segunda-feira, maio 29, 2006

letras de modas alentejanas

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AS MONDADEIRAS CANTANDO

Quantas papoilas se avistam
Além naqueles trigais
Tantas como beijos deram
Mondadeiras e zagais

As mondadeiras contando
Suas penas, seus amores,
Não cantam, estão rezando
Num altar cheio de flores
Num altar cheio de flores,
Cada uma é um desejo,
Os Anjinhos são pastores
A capela, o Alentejo

Searas, verdes searas,
Mondadas com tanto gosto
São verdes na Primavera,
Doiradas no mês de Agosto

sábado, maio 27, 2006

imagens do alentejo - NEVES DA GRAÇA

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FOTO DE UM TRECHO DE NEVES DA GRAÇA, JUNTO À MINA DE NEVES CORVO

cozinha alentejana

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CALDETA DE CAÇÃO
(À MODA DE AVIZ)


Ingredientes:
- 1 bom molho de coentros (ou um molho pequeno de poejos ou uma mistura das duas ervas), 2 a 4 dentes de alho, 1 colher de sopa bem cheia de sal grosso, 4 colheres de sopa de azeite, 1/5 litro de água a ferver, 400 gramas de pão caseiro (duro), 4 ovos.
Preparação:
Pisam-se num almofariz, reduzindo-os a papa, os coentros (ou os poejos) com os dentes de alho, a que se retirou o grelo, e o sal grosso.
Deita-se esta papa na terrina ou numa tigela. Rega-se com azeite e escalda-se com água a ferver, onde previamente se escalfaram os ovos (de onde se retiraram). Mexe-se a açorda com uma fatia de pão grande, com que se prova a sopa. Introduz-se então no caldo do pão, que foi ou não cortado em fatias ou em cubos, ou partido à mão, conforme o gosto. Os ovos são colocados no prato ou sobre as sopas na terrina

domingo, maio 21, 2006

imagens do alentejo

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IMAGEM DA PLANICIE JUNTO AO MONTE DA RIBEIRA

sábado, maio 20, 2006

os nossos artitstas - ZÉ ARSÉNIO

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QUADRO DE ZÉ ARSÉNIO, REPRESENTADO A ROTUNDA DAS OVELHAS EM CASTRO VERDE

A obra de ZÈ ARSENIO é muito vasta, em acrilicos, óleos e artesanato.
Em breve o nosso blog mostrará mais peças do seu acervo.

terça-feira, maio 16, 2006

Almodôvar , 1954

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EM 1954 NEVOU EM ALMODOVAR

(foto do portal de Almodôvar)

domingo, maio 14, 2006

preliminares

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Uma velhinha entra no autocarro, fazendo-se acompanhar pelo tradicional saco de
plástico, senta-se ocupando o lugar ao seu lado com esse mesmo saco. Aproxima-se um cavalheiro, para ocupar esse lugar e, tempestivamente,
grita a dita senhora:
- Cuidado com os tomates!
Muito corado e ainda de rabo esticado, questiona amavelmente o homem:
- São tomates, o que aqui leva, minha senhora?
- Não, são pregos!!!

sábado, maio 13, 2006

Senhora da Graça de Padrões

.. Senhora da Graça de Padrões é uma freguesia do concelho de Almodôvar, com 34,88 km² de área e carca de 500 habitantes; Nascida à margem da ribeira de Oeiras, e na vizinhança das Minas de Neves Corvo, dista sensivelmente 13 quilómetros de Almodôvar, esta pequena localidade oferece momentos de calma e tranquilidade, e um equipamento dos mais valiosos da região- um Lar de Idosos muitissimo bem apetrechado .

