A QUINZENA CULTURAL TAMBÉM
TROUXE, E VAI TRAZER MAIS,
TEATRO.
No final do segundo dia da Quinzena Cultural, o nosso blogue esteve no Centro de Convívio de Entradas, a assistir à peça de teatro "SÓ" pela Companhia de Teatro "A Bruxa" de Évora.
É pois uma Companhia de teatro alentejana que é um:
"Projecto profissional integrado de desenvolvimento cultural e social, mas acima de tudo de criação artística. Criado em 1991 mas instalado em Évora desde 2002, tem por fins a prestação e a produção de actividades de natureza cultural - essencialmente no campo teatral e cinematográfico -, preservação do património cultural, formação artística e cultural em geral."
A peça, de 1992, que ,fala de solidão, é de autoria de Borje Lidstrom, um sueco nascido na Lapónia em 1952, e que é ao mesmo tempo, poeta e autor de teatro.
No palco, um homem enfrenta passivamente a sua solidão e a ela se entrega sem reagir.
O solitário vive só ,e assim deseja continuar.
A sua rotina move-se entre a escrita obsessiva, que só interrompe para ao toque das 10 da noite para se deitar.
Contudo o relógio está definitivamete a trabalhar mal, e já nem ele pauta o fim do dia do homem só.
Além da escrita ele pensa que fabrica ouro, tem o desejo de se transformar num arenque e mantèm conversas imaginárias com Deus.
O autor introduz então um elemento de ruptura no texto.
Klare, a sua criada, que irá intrometer-se nesta rotina para a destruir, e fá-lo com a energia dos seus poucos anos, com provocações contínuas cada vez mais ousadas , consegue quebrar a resistência do Homem-só, que cede, transpondo no final a porta do seu obsessivo quarto.
Com a sala bastante preenchida, a Organização terá dado por bem pensada a introdução desta peça, e desta questão da solidão, no programa da Quinzena
