sexta-feira, setembro 30, 2005

poetas e poemas do alentejo

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Poeta português, natural do Alvito. Foi colaborador das revistas Távola Redonda e Árvore e Cadernos de Poesia, que, na década de 50, conglomeravam de forma irregular, mas activa, poetas de várias sensibilidades.

Raul de Carvalho

Nascimento: 1920/09/04 Alvito, Baixo Alentejo
Morte: 1984/09/03 Porto
País: Portugal


A obra deste poeta, onde se encontram evocações da sua infância alentejana, revela a sua ligação ao neo-realismo. A fidelidade ao humano e o estilo enumerativo e anafórico são marcas da sua poesia.
Os seus títulos englobam As Sombras e as Vozes (1949), Poesia, (1955), Mesa de Solidão (1955), Parágrafos (1956), Versos - Poesia II (1958), A Aliança (1958), Talvez Infância (1968), Realidade Branca (1968), Tautologias (1968), Poemas Inactuais (1971), Duplo Olhar (1978), Um e o Mesmo Livro (1984) e Obras de Raul de Carvalho — I — Obra Publicada em Livro (editada postumamente em 1993).
Recebeu, em 1956, o Prémio Simón Bolívar, do concurso internacional de poesia realizado em Siena, Itália
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Perdão

I

Regresso à minha terra; andei perdido...
Chamem-me réprobo, ignaro, o que quiserem...
Sou como o pássaro que, depois de ferido,
Que Deus lhe dê a campa que lhe derem...

Não olho altares, não rezo, não ajoelho,
Mas em minha alma a comoção dorida
De quem volta de longe, de bem longe...,
E encontra à sua espera toda a sua vida...

Ouço as primeiras falas que empreguei,
Vejo as primeiras luzes que enxerguei,
Amo as primeiras coisas que dei
O amor que Deus pôs em quanto amei...

E trago tudo junto, aqui, no peito
Neste albergue de vozes, gentes, passos,
Lúgubre às vezes, soalhento às vezes,
E tanto, tanto meu, que lhe criei o gosto

Verdadeiro de quem ama e já não chora
Porque o chorar passou... a despedida
Melhor que um poeta pode dar à Vida
É despedir-se dela num sorriso:

Talvez num beijo... Talvez numa criança
Que o mundo, ao largo mundo vem mandada
Por seus pais que a criaram, sua terra que a viu
Quando ela foi por Deus nada e criada...

Agora temos tempo de fartura
(Quer faça sol ou vento, ou entristeça
A minha mente, e a minha voz se esqueça...)
De ir cantando de novo, à aventura...

À aventura dos limos e das seivas,
Das secas e dos montes, dos moinhos,
Dos pais que não se fartam de sentir
A dor sublime de ver crescer os filhos...

Terra de alqueives, ou monda, ou de pousio,
Terra de largos trigueirais ao sol,
— Quem vos mandou contaminar-me,
E para sempre, do vosso resplendor?...

Poalha luminosa, mas agreste;
Folha de zinco em brasa; imensidão;
A toda a volta — Tanto em vós como em mim —
Implantou Deus a solidão.

Solidão! de hastes curvas no silêncio
Que dá a volta inteira à terra inteira,
Solidão que eu invoco como se
Vos conhecesse pela primeira vez!...

Subo os degraus a medo; páro e ouço...
O que ouço eu? a voz dos sinos? minha mãe?
É com palavras simples e em segredo
Que eu beijo a terra onde nasci também,

Bernardim, Florbela, meu louco e bom Fialho,
Meus irmãos de pobreza, e solidão, e amor preso,
Aqui vos trago o que hoje tenho: Um coração
Sofredor como o vosso, e como o vosso ileso!

Ó planície de alma! ó vento sem ser vento!
Ó ásperas vertentes ao nascente;
Ó fontes que estais secas, ó passeios
Da minha mágoa adolescente...

