quarta-feira, outubro 22, 2014

NOITE DE DESPIQUE E BALDÃO NA FEIRA DE CASTRO

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NO PROGRAMA´DA FEIRA DE CASTRO, DOS EVENTOS
MAIS TRADICINAIS, A PAR DO DESFILE DOS
GRUPOS CORAIS, É NA NOITE DE SÁBADO DA
FEIRA, O CANTE A DESPIQUE E BALDÃO.

Por iniciativa da Cortiçol, há já longo anos, que se realiza este evento, que perpetua na Feira de Castro, o reviver da tradição representada pelo cante a despique e baldão.

No Alentejo canta-se ao desafio em duas formas diferentes: ao baldão e ao despique. No cantar ao despique parte-se de um "mote" e daí se pega num tema que se desenvolve, sempre de acordo com regras estritas no que concerne à rima e ao seu lugar no verso.. O cantar ao baldão já o próprio nome diz: à balda, isto é canta-se, vai-se respondendo e vai-se improvisando.

Nos primeiros anos, a sessão realizou-se na Taberna do João das Cabeças, contudo, o espaço tornou-se muito pequeno para a crescente popularidade do baldão, e embora fosse o local preferido dos cantadores, foi necessário procurar um espaço mais amplo.

Percorreram-se muitos locais, desde uma tenda no antigo ring de patinagem, agora Parque Infantil, à Taberna da Associação dos Caçadores das Sesmarias, até ao sitio actual, o Forum Municipal.

A sala encheu-se , são muitos os que gostam de despique e baldão.


A sessão teve como preliminares a actuação dum grupo de alunos de viola campaniça, muitos dos quais, depois ,acompanhariam os cantadores de despique e baldão

Todos os anos, no decorrer da sessão de despique e baldão , os cantadores presentes, votam entre si, no companheiro quenoi ano seguinte será homenageado publicamente.
No ano passado os cantadores votaram em MANUEL GRAÇA, de Corte Malhão, para ser homenageado este ano.


E foi pela voz do José Francisco Guerreiro, da Cortiçol, desde sempre a alma deste evento anual, que MANUEL GRAÇA foi chamado a receber a homenagem a que ganhou o direito pelo voto


que emocionado agradeceu



Depois, os cantadores ocuparam os seus lugares à mesa, e de novo , José F.Guerreiro, dirigiu-se à sala, falando sobre
a necessidade de um consenso de silêncio para escutar os cantadores, e a dar a conhecer a metodologia a ser seguida por eles



e deu-se o inicio da função com o festejado MANUEL GRAÇA a iniciar a fase do CANTE A DESPIQUE.


o micro foi sendo passado de mão em mão




de campaniços para serrenhos e destes para campiços



terminando com a intervenão de VITOR PALMA,

Depois, JOSE F.GUERREIRO, voltou ao micro para dar inicio à fase do BALDÃO, mas antes apresentou então o poeta popular MANUEL MARTINS MIRA



que convidou a dizer um dos seus poemas sobre a FEIRA DE CASTRO



a que o poeta anuiu ,escutando os aplausos da sala

E....deu-se inicio à fase do BALDÃO



onde sobressairia uma interessante troca de mimos especialmente entre o Pedro Mestre e o Vitor Palma



e outros belos duelos do Manuel Graça, Leonel das Perrarias, Ferreirinha e outros




Foi mais um excelente serão onde a tradição do cante a balão e despique e a viola campaniça teveram o seu lugar de destaque.

Uma palavra final para