.
Parabéns Miguel
O Miguel gosta muito de fazer anos, há já alguns meses que vem lembrando que :
-"Vou fazer 4 anos, e vou convidar a minha família e os meus coleguinhas para a minha festa"
À festa também apareceu o Ruca que até cantou:
Estiveram também além da mãe Ana Lúcia e do pai Pedro, os avós Lena, Júlio e Russita, os tios Alice,Angela ,Ana Catarina, João Nuno e Paulo, e as priminhas Francisca , Madalena e Beatriz.
As primas Natércia e Herminia não faltaram, e muito animaram a festinha, ao cantarem algumas modas alentejanas, pois o Miguel tem raízes do Alentejo da parte das duas avós. E todos cantaram com o Miguel os "Parabéns a você"
Apareceu também o Noddy, que não quiz ficar atrás do Ruca, os dois ídolos do Miguelito.
Parabéns Miguel
BLOGUE que canta, escreve e mostra o Alentejo. Nasceu entre alentejanos da região de Castro Verde e Almodôvar . MADRINHA DE HONRA DO BLOGUE: TIA MARIA BÁRBARA MARQUES
sábado, junho 30, 2007
preliminares
.
Um policia do 112 atendeu o telefone e foi anotando o pedido de socorro:
- POR FAVOR, MANDEM ALGUÉM URGENTE, ENTROU UM GATO AQUI EM CASA!!!!
- Mas como assim, um gato em casa???...
- UM GATO!!! ELE INVADIU A MINHA CASA E ESTÁ CAMINHANDO NA MINHA DIREÇÃO!!
- Mas como assim? Você quer dizer um ladrão?
- NÃO ESTOU BRINCANDO! ESTOU FALANDO DE UM GATO MESMO, DESSES QUE FAZEM MIAU, PORRRA!!!!
- Mas o que tem de mais um gato ir na sua direção?
- O QUE QUE TEM? COMO ASSIM? ELE VAI ME MATAR, DESPACHEM-SE!!! SENÃO VOCÊS SERÃO OS CULPADOS!!!
- Mas quem está falando!!??
- O PAPAGAIO, PORRA!!
Um policia do 112 atendeu o telefone e foi anotando o pedido de socorro:
- POR FAVOR, MANDEM ALGUÉM URGENTE, ENTROU UM GATO AQUI EM CASA!!!!
- Mas como assim, um gato em casa???...
- UM GATO!!! ELE INVADIU A MINHA CASA E ESTÁ CAMINHANDO NA MINHA DIREÇÃO!!
- Mas como assim? Você quer dizer um ladrão?
- NÃO ESTOU BRINCANDO! ESTOU FALANDO DE UM GATO MESMO, DESSES QUE FAZEM MIAU, PORRRA!!!!
- Mas o que tem de mais um gato ir na sua direção?
- O QUE QUE TEM? COMO ASSIM? ELE VAI ME MATAR, DESPACHEM-SE!!! SENÃO VOCÊS SERÃO OS CULPADOS!!!
- Mas quem está falando!!??
- O PAPAGAIO, PORRA!!
quinta-feira, junho 28, 2007
salvé o 28 de Junho
.
O ZÉ FRANCISCO ESTÁ EM
FESTA, POIS O DIA DO
ANIVERSÁRIO É UM DIA
IMPORTANTE E QUE MERECE
FESTEJADO.
O NOSSO BLOG DÁ OS
PARABÉNS AO ZÉ E QUER
TER O PRIVILÉGIO DE SER
INCLUIDO NA LISTA DOS
DE QUEM ELE GOSTA.
.
.
Para ti Zé, o nosso blog dedica este magnifico poema de José Carlos Ary dos Santos:
Um homem na cidade
Agarro a madrugada
como se fosse uma criança
uma roseira entrelaçada
uma videira de esperança
tal qual o corpo da cidade
que manhã cedo ensaia a dança
de quem por força da vontade
de trabalhar nunca se cansa.
Vou pela rua
desta lua
que no meu Tejo acende o cio
vou por Lisboa maré nua
que se deságua no Rossio.
Eu sou um homem na cidade
que manhã cedo acorda e canta
e por amar a liberdade
com a cidade se levanta.
Vou pela estrada
deslumbrada
da lua cheia de Lisboa
até que a lua apaixonada
cresça na vela da canoa.
