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DESTA VEZ FOMOS ATÉ CASÉVEL
E COLHEMOS ALGUMAS IMAGENS
DESTA BONITA LOCALIDADE
Fomos tomar a bica a Casével, ao Café Central e aproveitámos para dar uma volta ,fazer umas imagens e recolher notas sobre a terra.
Casével é uma freguesia do concelho de Castro Verde, com 33,34 km² de área e 365 habitantes (2001). Densidade: 10,9 hab/km².
Foi vila e sede de concelho, formado por uma freguesia, entre 1510 e 1836. Tinha, em 1801, 400 habitantes. Pertenceu ao extinto município de Messejana entre 1836 e 1855
Freguesia de Casével
FIZÉMOS UM PEQUENO TAKE NA AGRADÁVEL PRAÇA DA IGREJA
Fica a cerca de doze quilómetros da sede do concelho, a freguesia de Casével encontra-se "no alto duma chapada", muito perto da estrada que segue para Ourique.
Casével recebeu foral de D. Manuel I, em 20 de Setembro de 1510. A sua câmara tinha juiz de fora, que governava simultaneamente as vilas de Messejana e de Aljustrel, mas o concelho teve uma duração pouco mais do que efémera. Em termos administrativos, pertenceu depois ao concelho de Messejana, extinto em 24 de Outubro de 1855. A partir daí, foi incluído, até hoje, no de Castro Verde.
A nível eclesiástico, era um priorado da coroa. Tinha de rendimento anual três moios de trigo, dois de cevada e vinte mil réis em dinheiro, pagos pela comenda da vila.
Do património artístico desta freguesia, o maior destaque terá de ir para a chamada cabeça de S. Fabião. Uma peça singular da ouriversaria francesa, ao que parece trazida do estrangeiro há mais de oitocentos anos. Em tamanho natural, toda em prata, a cabeça contém no seu interior um crânio humano, o tal que a tradição diz ser de S. Fabião, papa e mártir do Cristianismo. Segundo a tradição oral, ainda hoje passível de ser escutada pela boca dos mais velhos da freguesia, teria sido uma devota matrona grega, D. Vataça Lascaria, princesa que viera para Portugal no século XIII, a transportar a cabeça daquele Santo, bem como a de S. Romão.
Cláudio Torres, o célebre arqueólogo, e Joaquim Ferreira Boiça, dedicaram-lhe uma obra de grande qualidade, na qual referem em relação às suas características artísticas: "Excluída a capital do Império do Oriente (Bizâncio), então dominada por um certo barroquismo e pelo gosto dos esmaltes policromos, é forçoso sugerir a Lombardia ou a Catalunha como possíveis locais de origem do prateiro-ourives, autor da cabeça de Casével. As influências românicas, embora atenuadas nestas zonas do sul, são perceptíveis no tratamento facial e numa certa rudeza bárbara das barbas e bigodes.
Porém, na forma delicada de lavrar e enrolar o cabelo, percebe-se que as mãos do artífice não perderam um certo jeito clássico próprio da escultura mediterrânica".
Ana Palma, em "Viagens na Nossa Terra", chama a atenção para este inestimável, e único, património: "À passagem de Casével, saiba que é seu tesouro a cabeça-relicário de S. Fabião, curadora de maleitas do gado. Magnífica obra de ouriversaria única no nosso País, provavelmente do século XIII e de origem estrangeira, encontra-se bem guardada ... no cofre de uma instituição bancária".
Com cerca de quatrocentos habitantes apenas, S. João Baptista de Casével é a menos povoada freguesia do concelho de Castro Verde. As principais actividades económicas da sua população estão ligadas ao sector primário, como a agricultura e a pecuária. No entanto, também o pequeno comércio e a pequena indústria – moagem, montagens eléctricas e serralharia – têm o seu papel na economia da freguesia.
O LARGO DA IGREJA
A IGREJA MATRIZ
A sua construção remonta ao século XIV, tendo sido reedificada no século XVI. Actualmente, situa-se, isolada, em local destacado na aldeia. Tipicamente barroca, apresenta uma só nave, capelas laterais e telhado de duas águas.
Consta que, durante anos de abandono, foi sendo espoliada de muito da sua riqueza decorativa, incluindo imagens de santos e o altar em talha dourada, hoje desaparecidos.
De entre os tesouros que resistiram ao longo dos séculos, a Cabeça Relicário de São Fabião é, sem dúvida, o mais valioso. Presentemente está patente ao público na Basilica Real de Castro Verde. Pensa-se que esta peça, em tamanho natural, constituída por elementos de prata e prata dourada de elevado valor, será originária do século XIII. Localmente, atribuem-se-lhe poderes curativos especiais em doenças do gado.
O rosto apresenta vários partes soldadas entre si, à excepção do nariz e da boca, que são uma só peça. No alto da cabeça, existe uma abertura, bem como nas orelhas, nas narinas e em seis pequenos orifícios nos lábios, expressando um sorriso tímido. Recentemente, comprovou-se que possui no interior um crânio humano