terça-feira, junho 21, 2011

CRÓNICA DO COLÓQUIO "A ETNOMUSICOLOGIA E O CANTE

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NUMA ORGANIZAÇÃO DA CEDA - CENTRO
DE ESTUDOS DOCUMENTAIS DO ALENTEJO,
E COM O APOIO DA JUNTA DE FREGUESIA
DO FEIJÓ E DO GRUPO CORAL E ETNOGRÁ-
FICO "AMIGOS DO ALENTEJO" DO FEIJÓ,
DECORREU NO NOVO EDIFICIO E AGRADÁVEL
AUDITÓRIO DA JUNTA DAQUELA FREGUESIA
, UM COLÓQUIO SUBORDINADO AO TEMA
EM TÍTULO.


No ultimo sábado a Freguesia do Feijó recebeu e foi o centro do Alentejo.
De manhã desde as 10 horas a CEDA organizou dois Painéis de Colóquios, o primeiro sobre "A ÁGUA ENQUANTO DIREITO HUMANO", o segundo, e foi a este que o nosso blogue esteve presente, versou sobre "A ETNOMUSICOLOGIA E O CANTE".



Francisco Naia ,na qualidade de representante da CEDA, abriu o Colóquio num curto improviso, que concluiu dando a palavra a José Rabaça ,a quem designou como o moderador da sessão:


O moderador, de discurso fácil e boa disposição , assim se apresentou e identificou os conferencistas presentes:




O Dr.José Orta do IP de Beja
O Dr.José Francisco Colaço Guerreiro, da Associação MODA
O Dr.Pedro Felix em representação da Prof.Drª.Salwa Castelo Branco do INET-MD da FCSH/UNL


E foi Pedro Felix que primeiramente se dirigiu ao público presente:

dissertando sobre a origem e evolução dos grupos corais ,ou ranchos (??), deixando no ar uma surpresa, -quem introduziu em Portugal os grupos corais foi António Ferro, o Ministro da Propaganda do Estado Novo, isto é de...Salazar.

A formação de grupos corais e de folclore foi fomentado ,mas de cima para baixo, e com uma clara separação de género de modas e forma de dançar por região.

o Dr.José Orta,


incidiu a sua comunicação sobre a formação dos grupos corais após o 25 de Abril, agora já livres de tutela,com maior incidência no Alentejo e Margem Sul.

José Francisco Colaço Guerreiro ,


iniciou a sua intervenção apresentado imagens e sons de um trabalho realizado há cerca de 20 anos, no âmbito de uma apresentação naquela época feita em Toronto. A importância desta apresentação, como se verá na visualização deste sketch, está especialmente na escuta dos sons do Alentejo, surpreendidos aqui e ali nas diversas situações do dia a dia.



mas deixo que seja pela sua voz que se conheça a evolução dos grupos de cante alentejano, e a sua importância e poisição na cultura e tradição do Alentejo:



antes e depois da data mágica do 25 de Abril





Concluída esta fase de exposição dos conferencistas, o moderador José Rabaça lançou uma provocação:-"Para sermos autênticos nos grupos corais,é necessário vestirmo-nos à maneira dos nossos avós?"




a que respondeu Pedro Felix de imediato

Também José Orta quiz opinar:


-"...as tradições inventam-se...mas renovam-se.."

Também José Francisco Colaço Guerreiro quiz responder ao desafio:


-"Só tenho dificuldade em aceitar vêr grupos cantar modas datadas, trajados de maneira como nunca ninguém se vestiu"

Já no final José Borralho, dos Amigos do Alentejo do Feijó, questionou a mesa ,pondo enfâse na ideia de que o cante é acima de tudo um acto colectivo:


terminando a sua intervenção com um exemplo cantado:


Depois e como corolário perfeito de uma reunião sobre o cante, o Coral dos Amigos do Alentejo do Feijó,fechou a sessão cantando as modas de que tanto ali se falou:





No final todos se apressaram, pois nessa noite iria realizar-se , no Jardim do Pavilhão do Feijó, o 24ºEncontro de Cantares Alentejanos, e todos iriam estar presentes.