CHEGAMOS AO DIA EM QUE A
VILA DE CASTRO VERDE E
CASEVEL VÃO ESTAR NA RUA
A RECEBER DE D.MANUEL
OS SEUS FORAIS.
Em Casevel a cerimónia vai decorrer no Largo de São Fabião, emtre as 11 e o meio dia e meia hora, ne Vila de Castro Verde vão acontecer espectáculos de dança, ´coral e música filarmónica entre as 3 e as 5 da tarde na Praça da Republica.
Um pouco por toda a vila, e um pouco por toda a Casevel vão haver apontamentos musicais, que o teu blogue vai captar em imagens para tge mostrar,
Se estás por cá, arranja-te e vai assistir, para um dia contares aos teus netos.
O ano de 2010 é, para o concelho de Castro Verde, um marco cronológico extraordinariamente importante da sua história, do seu património e da sua memória. É neste ano, que se cumprem 500 anos sobre a doação, por D. Manuel I, dos forais de Castro Verde e Casével e, paralelamente, se assinalam os 100 anos sobre a implantação da República.
Naturalmente, que estes números redondos são apenas a passagem de mais um aniversário sobre cada uma das datas referidas. Mas a natureza simbólica que cada um dos números alberga, manifesta um maior sentimento de responsabilidade para as gerações actuais, na perspectiva de que são estas mesmas datas, muitas das vezes, o momento ideal para despoletar processos de construção social e antropológica, que ajudam, diremos mesmo, provocam, a redescoberta de fenómenos históricos adormecidos e olvidados, mas que funcionaram como fundamentais para a construção do processo histórico do concelho.
É natural que o simbolismo dos 500 anos da entrega dos forais às duas vilas, hoje pertencentes ao Município de Castro Verde, tem um carácter menos político, menos social e mais histórico que o dos 100 anos da implantação da República. A natureza da distância da data assim o dita. Até porque a importância da doação do foral das vilas de Castro Verde e Casével, deixou hoje de ter o significado que teve há 500 anos. No entanto, o conceito jurídico que está por detrás do “foral” e cuja construção se deve à figura do concelho daí saído, é de sobremaneira importante para os tempos de hoje. Acima de tudo, nestes tempos em que a autonomia política e jurídica dos municípios são o garante mais efectivo da consolidação do regime democrático saído do 25 de Abril de 1974.
Mas se a construção do município de Castro Verde se deve ao reconhecimento da natureza geográfica, histórica e social, que advém da doação do foral por D. Manuel I a Castro Verde (as certezas da existência do concelho antes de 1510 são evidentes, mas a sua prova documental continua por fazer), importa naturalmente referir e referenciar que essa construção é fruto de um longo processo que se estende até às portas do século XX, assentando igualmente na extinção dos concelhos de Casével, Entradas e Padrões, para além da “transferência” da freguesia de S. Marcos da Ataboeira do vizinho concelho de Mértola para o de Castro Verde. Talvez por isso, estes 500 anos que pretendemos assinalar durante o ano de 2010, seja uma iniciativa que se assume como corolário de um longo processo histórico que importa dar a conhecer e, acima de tudo, levar mais próximo do cidadão comum de uma forma simples e sem grandes pretensiosismos com o objectivo de valorizar a especificidade e realidade do nosso concelho.
