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A IDEIA FOI TENTAR RECRIAR NA
PRAÇA DA REPUBLICA E DA LIBER-
DADE, O AMBIENTE HISTÓRICO QUE
TERIAM EM 1510,ÉPOCA E ANO EM
QUE FOI DOADO A CASTRO VERDE E
CASEVEL O FORAL, POR D.MANUEL.
Foram muitos os que acorreram enchendo a Praça.
Através de várias representações da época, a cargo dos "Strella do Dia" e do Circo de Danann, que se mistaravam amiúde com as gentes da vila, muitas delas a trajar roupagens da época, os tempos de D.Manuel foram tomando conta da praça.
O Circo Danann trouxe a magia dos saltimbancos e percorrendo a praça de carroça de madeira foram executando acrobacias e habilidades com fogo, contagiando os presentes .
De súbito a multidão agitou-se, vieram novas da varanda do "Paço".
O dignatário real apareceu à varanda anunciando que El-Rey D.Manuel, viria ,na companhia da Rainha, saudar o Povo:
Logo a turbamulta acorreu ao Palácio,em delirio, e debaixo do varandim real aclamou entusiasmado com: "Viva o Rei", "Viva a Rainha".
D.Manuel, conclamou então o Povo a comparecer no dia seguinte ao Largo da Feira, onde iria entregar oficialmente o Foral da sua terra, de Castro Verde
Ao real casal ,foi então oferecido um ruidoso momento musical e circence.
Saudando o Povo, D.Manuel retirou-se.
Formou-se então um barulhento cortejo , liderado pelo Bispo e pelo representante do Tribunal da Inquisição, flanqueando prisioneiros herejes a caminho de ser julgados,
e muito assustaos ,debaixo dos insultos e "morras" do "Povo".
desde o "Paço" até ao Pelourinho, onde decorreria o Julgamento
O Bispo abriu a sessão tribunalícia, defendendo que seria em nome de Deus
que aqueles pecadores iriam ser punidos,perante uma assembleia atenta
passando depois a palavra e o Poder de punir ao Frade Juiz Inquisidor, que logo,logo condenou uma pretensa "bruxa", perante os aplausos delirantes do "Povo"
Foram muitas as vítimas de condenações ,desde judeus acusados por usura, a herejes impios.
Uma das condenações que mais burburinho causou, foi decerto a das "prostitutas"
acusadas de tentar os homens à concubiscência e ao pecado carnal.
Concluidos os julgamentos, ou melhor, as condenações, e levados os herejes para o cadafalso, o Povo exigiu festa, e assim, lhe foi concedido a satisfação do desejo com a actuação dos Strella de Dia:
que truxeram à Praça, os sons, a alegria e as côres próprios
duma comemoração medieval
de excelente qualidade e com uma assistência
que primou pela distinção
trajando com o requinte da daquela época
A Praça da Republica, foi, durante umas horas, o Largo do Paço do ano da Graça de 1510.