Como eu vos quero ainda! como eu sinto
Que tudo o mais é tédio e é traição...
Pode-se amar tudo na Vida, mas
Nunca se pode trair o coração.

Dele nos vem, mais tarde a confiança.
Do coração nos sobe, um certo dia,
Uma satisfação que já não pode
Sequer chamar-se-lhe alegria.

E todavia tanta... A de sabermos
Que ainda em nós se ergue e não distrai
A casa da esquina onde nascemos...
A torre que dá horas e não cai...

II

Peço perdão a Deus de ter voltado
Mais pobre e mais feliz: mais perdoado!

III

Voltei à minha terra; aqui faz sol!

quinta-feira, setembro 29, 2005

a nossa galeria

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MERENDA
ACRÍLICO SOBRE TELA
de
EUNICE ROSADO

quarta-feira, setembro 28, 2005

sexta-feira, setembro 23, 2005

imagens do alentejo - PIAS

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ainda as tabernas de castro verde

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EM CASTRO VERDE está patente ao público uma mostra fotográfica
sobre as tabernas da vila.


Exposição alusiva às tabernas de Castro Verde
Desde a Planície Mediterrânica que as paredes da Taberna do João das Cabeças sustentam doze fotografias, da autoria de Rui Pedro Tremoceiro.

As fotografias também disponíveis numa colecção de postais, reflectem pormenores e gestos associados às várias tabernas do concelho.

A exposição pode ser visitada até à Feira de Castro, que acontece no terceiro fim-de-semana de Outubro.

quinta-feira, setembro 22, 2005

preliminares

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Em um determinado país foi criado um programa de incentivo à natalidade,pois o número de habitantes estava caindo e a proporção de idosos
crescia assustadoramente.
Necessitando de mão-de-obra, o governo decretou uma lei que obrigava os casais a terem um certo número de filhos. Previa também uma tolerância de cinco anos após o casamento, no fim dos quais, o casal deveria ter pelo menos um pimpolho.
Aos casais que no fim do prazo não conseguissem ter um filho, o governo destacaria um agente auxiliar para que a criança fosse gerada.
Neste cenário se deu o seguinte diálogo entre um Casal:
MULHER: Querido, completamos hoje 5 anos de casamento!
MARIDO: É... e infelizmente não tivemos nenhum filho.
MULHER: Será que eles vão mandar o tal agente?
MARIDO: Não sei... talvez mandem.
MULHER: E se ele vier?
MARIDO: Bem, eu não posso fazer nada.
MULHER: E eu, menos ainda...
MARIDO: Vou sair, já estou atrasado para o trabalho.
Logo após a saída do MARIDO, bateram à porta.
A MULHER abriu e encontrou um HOMEM de boa aparência à espera.
Tratava-se de um fotógrafo que saiu para atender um chamado de uma família que queria fotografar sua criança recém-nascida, mas que por um
engano, errara o endereço procurado e o diálogo se seguiu:
HOMEM: Bom dia! Eu sou...
MULHER: Ah, já sei! Pode entrar.
HOMEM: Obrigado. Seu esposo está em casa?
MULHER: Não. Ele foi trabalhar.
HOMEM: Presumo que esteja a par.
MULHER: Sim, ele já está sabendo de tudo. Eu também concordo.
HOMEM: Ótimo. Então vamos começar.
MULHER: Mas já? Tão rápido...
HOMEM: Preciso ser breve, pois tenho ainda 16 casas para visitar.
MULHER: Minha nossa! O senhor agüenta?
HOMEM: O segredo é que eu gosto do meu trabalho, me dá muito prazer!
MULHER: Então vamos começar. Como faremos?
HOMEM: Permita-me sugerir: uma no quarto, duas no tapete, duas no sofá.
MULHER: Serão necessárias tantas? HOMEM: Bem, talvez possamos acertar na mosca já na primeira tentativa.
MULHER: O senhor já visitou alguma casa neste bairro?
HOMEM: Não, mas tenho comigo algumas amostras do meu trabalho mostrou algumas fotos de crianças). Não são lindas??
MULHER: Como são belos estes bebês! Foi o senhor mesmo quem fez?
HOMEM: Sim. Veja esta aqui, por exemplo, foi conseguida na porta do supermercado.
MULHER: Que horror! O senhor não acha muito público?
HOMEM: Sim, mas a mãe queria muita publicidade.
MULHER: Eu não teria coragem!!!
HOMEM: Esta aqui foi em cima do ônibus.
MULHER: Cacilda!!!
HOMEM: Foi um dos serviços mais difíceis que já fiz.
MULHER: Claro, eu imagino!
HOMEM: Esta foi feita no inverno, em um parque de diversões.
MULHER: Credo! Como o senhor conseguiu? Não sentiu frio?
HOMEM: Não foi fácil! Como se não bastasse a neve caindo, tinha uma multidão em volta. Quase não consegui acabar.
MULHER: Ainda bem que sou discreta, e não quero ninguém nos olhando.
HOMEM: Ótimo, eu também prefiro assim. Agora, se me dá licença, eu preciso armar o tripé.
MULHER: Tripé?!!!
HOMEM: Sim madame, pois o negócio, além de pesado, depois de armado mede quase um metro.
A MULHER desmaiou.........

