolha-declaração estilística de explorar os limites das convenções generalizadas no cinema, em perder a cabeça na descontextualização de todas as acções. Contra a corrente, não oferece leituras imediatas, logo vive e incita o pensamento livre, uma análise demorada e a procura de simbolismos e analogias, libertando o espaço ocupado por explicações feitas para o espectador através de um ritmo mais pausado. Logo implica uma observação muito mais subjectiva, mais dependente de uma interpretação visual do significado dos símbolos aludidos.

“The Limites of Control” é um filme estruturado através de várias repetições, quer visuais, quer narrativas, quer nos diálogos. Todos os planos são resultado de um estudo prévio sem espaço para a improvisação. É muito auto-referencial na medida em que não faltam contactos com outras obras de arte e de certa forma desconstrói conceitos de filmes de espionagem ou intriga em que a fútil linha narrativa se poderia inserir. Existe uma nostalgia por uma época menos óbvia, por outros ritmos, uma altura em que os fósforos ainda faziam sentido, em que como diz a personagem de Tilda Swinton havia momentos nos filmes em que nada acontece e vem à memória a sequência inicial de “Dead Man” do próprio Jarmusch. Se conceptualmente é um filme fora do espaço dos outros filmes contemporâneos, protesta também contra um pensamento único, contra o entretenimento fácil que domina a sociedade actual, com um inspirado uso de quadros e peças de música que obrigam a outro tipo de reflexões, pela celebração de diferentes línguas e culturas: a única vez que a personagem principal se parece emocionar é durante uma uma canção flamenca.