Sou a gaivota
que derrota
todo o mau tempo no mar alto
eu sou o homem que transporta
a maré povo em sobressalto.
E quando agarro a madrugada
colho a manhã como uma flor
à beira mágoa desfolhada
um malmequer azul na cor.
O malmequer da liberdade
que bem me quer como ninguém
o malmequer desta cidade
que me quer bem que me quer bem!
Nas minhas mãos a madrugada
abriu a flor de Abril também
a flor sem medo perfumada
com o aroma que o mar tem
flor de Lisboa bem amada
que mal me quis que me quer bem!
Ary dos Santos
O ZÉ FRANCISCO ESTÁ EM
FESTA, POIS O DIA DO
ANIVERSÁRIO É UM DIA
IMPORTANTE E QUE MERECE
FESTEJADO.
O NOSSO BLOG DÁ OS
PARABÉNS AO ZÉ E QUER
TER O PRIVILÉGIO DE SER
INCLUIDO NA LISTA DOS
DE QUEM ELE GOSTA.
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Para ti Zé, o nosso blog dedica este magnifico poema de José Carlos Ary dos Santos:
Um homem na cidade
Agarro a madrugada
como se fosse uma criança
uma roseira entrelaçada
uma videira de esperança
tal qual o corpo da cidade
que manhã cedo ensaia a dança
de quem por força da vontade
de trabalhar nunca se cansa.
Vou pela rua
desta lua
que no meu Tejo acende o cio
vou por Lisboa maré nua
que se deságua no Rossio.
Eu sou um homem na cidade
que manhã cedo acorda e canta
e por amar a liberdade
com a cidade se levanta.
Vou pela estrada
deslumbrada
da lua cheia de Lisboa
até que a lua apaixonada
cresça na vela da canoa.
Sou a gaivota
que derrota
todo o mau tempo no mar alto
eu sou o homem que transporta
a maré povo em sobressalto.
E quando agarro a madrugada
colho a manhã como uma flor
à beira mágoa desfolhada
um malmequer azul na cor.
O malmequer da liberdade
que bem me quer como ninguém
o malmequer desta cidade
que me quer bem que me quer bem!
Nas minhas mãos a madrugada
abriu a flor de Abril também
a flor sem medo perfumada
com o aroma que o mar tem
flor de Lisboa bem amada
que mal me quis que me quer bem!
Ary dos Santos
quarta-feira, junho 27, 2007
imagens do alentejo - Monte Novo da Ribeira
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O MONTE NOVO DA RIBEIRA, DOMINANDO A BELISSIMA PLANICIE ALENTEJANA
O MONTE NOVO DA RIBEIRA, DOMINANDO A BELISSIMA PLANICIE ALENTEJANA
domingo, junho 24, 2007
o monte da ribeira ,hoje, está em festa
.
O ANTÓNIO JOSÉ FAZ HOJE ANOS.
AZINHEIRA DA BANCA, MONTE DA RIBEIRA
O NOSSO BLOG,dá-lhe os parabéns efusivos e pede-lhe para guardar ums fatia do bolo de velas, pois não abdica do dôce e do abraço.
O ANTÓNIO JOSÉ FAZ HOJE ANOS.
AZINHEIRA DA BANCA, MONTE DA RIBEIRA
O NOSSO BLOG,dá-lhe os parabéns efusivos e pede-lhe para guardar ums fatia do bolo de velas, pois não abdica do dôce e do abraço.
MIMI, 82 ANOS, NO PALCO CANTA E ENCANTA
Aos 82 anos, pisar um palco, enfrentar uma plateia,uma sala repleta, e encher o espaço de sons e palavras cantando e encantando, com fados e marchas, a quem teve o privilégio de a vêr e ouvir, é um acto de vida e de coragem, de quem não se quer render ao somar dos anos.
A Mimi é uma aluna da Unversidade da terceira idade da Reboleira e um grande exemplo para aqueles que não se querem conformar.
O nosso blog pesta-lhe a homenagem de divulgar a sua actuação.
Parabéns jovem Mimi
GRUPO CORAL DA UNIVERSIDADE DA TERCEIRA IDADE da REBOLEIRA
O nosso blog esteve presente à festa de final do ano lectivo na Universidade da Terceira Idade da Reboleira, e assistiu à actuação do Grupo Coral onde actua a HERMINIA PINTO COLAÇO, dos Porteirinhos.
