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ESTAMOS JÁ NA SEMANA MAIS ESPERADA
A DO COMEÇO DO FESTIVAL SETE SÓIS,
SETE LUAS, EM CASTRO VERDE.
Hoje vamos falar do grupo basco KORRONTZI, que actuará no Cineteatro Municipal , dia
11 de Setembro, próximo Sábado, pelas 21,30
Korrontzi é um jovem grupo revelação da música do Pais Basco, que descobriu a antiga tradição do "trikitilari" (intérprete de concertina, chamado "Korrontzi"), que costumava chegar todos os domingos à praça principal da cidade de Munguia (Vizcaya), em cima de um burro. Este músico transmitia alegria às pessoas que iam sair da missa das 11 horas do domingo. O grupo quer assim homenagear a cultura popular basca e ao mesmo tempo quer estar atento às influencias de todo o mundo, proporcionando um concerto cheio de energia e de alegria.
Korrontzi são a grande revelação da música
popular basca. Decorria o ano de 2004 quando
Agus Barandiaran (acordeão diatónico) e
Mikel Romero (bandolim, guitarra) – os dois
fundadores do grupo – decidiram que o local
onde ensaiavam, começara a ser pequeno demais para eles, mostrando ao
mundo a sua música. O resultado é uma mistura de música folk com sons
antigos e tradicionais bascas, ponto da contemporaneidade, mas sempre
dentro do tradicional triki, ou acordeão diatónico basco. A fusão dos
ritmos populares é o mote para a dança, animando as canções repletas
de emoções que o grupo oferece ao público. Um trabalho que valeu ao
grupo, em 2008, o prémio para melhor banda folk internacional
Vamos agora ecordar o que foi o 1º.concerto do Festival do ano passado (2009) nba crónica que então publiquei aqui no teu blogue:
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"EM TODOS OS TRÊS DIAS DO
FESTIVAL SETE SÓIS,SETE
LUAS, SE REALIZARAM NO
ANFITEATRO MUNICIPAL
CONCERTOS DA NOITE.
Nos anos anteriores estes Concertos aconteciam no Cine Teatro.
Este ano , dado que o mesmo se encontra em obras de beneficiação ,o local escolhido foi o Anfiteatro Municipal.
Ao ar livre em meados de Setembro foi um risco, mas São Pedro foi camarada e as noites estiveram agradáveis.
Na primeira noite o Programa teve três actuações em palco.
O primeiro grupo a actuar foi o dos Ganhões de Castro Verde, que cantaram com a alma e a qualidade do costume arrancando bastos aplausos dum Anfiteatro cheio.
A Piccola Banda Ikona, vinda de Itália, subiu então ao palco e trouxe-nos o som, a dança e a cultura do Mediterrâneo.
Este grupo composto por excelentes músicos trouxe-nos também a novidade de interpretar todas as canções do repertório, em língua "sabir" ,que é uma antiga língua mediterrânica que cruzava diferentes idiomas falados nos portos do Mediterrãneo, como Genova , Tanger, Salonicca , Istanbul, , Marselha , Alger, Valencia e Palermo, mistura de árabe,latino,o chamado sabir ou pidgin mediterrânico, ainda que mal comparado , equivalente ao crioulo caboverdeano, se pensarmos na mistura de idiomas.
Infelizmente grande parte das imagens vídeo que tinha captado sofreram um "acidente" tecnológico na pós produção e só ainda resta desta noite de Concerto, dois curtos filmes dos KAMAFEI
O público reagiu com palmas compassadas e os aplausos foram generosos.
Depois veio o grupo também italiano - Kamafei .
Vieram duma região mediterrânica u pouco desconhecida para nós o Salento.
SÓ ESTE PEQUENO TRECHO ESCAPOU DO DESASTRE TECNOLÓGICO, DÁ PRA VÊR QUE FOI PENA ELES LEVARAM O PESSOAL AO RUBRO
«Kamafei», na antiga língua do Salento, o «griko», quer dizer calor que passa, o
calor que nasce dos instrumentos entre o antigo e o moderno, o calor do público quando dança ao som da música dos Kamafei, Eles trouxeram a Castro o seu projecto inovador que propõe a fusão entre a etnomúsica de Salento e cantos de amor e temas originais interpretados em «griko», como salvaguarda da memória e da musicalidade de uma imensa tradição.
Encheram o palco e puseram o pessoal a dançar.
À tarde ,já tinha visto a bailarina do grupo a coordenar as danças italianas no Forum Municipal, pois aqui no palco do Anfiteatro, ela dinamitou noite e trouxe para o proscénio os mais entisiasmados que com ela dançaram até mais não poderem.
Para estabelecer uma ligação entre o local Concerto e o resto dos espectáculos que iriam ter lugar no Jardim do Padrão, surgiu então entre as pessoas que iam saindo do Anfiteatro, o incrível grupo Basco DEABRU BELTZAK, que práticamente dinamitou o ambiente criando imagens e coreografias inacreditáveis que aqui deixo, pois estas felizmente não foram afectadas pelo "malfunction" dos aparelhos de reprodução:
Mascarados de carneiros, a tocar tambor soltando patéticos balidos - "més" ,
Na Idade Média as bruxas e bruxos na Europa faziam orgias, bailavam ao ritmo dos tambores e ofereciam sacrifícios na noite do solstício de verão para celebrar a chegada da nova estação. Na Espanha, região do País Basco, esta festa cheia de magia era chamada de Akelarre. Mas, no século 16, um grupo dessas feiticeiras foi queimado na fogueira da Inquisição. Para retomar a tradição, há mais de seis anos a companhia Deabru Beltzak, da Espanha, passou a ser a encarregada de levar para as ruas o Akelarre mais famoso da Europa. Deabru Beltzak (palavra do idioma euskera, que em português quer dizer Diabos Negros). O grupo traz o espectáculo "Les Tambours de Feu" (Os Tambores de Fogo). A trupe é formada por seis actores- percussionistas e um actor que manipula o boneco de Aker, o diabo de Akelarre
A Praça da Republica foi um dos locais de paragem..
...e de celebração macabra e feitiços...
para logo seguirem pela Rua D.Afonso I,, lançando gritos,`balidos, lume ,luzes e fogo
até ao Jardim do Padrão
onde coreografaram o momento final, entusiásticamente aplaudido, por uma multidão de gente que depois seguiu para os outros espectáculos da noite ,dos quais darei aqui nota e imagens."