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A CASA DAS PRIMAS ESTEVE NO PRIMEIRO
DIA DAS FESTAS DE ENTRADAS, DAS NOITES
EM SANTIAGO E PRESTIGIOU A INAUGURAÇÃO
DO MUSEU DA RURALIDADE
Entradas, entra na rota museológica e da melhor maneira.Através da criação dum museu que enaltece tudo o que diz respeito à actividade rural, afinal o DNA da região, do Alentejo.
Ao longo dos séculos, o Alentejo foi um espaço emblemáico das actividades relacionadas com a terra, e os alentejanos um povo que tem dado o seu esforço,o seu suor, o seu sangue, no amanho da terra e estabelecido os seus sinais culturais, a sua tradição, à volta dessa actividade e ideia.
Claro que a ruralidade não se restringe à região alentejana, os organizadores ,que estiveram na origem da sua criação não tiveram a intenção de apagar as outras regiões, os outros povos que nesta actividade e forma de estar na vida, Antes pelo contrário, também o Norte ,Centro e Sul do País rural estão nesta sua casa representados e enaltecidos.
A cultua rural é tão importante como as outras, nomeadamente a cultura urbana.
O Museu da Ruralidade em Entradas na forja há já alguns anos ,teve finalmente a sua concretização e a sua inauguração ,com a pompa e circunstância que lhe são devidos teve lugar pelas 6 da tarde do primeiro dia das festas.
Junto à entrada do edificio , no local da antiga Casa da Lêda,juntou-se muita gente, apesar do calôr sufocante ainda àquela hora.
Ouvidos os discursos da praxe, com intervenções dos responsáveis da região, permito-me salientar a de Miguel Rego, porque assisti à apresentação do Projecto do Museu durante o festival de Sete Sóis, Sete Luas, em 2008,no salão de Exposições junto ao Anfiteatro Municipal, e ao seu discurso de então,
comparando-o ao de hoje, e ao momento da sua consagração enquanto criador:
Após os discursos, o momento para a História, aquele em que , 2 crianças do Grupo Coral das Ceifeiras de Entradas, abriram as portas do novo Museu:
permitindo a entrada de todos
Seguiu-se a actuação das Ceifeiras de Entradas, previamente apresentadas por Napoleão Mira:
Entrou-se então no espaço do Museu, onde a dureza do trabalho nos
campos,nos é sugerido pela presença das máquinas, dos objectos como arados, trilhos, charrua, o fole da forja, a debulhadora fixa, a carroça,
a viola campaniça . No Museu não falta mesmo a taberna, onde o petisco e o convívio, proporcionam o desfilar das memórias e o soltar do cante.
No Museu estiveram (e estarão) presentes também os protagonistas como o
último abegão e o derradeiro mestre ferreiro,que permanecem um património vivo.
No decorrer da visita, tive a satisfação de ter encontrado duas pessoas com quem tinha conhecimento virtual através da internet, e a quem passei a conhecer pessoalmente com satisfação reciproca.
Falo de Luis Matos e José Mestre, ambos naturais de Entradas..
O primeiro, a residir em Geveve ,na Suiça, onde integra, com Isaurindo Sempão e José Limpo (ambos de Moura) o trio de apresentadores do Programa "Vamos ao Alnetejo" ,da Rádio Alma Lusa, daquela cidade suiça, que todos os domingos nos chega entre as 9 e as 11 da manhã.
Foi ele que me mostrou imagens e memórias da sua família Matos, patentes no Museu:
O segundo é José Mestre, que conhecia virtualmente do sitio ALENTEJO TERRA E GENTE do facebook, e com quem travei agora conhecimeto pessoal o que provocou em nós alguma emoção.
Durante a visita ao magnifico espaço, foi servido no pátio um lanche volante com os manjares que são típicos do Alentejo e do gosto dos alentejanos.
e depois na tasquinha do Museu
a conversa e a roda de amigos
À saída a Filarmónica 1º.de janeiro de Castro Verde brindava com a sua actuação os visitantes do Museu, simultâneamente também das Noites em Santiago.
As festas prosseguiriam à noite com a tradicional procissão de velas ao patrono da Aldeia .