NO CENTRO DA GRAÇA, DESTACA-SE O CAFÉ COLAÇO, DO ZÉ RODRIGUES E DA MARIA BARBARA

sexta-feira, maio 05, 2006

cante alentejano ao som de orquestra sinfónica

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Estive em casa do Zé Arsénio
e fiquei muito agradado, quer
com os seus trabalhos de artesanato,
quer com a colecção de bonitos quadros
que ele tem vindo a pintar com motivos
do seu Alentejo.
Prometo que em breve o nosso
blog, como difusor da cultura
alentejana, vai publicar algumas
das suas obras.

Ouvi ainda em sua casa, um DVD de cante alentejano, acompanhado da Orquestra Sinfónica de Cordova que me deixou com "pele de galinha".
A combinação "cante-orquestra sinfónica" ´é explosiva, a sua audição é viciante. Trouxe para casa e não parei de o ouvir vezes sem fim.
Mas deixem-me apresentar o DVD:


Ronda dos Quatro Caminhos
Terra de Abrigo
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"Terra de Abrigo" é um disco que conta com a participação de vários coros alentejanos, a Orquestra Sinfónica de Córdoba, e ainda Katia Guerreiro, Amina Alaoui, Pedro Caldeira Cabral, Ezperanza Fernandes e José António Rodriguez.

A "Ronda dos Quatro Caminhos" acaba de editar "Terra de Abrigo", um disco que cria a maior disrupção com o passado alguma vez assistida na história de um grupo de música de raiz tradicional. Neste caso juntaram Cante Alentejano com uma orquestra sinfónica e produziram um disco inédito: pela sofistificação e pela ambição.

Este trabalho surge precisamente no ano em que a Ronda completa os seus vinte anos de existência - tempo ao longo do qual o grupo apostou na divulgação e recuperação da Música Tradicional Portuguesa - e talvez por isso tenha decidido assinalar, com um trabalho especial, esta importante data.

"Terra de Abrigo" junta pela primeira vez em Portugal, uma orquestra sinfónica e corais alentejanos, pretendendo - de certa forma - "homenagear" a música que se faz no Alentejo, não do ponto de vista meramente "etnográfico", mas através da ligação das várias raízes do "cante", estabelecendo a ponte entre o Alentejo de hoje e o Al-Andaluz de há 800 anos.

Ao todo, Foram cerca de três anos de trabalho, para fazer os arranjos para a orquestra, ensaiar os grupos corais e juntar isso tudo. E é a partir desta ideia arrojada e de um trabalho laborioso e minucioso que a Ronda faz o disco de uma vida - com toda a profundidade de uma verdadeira obra prima, indispensável.

O disco conta com vários convidados. Para começar, a participação especial da Orquestra Sinfónica de Córdoba, que acompanha os vários temas tradicionais alentejanos apresentados neste registo discográfico. Vários coros alentejanos dão voz e corpo a este projecto: o Coral Etnográfico da Casa do Povo de Serpa; Rancho de Cantadores de Vila Nova de S. Bento; Cantares de Évora; Grupo Coral Baleizão; Coral Etnográfico do Ateneu Mourense; Grupo Coral da Casa do Povo de Safara e Grupo Cantadores de Saias de Campo Maior.

Ainda como solistas, a Ronda dos Quatro Caminhos contou ainda com a participação especial da marroquina Amina Alaoui, na voz; os espanhois Esperanza Fernandez, Voz e José António Rodriguez, na guitarra; a fadista portuguesa Katia Guerreiro e ainda Pedro Caldeira Cabral, na Viola Campaniça.

Eis alguns poemas das modas

GOTA D'ÁGUA

Fui à fonte beber água
Achei um raminho verde
Quem o perdeu tinha amores
Quem o achou tinha sede

Dá-me uma gotinha de água
Dessa que eu oiço correr
Entre pedras e pedrinhas
Alguma gota há-de haver

Alguma gota há-de haver
Quero molhar a garganta
Quero cantar como a rola
Como a rola ninguém canta

Fui à fonte beber água
Achei um raminho verde
Quem o perdeu tinha amores
Quem o achou tinha sede

(CANTADORES DA ALDEIA NOVA DE SÃO BENTO)