quarta-feira, setembro 07, 2005

cozinha alentejana

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MIGAS À ALENTEJANA
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As migas à alentejana constituem um dos mais conhecidos pratos da gastronomia do Alentejo. Tal como as açordas e outros pratos desta região portuguesa, o ingrediente de base é o pão, produto tradicional do Alentejo (antes chamado de "celeiro" de Portugal, devido à produção de cereais ). A carne utilizada é a de porco, outro produto regional com grandes tradições.

O pão a utilizar deve ter as características do pão tradicional alentejano - muito do pão comercializado noutros lugares, demasiado fofo e friável, poderá dar mau resultado.

Ingredientes
Pão (cerca de 150 gramas por pessoa), caseiro, tipo alentejano, de preferência.
Alho a gosto
Massa de pimentão a gosto (algumas colheres)
sal a gosto
Carne de porco (entrecosto, lombo) - de preferência com alguma gordura, para poder fritar com a própria gordura (é aconselhável a utilzação de pedaços de toucinho)
água a ferver (apenas o suficiente para amaciar o pão e formar uma pasta não muito húmida)

Confecção
Os pedaços de carne de porco devem ser barrados com a massa de pimentão e alho, ficando assim durante algum tempo, um dia de preferência, tal como se fazia na ocasião de temperar a carne para os enchidos. O alho deve ser pisado juntamente com algum sal num almofariz (no Alentejo chamam-lhe "graal").

A primeira coisa a fazer com a carne é fritá-la. O objectivo não é, unicamente, cozinhar a carne mas, sim, obter o pingo ou gordura que é, desta forma, produzido. Ainda que se possam utilizar muitos tipos de recipientes, a tigela-de-fogo (recipiente de barro vidrado, estreito na base e largo em cima) é a que é tradicionalmente utilizada. Note-se que muitos dos recipientes de barro vidrado que se compram não podem ir ao lume. Convém informar-se sobre qual a cerâmica mais adequada a esta operação. Para que o pingo não fique cheio de pedaços de carne carbonizada, deve-se vigiar com atenção a forma como a carne frita. Para isso, pode ir borrifando com água, sempre que verificar que há tendência a queimar. Vai-se retirando a carne à medida que esta vai ficando devidamente cozinhada, ao seu gosto (alourada fica bem).

O pingo é retirado da tigela-de-fogo e convém ser coado (passar por uma rede, de forma a separar os resíduos).