Ouçam e vejam a TRIGUEIRINHA
O Grupo foi criado em 1995.
Contudo, com este formato e esta direcção artistica só actua há sete anos.
Tem actualmente 22 elementos e é superiomente dirigido pela maestrina ISABEL FALÉ, que lhe dá um cunho muito próprio, e uma qualidade de distribuição de vozes que impressiona.
quinta-feira, junho 21, 2007
provérbios
.
Morra Marta, morra farta.
De boas intenções está o inferno cheio.
Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és.
Gato escaldado de água fria tem medo.
Nem tudo o que luz é ouro.
Não há fumo sem fogo.
Festa acabada, músicos a pé.
Do prato à boca, perde-se a sopa.
Quem canta, seu mal espanta.
Há males que vêm por bem.
Nem tanto ao mar nem tanto à terra.
Em casa de ferreiro, espeto de pau.
Faz o que eu digo e não o que eu faço.
Morra Marta, morra farta.
De boas intenções está o inferno cheio.
Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és.
Gato escaldado de água fria tem medo.
Nem tudo o que luz é ouro.
Não há fumo sem fogo.
Festa acabada, músicos a pé.
Do prato à boca, perde-se a sopa.
Quem canta, seu mal espanta.
Há males que vêm por bem.
Nem tanto ao mar nem tanto à terra.
Em casa de ferreiro, espeto de pau.
Faz o que eu digo e não o que eu faço.
21 de Junho, festejamos o aniversário de MARIA BARBARA CONTREIRAS APOLÓNIA
.
É dia de festa no Feijó, onde reside actualmente a nossa aniversariante.
O nosso blog dá os parabens à MARIA BARBARA CONTREIRAS APOLÓNIA e dedica-lhe esre poema
Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver o Universo....
Por isso a minha aldeia é grande como outra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...
Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista a chave,
Escondem o horizonte, empurram nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a única riqueza é ver.
Alberto Caeiro, em "O Guardador
de Rebanhos"
É dia de festa no Feijó, onde reside actualmente a nossa aniversariante.
O nosso blog dá os parabens à MARIA BARBARA CONTREIRAS APOLÓNIA e dedica-lhe esre poema
Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver o Universo....
Por isso a minha aldeia é grande como outra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...
Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista a chave,
Escondem o horizonte, empurram nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a única riqueza é ver.
Alberto Caeiro, em "O Guardador
de Rebanhos"
segunda-feira, junho 18, 2007
SEMANA DE ALMODÔVAR NO FEIJÓ - ULTIMO ACTO
.
CRÓNICA DO ULTIMO DIA
.
O último dia da Semana de Almodôvar entre nós ,chegou, é já todos sentimos muitas saudades.
Sempre foram oito dias a matar saudades, uma semana em que nos víamos quase todos os dias, como se estivéssemos em Almodôvar, como se estivéssemos nos Alentejo.
O Concelho de Almada tem uma população a rondar as cento e setenta mil pessoas, e, de acordo com informação recolhida, 40% ,são alentejanos ou descendentes de segunda e terceira geração, de alentejanos.
É uma comunidade muito ligada às coisas da terra, e sempre que tem a mínima oportunidade de manifestar a sua identidade, a sua "alentejanidade", de estar em contacto com os seus, aproveita-a com grande satisfação.
Este último acto, realizou-se no Forum Romeu Correia no centro de Almada.
Apesar de grande ,o espaço tornou-se insuficiente para os muitos que não quiseram perder a oportunidade de vibrar com o cante da sua terra, da sua região. Muitos ficaram de pé nas coxias laterais.
Antes do inicio do espectáculo "entre-portas", os grupos concentraram-se na Praça defronte do Forum, e desfilaram cantando`até ao Anfiteatro.
Na magnifica sala de espectáculos, os primeiros a actuar, foram os da casa, o Grupo Coral dos Amigos do Alentejo do Feijó, que já adregaram no cante um lugar de relevo.
Ano após ano vão-se firmando cada vez mais no pelotão da frente , e a sua qualidade técnica e sonoridade muito própria ,impressiona e convence.