O ALMOCREVE
A moda do Almocreve

Eu aprendi a cantare
Lavrando em terra molhada
Alegremente cantando
Pensando em ti minha amada (bis)

Lembram-me os tempos passados
Tudo se vai acabando
Os bois puxando arado
O almocreve cantando (bis)

O almocreve cantando
Cultivando verdes prados
Quando eu vejo alguém lavrando
Lembram-me os tempos passados (bis)

(CANTARES DE ÉVORA)

LARANJA DA CHINA. Laranja da China

Laranjeira de pé d'ouro
Que dá laranjas de prata
Tomar amores não me custa
Deixá-los é que me mata

Olha a laranja da china
Criada no arvoredo
Não te ponhas à esquina
Que eu passo e não tenho medo

Que eu passo e não tenho medo
Que eu passo e não faço mal
Olha a laranja da china
Criada no laranjal

Olha a laranja da china
Ela é doce e sabe bem
Muito gosto eu de dançar
Com um par que dance bem

Mas é claro que ouvido é muito melhor, ouçam!!!

quarta-feira, maio 03, 2006

MELIDES - litoral alentejano

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População: 1 942 habitantes

Festas e romarias: N.ª Sr.ª do Rosário (Agosto), Festa da Fonte dos Olhos, animação de verão

Feiras: Anual, 3.º fim-de-semana de Novembro

Gastronomia: Rebuçados de pinhão, Alcomonias, enguias, pato assado e miolos de porco

Artesanato: Olaria, mantas de retalhos e rendas


Resumo histórico:
Uma das explicações para o topónimo Melides resulta da junção de duas palavras: Mil Lides, batalha que se teria dado nesta zona em tempos antigos.

Nos finais do séc. XIV, Melides seria um porto pesqueiro, o qual, devido à estreiteza da sua barra, devia ser frequentado por barcos de pequeno porte.

Em meados do séc. XVII, com o assoreamento da barra, houve uma redução da actividade pesqueira e, deste modo, o incremento da agricultura, o que levou ao crescimento do núcleo existente. Este facto levou a que nos finais do séc. XVII fosse erigida uma nova capela dentro da aldeia de Melides.

Grande parte dos edifícios situam-se cronologicamente entre os finais do séc. XVII, inicio do XVIII aos finais do séc. XIX.

As matérias-primas predominantes são as construções de taipa ou de pedra ligada com argamassa. Nos anos 50/60 deste séc., os materiais tradicionais foram substituídos por outros de caracter industrial, passando assim a ser usado o tijolo.

Melides situa-se na margem direita da ribeira de Melides.


Património cultural e edificado:

Esculutra "A Cultura saiu à rua num dia assim", inaugurada em 25 de Abril de 2000 no largo da igreja, em Melides.

Dólmen da Pedra Branca - Vale Figueira
Enterramentos colectivos. Constituído por uma câmara e galeria. Culturalmente pode situar-se no período do Calcolítico.

Monumento Megalítico Casas Velhas - Vale Figueira.
Necrópole destinada a enterramentos individuais, composta por cistas da Idade do Bronze (cerca de 3000 anos).

Núcleo urbano
Igreja de S. Pedro (igreja matriz)- séc. XVIII
Fonte dos Olhos, parque de merendas.

Lagoa e praia. A lagoa tem cerca de 26 h. com pequenas ilhas com vegetação hidrófila. Espécies aquáticas: enguias, carpas, barbos, anchigãs, pardelhas. Aves: garça pequena, garça branca, garça vermelha, milhafre preto, tarambola dourada.
No mar pescam-se: Linguados, douradas, robalos, sargos e outros.

Arribas da Galé
Área composta geologicamente por afloramentos de idade quaternária e do Plio-Plistocénico, de idade inferior a 5 milhões de anos. Constituídas por arenitos argilosos, geralmente pouco permeáveis.

Praia da Aberta Nova - praia Dourada.