O pão é cortado em fatias e colocado dentro da mesma tigela de onde se retirou o pingo e é amassado imediatamente com água a ferver. A colher-de-pau é o utensílio preferido por muitos cozinheiros (tradicionalmente) para este género de operação.

Em seguida, vai-se deitando o pingo que foi reservado, de forma a ligar-se ao pão e temperá-lo. Deve-se ter cuidado para não exagerar - caso contrário, ficam com demasiada gordura. Entretanto, vai-se rodando a massa até formar um bola - é o que se chama "enrolar as migas". Faz-se isto até as migas ficarem com uma crosta dourada (sem queimar). Servem-se acompanhadas da carne frita.

domingo, setembro 04, 2005

TENORES DI BITTI e RICARDO TESI

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São alguns dos que vão estar no Festival de Castro Verde
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Castro Verde recebe uma das mais curiosas produções deste verão: três espectáculos especialmente criados para o "Planície Mediterrânica", que reúnem no mesmo palco artistas como Rão Kyao e Ricardo Tesi ou o guitarrista Marco Reis e os marroquinos Nour Eddini e Jamal Ouassini.

São três produções musicais especialmente criadas para o Festival "Planície Mediterrânica" (integrado no Festival Sete Sóis Sete Luas). O compositor e flautista Rão Kyao lidera uma, com a cantora de flamenco Argentina, o coro de Vila Nova de Milfontes e o acordeonista italiano Ricardo Tesi.

Uma outra reúne o guitarrista de flamenco José Luis Rodriguez, o também guitarrista português Marco Reis e os músicos marroquinos Nour Eddini e Jamal Ouassini. Na terceira, dirigida pelo compositor italiano Luigi Cinque, participam o coro Ganhões de Castro Verde e os valencianos Mara Aranda (cantora de flamenco), Efrén López (orquestrador) e El Choro (bailarino).

Este ano o festival aborda a temática "O Sabor do Tempo e do Vinho", homenageando as tabernas do concelho e os gestos que lhe estão associados.

O festival conta ainda com Bailes de Danças Tradicionais com os Monte Lunai (dia 9) e os italianos Rosapaeda (dia 10). As Oficinas de dança ficam a cargo da professora Mercedes Prieto.

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10 Setembro - Castro Verde
TENORES DI BITTI

Os Tenores de Bitti surgiram em 1974. Bitti è a sua cidade, situada perto de Nuoro na ilha da Sardenha. O grupo è muito activo na pesquisa das tradições culturais locais e, em especial, do canto "a tenores". Conseguiram valiosos reconhecimento seja pela melodia do seu canto que pela preservação e respeito da tradição mais genuina e autentica. Recentemente, na Inglaterra os "Tenores" gravaram o seu último CD na prestigiada casa discográfica "Real World" de Peter Gabriel.

10 Setembro - Castro Verde
RICARDO TESI

Rccardo Tesi é um dos mais destacados expoentes da investigação do folclore europeu. Em Œ78 descobre o acordeão diatónico e decide estudá-lo com a ajuda de músicos tradicionais. Aprendeu portanto diferente estilos e técnicas de execução existentes na Itália: do "saltarello" do centro à "tarantella" do sul, ao "ballo tondo" da Sardenha. Com esta banda propõe uma música que sintetiza linguagens diferentes: além da música tradicional italiana, o jazz, o rock, o baile de salão, a canção...

sábado, setembro 03, 2005

CASTRO VERDE de novo em festa

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CASTRO VERDE DE NOVO EM FESTA
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Já aqui reproduzimos o cartaz a anunciar o "FESTIVAL SETE SÓIS SETE LUAS" em Castro Verde.
Hoje aqui deixamos em síntese o programa:
Abertura da Exposição de Fotografia e Apresentação do Catálogo (08-09-2005)
"O Sabor do Tempo e do Vinho"

Fotografias de Fausto G...

Rão Kyao, Argentina, Ricardo Tesi e Ganhões de Castro Verde (08-09-2005)
“As Terras do Vinho, do Azeite e do Trigo”.