Logo os primeiros sons encheram a sala ansiosa:
Eu estou devendo à Terra
e a Terra está me devendo
A Terra paga-m’em vida
Eu pago à Terra em morrendo
Alentejo, Alentejo
Terra sagrada do pão
Eu hei-de ir ao Alentejo
Mesmo que seja no Verão
Ver o doirado do trigo
Na imensa solidão
Alentejo Alentejo
Terra sagrada do pão
Daqui para a minha terra
Tudo é caminho e chão
Daqui para a minha terra
Tudo é caminho e chão
Tudo são cravos e rosas
Dispostas por minhas mãos
Alentejo, Alentejo
Terra sagrada do pão
Os primeiros aplausos, quentes, explodiram
Seguiram cantando;
VELHOS MONTES
....
..
Ao fundo no horizonte
de chaminé levantada
no meio da terra lavrada
lá ficava o velho monte
Velho monte alentejano
deste Alentejo esquecido
ou estás no meio da coutada
na herdade abandonada
ou estás no chão destruído
Era o lamento pelo destino que vai sendo dado aos velhos montes.
Ainda os aplausos se ouviam e já começava:
..
"Oh amôr paga a quem deves
não queiras ficar devendo
quem não paga nesta vida
oh meu lindo amôr
paga na outra em morrendo.
Despedidos com uma trovoada de palmas, logo o palco se encheu de mondadeiras..
Sim, o Grupo das Mondadeiras de Santa Cruz de Almodôvar
Perfiladas no palco e após um silêncio à procura do silêncio, a porta-voz das Mondadeiras anunciou a moda que iam cantar, quando de súbito desatou a rir ,num riso convulsivo que por momentos foi incapaz de controlar.
Pediu desculpas e lá veio a moda:
"VAI COLHER À SILVA"
Se eu tivesse a sorte
que a viola tem
andava nos braços
do meu lindo bem
Anda cá pr'á aqui
não chores é mais
eu ainda aqui estou
pr'a ouvir os teus ais
A divertida porta-voz do grupo voltou então ao micro e dirigindo-se à plateia, disse:
-"Eu estava há bocado a rir-me duma brincadeira que tive com as minhas colegas antes de entrarmos para o palco. Lembrei-me disso quando estava a apresentar e não consegui controlar o riso. Por isso não pensem que sou parva..."(risos)
A plateia rebentou em aplausos, enquanto divertida ela ia ajuntando:
-"Desconfio que foi do medronho...(risos). Estou nervosa , que isto de estar aqui a cantar para esta sala cheia, é assim como se viessemos cantar ao Olympia "(de Paris)
Muitos aplausos.
Depois veio "O CARTAXINHO"
Levantei-me um dia cedo
e fui passear ao campo
encontrei o teu retrato
na folha do lirio branco
Já ia fazer o ninho
em cima dum arvoredo
para vêr o cartaxinho
oh meu lindo amôr
levantei-me um dia cedo
Palmas e mais palmas da plateia
E o grupo despediu-se com:
Minha linda mondadeira
não tens trigo pr'a mondar
pede ao povo que te diga
quem o deve semear
Mondadeira alentejana
com o seu lenço tapa o rosto
à chuva, ao frio ,ao calôr
desde o nascer ao sol posto
Muito aplaudidas deram lugar ao Grupo Coral Etnográfico do Ateneu Mourense- Moura
"MOURA LINDA"
Linda Terra que te beija,
O Ardila e Guadiana!
Às outras causas inveja,
Linda vila alentejana!
Ó Moura linda de graça infinda,
Como tu outra não vi!
Simples singela, és sempre bela,
És sempre bela, como belo é tudo em ti!
Os teus prados verdejantes,
Salpicados de papoilas!
Tornam-se mais cativantes,
Se os mondam lindas moçoilas!
Aplausos e mais aplausos, a que se seguiu:
MALMEQUER
Malmequer criado no campo
Delírio da mocidade
Pelas tuas brancas folhas
Malmequer diz-me a verdade
Malmequer diz-me a verdade
E guarda-me o teu segredo
Pelas tuas brancas folhas
Malmequer não tenhas medo
Então, o divertido porta voz do grupo dirigindo-se à plateia a abarrotar, com pessoas de pé nas coxias laterais, disse:
-Vou contar-vos uma história que se passou com dois amigos do coração de Póvoa de São Miguel. Andaram na escola juntos, depois também na tropa, foram combater pr'ás colónias e como agricultores que são, foram um dia a Lisboa no expresso para uma reunião no INGA por via de uns subsidios.
Já saíram tarde da "obrigação" e deixaram passar a hora do ultimo expresso. Já não podiam regressar à terra nesse dia.
Então, decidiram "ir às meninas" de que tanto lhes falaram. Enteiraram-se da morada de uma casa onde podiam encontrar essas tais, e puseram-se a caminho.
Lá chegados, a "madame" lamentou:-Os senhores desculpem , mas hoje só cá tenho uma "menina".
Aceitaram ir à vez...
O primeiro a "servir-se", logo foi comentando à saída:
-Oh compadre, afinal a minha Maria é muito melhor que esta magana, que não foi lá grande coisa. O outro entrou ansioso pró quarto, e quando se despachou logo foi dizendo ao companheiro:
-Vocemessê tem razão, a sua Maria é muito melhor que esta...!!!!
A sala estourou de rir e aplaudir
Foi então a vez dos "GANHÕES DE CASTRO VERDE", grupo muito consagrado, que tem já no curriculum vários CD's e actuações ao vivo com Dulce Pontes.
Os Ganhões cantaram:
AS FLORES QUE HÁ NO CAMPO, a que se seguiu
A RIBEIRA DO SOL POSTO
A ribeira do sol posto
tem uma ponte moderna
depois da ponte estar feita
toda a gente se governa
..
Eu aprendi a cantar
lavrando em terra molhada
lá na solidão dos campos
pensando na minha amada
Muitos aplaudidos ,deram-nos a fechar o clássico:
É TÃO GRANDE O ALENTEJO
No Alentejo eu trabalho
cultivando a dura terra.
Vou fumando o meu cigarro,
vou cumprindo o meu horário
lá na encosta da serra.
É tão grande o Alentejo,
tanta terra abandonada!
A terra é que dá o pão
para bem desta nação -
devia ser cultivada.
Tem sido sempre esquecido
à margem ao sul do Tejo.
Há gente desempregada,
tanta terra abandonada,
é tão grande o Alentejo.
Trabalha, homem, trabalha,
se queres ter o teu valor.
Os calos são os anéis,
os calos são os anéis
do homem trabalhador.
É tão grande o Alentejo,
tanta terra abandonada.
A terra é que dá o pão
para bem desta nação -
devia ser cultivada.
Tem sido sempre esquecido
à margem ao sul do Tejo.
Há gente desempregada,
tanta terra abandonada,
é tão grande o Alentejo
Ainda nos refazíamos da magia espalhada pelos Ganhões, e logo veio um dos grandes momentos da noite.
O PEDRO MESTRE trouxe-nos, além da sua vila campaniça, um cantor popular brasileiro ,o CHICO LOBO de Minas Gerais mais a sua viola caipira.
O Pedro nunca se limita a cantar e a tocar, ele sempre estabelece uma enorme empatia com as plateias, com as pessoas para quem actua.
O seu amôr pela música alentejana leva-o a pesquisar constantemente, e nesse trabalho de recolha encontrou por terras do Brasil, uma região que é irmã do Alentejo.
Essa região é o Estado de Minas Gerais.
Lá descobriu, não só uma maneira de estar na vida semelhante à dos alentejanos, como também uma viola com caracteristicas semelhantes à nossa viola campaniça - a viola caipira.
E trouxe-nos o CHICO LOBO ,inseparável da sua viola.
Os dois, juntos cantaram e encantaram, mostrando que a campaniça é afinal a verdadeira mãe da caipira.
E os dois entoaram:
Eu fui ao jardim das damas
apanhar cravos e rosas
para dar ao Serafim
Eu fui ao jardim das damas
apanhar uma flôr
para dar ao Serafim
para dar ao meu lindo amôr
O Chico como todos os brasileiros tem uma enorme facilidade de comunicação, e num português perfumado dos trópicos, logo foi conclamando a sua afinidade mineira com o Alentejo:
-"Nós somos os alentejanos do Brasil"
e a fazer de questão de cantar junto com o Pedro num sotaque quase alentejano a
MARIANA CAMPANIÇA
A mariana campaniça
Que lindos olhos que tem
Do monte da légua às pias
À missa não vai ninguém
À missa não vai ninguém
Á missa já ninguém vai
A Mariana campaniça
Coitadinha não tem pai
Coitadinha não tem pai
E mãe também já não tem
A Mariana campaniça
Que lindos olhos que tem
Para concluir a sua actuação o Chico quis salientar que a canção que se ia seguir, era uma moda mineira, que o próprio Pedro Mestre lhe tinha assegurado quando a ouviu pela primeira vez,que:
-"Chico, essa canção está cheia de alentejo", reproduziu o Chico, e voltando-se para o Pedro perguntou?"