Rão Kyao...

Workshop de Danças de Tradição (09-09-2005)
À semelhança de outras culturas, também as danças tradiciona...

Apresentação do Livro - "A Abetarda" de Pedro Rocha (09-09-2005)
* Iniciativa desenvolvida no âmbito da Planície Mediterrânic...

Luigi Cinque & El Choro, Ganhões, Mara Aranda, Efrén Lopez (09-09-2005)
Luigi Cinque, famoso compositor italiano, maestro das fusões...

Baile de Danças de Tradição - Monte Lunai (09-09-2005)
Monte Lunai transporta-nos para a época medieval e para as d...

Workshop de Cante Alentejano (10-09-2005)
Esta actividade será dinamizada por um grupo coral do concel...

Feira da Terra (10-09-2005)
Neste espaço vendem-se hortaliças, mel, doces tradicionais, ...

Workshop de Acordeão (10-09-2005)

Workshop dinamizado por Ricardo Tesi
...

Grupo Coral "As Papoilas do Corvo" (10-09-2005)
Animação de Fim de Tarde...

Tenores di Biti (10-09-2005)
Os Tenores Di Biti surgiram em 1974. Biti é a sua cidade, si...

Ricardo Tesi & Banditaliana (10-09-2005)
Compositor, instrumentista, investigador. São estas as almas...

Workshop de Dança (10-09-2005)
* iniciativa desenvolvida no âmbito da Planície Mediterrânic...

Visita à Herdade da Malhadinha (11-09-2005)
Inscrições limitadas/ Posto de Turismo (286 328 148)

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Visita ao Núcleo Urbano de Castro Verde (11-09-2005)
Inscrições limitadas/ Posto de Turismo (286 328 148)...

Workshop de Modas Campaniças (11-09-2005)
* iniciativa desenvolvida no âmbito da Planície Mediterrânic...

Roteiro das Tabernas (11-09-2005)
João das Cabeças – 16h00 – Apresentação de Colecção de Posta...

IGUARIAS DO ALENTEJO

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iguarias do alentejo
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Na taberna do JOÃO DAS CABEÇAS, em Castro Verde, a especialidade é :
Cabeças de borrego assadas no forno
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Como se faz?

2 cabeças de borrego
6 dentes de alho
louro
banha
vinho branco
sal

Depois de cuidadosamente limpas e cortadas as extremidades das narinas, barre as cabeças inteiras com a massa de alhos pisados, banha e sal. Esmague o louro e espalhe-o por cima. Aconchegue as cabeças numa assadeira de barro ou tabuleiro e leve ao forno a assar com calor mediano. Caso consiga em forno padeiro, está a cumprir na integra todos os requisitos. Quando a assadura se aproximar do desejável, borrife-as com o vinho branco. Deixe terminar a assadura e parta-as ao meio.

Provérbios de Setembro

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Agosto tem a culpa, e Setembro leva a fruta.
Em Setembro, ardem os montes e secam as fontes.
Setembro, ou seca as fontes ou leva as pontes.
Nuvens em Setembro: chuva em Novembro e neve em Dezembro.
Em Setembro, planta, colhe e cava, que é mês para tudo.
Lua Nova setembrina sete vezes domina.
Se por acaso em Setembro a cigarra cantar, não compres trigo para o vires a guardar.
Para que o ano não vá mal, hão-de encher os rios três vezes entre S. Mateus e o Natal.
Pelo S. Mateus, pega nos bois e lavra com Deus.
Setembro, cara de poucos amigos e manhã de figos.
Setembro molhado, figo estragado.
Setembro que enche o celeiro dá triunfo ao rendeiro.
Pelo S. Mateus não peças chuva a Deus.
Águas verdadeiras, por S. Mateus as primeiras.
No S. Mateus vindimam os sisudos e semeiam os sandeus.
Agosto madura, Setembro vindima.