-"Não é Pedro?"
Ao que este respondeu:
-"Sim, claro, se a gente o meter lá, tem sempre...!!!(risos)
Despedidos com a sala a apludir de de pé, foram substituídos pelas vozes do Grupo Etnográfico dos Cantares de Évora:
ROSA BRANCA
De uma rosa nasceram
Duas roseiras da paz
Mal o vento as movia
Mal o vento as mexia
Iam-se as rosas beijar
Rosa Branca tu não vás
Ao meu jardim sem eu ir
Teu coração não é capaz
De fazer o que o meu faz
Leva as noites sem dormir
Leva as noites sem dormir
Pensando em ti meu amor
Eu não posso resistir
Rosa Branca deixa-me ir
P’r’ o teu peito encantador
A rosa depois de seca
Foi-se queixar ao jardim
Respondeu-lhe o jardineiro
Respondeu-lhe o jardineiro
Tudo no mundo tem fim.
Muitos aplausos de novo, e ei-los que arrancam para a:
MODA DO ALMOCREVE
A moda do Almocreve
Eu aprendi a cantare
Lavrando em terra molhada
Alegremente cantando
Pensando em ti minha amada (bis)
Lembram-me os tempos passados
Tudo se vai acabando
Os bois puxando arado
O almocreve cantando (bis)
O almocreve cantando
Cultivando verdes prados
Quando eu vejo alguém lavrando
Lembram-me os tempos passados
A noite já ia longa, mas ninguém arredava pé, e os aplausos não abrandavam.
O Grupo terninou a sua actuação com:
A MODA DO CAPOTINHO:
Esta noite nem me deito
Esta noite nem m’eu deito/só o fim de ouvir cantar/gosto de ouvir bem feito/em certo particular
Seguiram-se as ANDORINHAS DO ROSÁRIO
trazendo :
O ALENTEJO QUE CANTA
Oh amor se fores
à varzea redonda
dá lá saudades
dá lá saudades
às moças da monda
...
Muito aplaudidas cantaram então
CASEI COM UMA CEIFEIRA
Anda daí vem comigo
que bonita alentejana
trigueira da côr do trigo
e olhos côr de azeitona
Essa trigueira bonita
essa bonita rainha
já temos uma trigueira
uma bonita trigueirinha
Aplaudidas de pé, AS ANDORINHAS despediram-se com o seu hino:
Na aldeia do Rosário
mais ao sul de Portugal
com as nossas casas branquinhas
é das Andorinhas
o nosso grupo coral
E a festa continuou com um dos grupos da Vila festejada, "AS VOZES DE ALMODÔVAR"
que começou por nos oferecer;
CEIFEIRA DO ALENTEJO
Trabalha homem trabalha
se queres ter algum valôr
os calos são os anéis
do homem trabalhador
Ceifeira do Alentejo
tu ceifas o loiro trigo
empresta-me a tua foice
eu quero ceifar contigo
Eu quero ceifar o pão
é a coisa que eu mais invejo
tu ceifas o loiro trigo
ceifeira do Alentejo
Num mar de aplausos interpretaram "Verão a braza dourada" e terminaram em apoteose com:
BEJA ÉS TÂO LINDA
Oh meu Alentejo
jardim de quimera
veem os seus amores
apanhar flores pela Primavera
Castro e Almodôvar
Mertola e Ourique
Aljustrel, Alvito
Serpa e Odemira
Barrancos invejo
Cuba e Vidigueira
Moura e Ferreira
meu baixo Alentejo
Despedidos com uma enorme ovação deram lugar ao Grupo que costuma fechar estas noites alentejanas.
O Grupo Coral e Instrumental da Câmara Municipal de Almodôvar, que tal como o já fizera em duas noites em que fechou o espectáculo, pôs toda a sala a cantar e a bater palmas. Desta vez, só não se dançou, por a sala ser um anfiteatro e as coxias não terem espaço mínimo para o fazer.
E pronto ,esta foi mais uma memorável semana alentejana en Almada, Laranjeiro, Cova da Piedade e no Feijó, só possível pela carolice e poder organizativo dos Amigos do Alentejo do Feijó e o apoio da Camara de Almada.
Até para o ano.
CRÓNICA DO ULTIMO DIA
.
O último dia da Semana de Almodôvar entre nós ,chegou, é já todos sentimos muitas saudades.
Sempre foram oito dias a matar saudades, uma semana em que nos víamos quase todos os dias, como se estivéssemos em Almodôvar, como se estivéssemos nos Alentejo.
O Concelho de Almada tem uma população a rondar as cento e setenta mil pessoas, e, de acordo com informação recolhida, 40% ,são alentejanos ou descendentes de segunda e terceira geração, de alentejanos.
É uma comunidade muito ligada às coisas da terra, e sempre que tem a mínima oportunidade de manifestar a sua identidade, a sua "alentejanidade", de estar em contacto com os seus, aproveita-a com grande satisfação.
Este último acto, realizou-se no Forum Romeu Correia no centro de Almada.
Apesar de grande ,o espaço tornou-se insuficiente para os muitos que não quiseram perder a oportunidade de vibrar com o cante da sua terra, da sua região. Muitos ficaram de pé nas coxias laterais.
Antes do inicio do espectáculo "entre-portas", os grupos concentraram-se na Praça defronte do Forum, e desfilaram cantando`até ao Anfiteatro.
Na magnifica sala de espectáculos, os primeiros a actuar, foram os da casa, o Grupo Coral dos Amigos do Alentejo do Feijó, que já adregaram no cante um lugar de relevo.
Ano após ano vão-se firmando cada vez mais no pelotão da frente , e a sua qualidade técnica e sonoridade muito própria ,impressiona e convence.
Logo os primeiros sons encheram a sala ansiosa:
Eu estou devendo à Terra
e a Terra está me devendo
A Terra paga-m’em vida
Eu pago à Terra em morrendo
Alentejo, Alentejo
Terra sagrada do pão
Eu hei-de ir ao Alentejo
Mesmo que seja no Verão
Ver o doirado do trigo
Na imensa solidão
Alentejo Alentejo
Terra sagrada do pão
Daqui para a minha terra
Tudo é caminho e chão
Daqui para a minha terra
Tudo é caminho e chão
Tudo são cravos e rosas
Dispostas por minhas mãos
Alentejo, Alentejo
Terra sagrada do pão
Os primeiros aplausos, quentes, explodiram
Seguiram cantando;
VELHOS MONTES
....
..
Ao fundo no horizonte
de chaminé levantada
no meio da terra lavrada
lá ficava o velho monte
Velho monte alentejano
deste Alentejo esquecido
ou estás no meio da coutada
na herdade abandonada
ou estás no chão destruído
Era o lamento pelo destino que vai sendo dado aos velhos montes.
Ainda os aplausos se ouviam e já começava:
..
"Oh amôr paga a quem deves
não queiras ficar devendo
quem não paga nesta vida
oh meu lindo amôr
paga na outra em morrendo.
Despedidos com uma trovoada de palmas, logo o palco se encheu de mondadeiras..
Sim, o Grupo das Mondadeiras de Santa Cruz de Almodôvar
Perfiladas no palco e após um silêncio à procura do silêncio, a porta-voz das Mondadeiras anunciou a moda que iam cantar, quando de súbito desatou a rir ,num riso convulsivo que por momentos foi incapaz de controlar.
Pediu desculpas e lá veio a moda:
"VAI COLHER À SILVA"
Se eu tivesse a sorte
que a viola tem
andava nos braços
do meu lindo bem
Anda cá pr'á aqui
não chores é mais
eu ainda aqui estou
pr'a ouvir os teus ais
A divertida porta-voz do grupo voltou então ao micro e dirigindo-se à plateia, disse:
-"Eu estava há bocado a rir-me duma brincadeira que tive com as minhas colegas antes de entrarmos para o palco. Lembrei-me disso quando estava a apresentar e não consegui controlar o riso. Por isso não pensem que sou parva..."(risos)
A plateia rebentou em aplausos, enquanto divertida ela ia ajuntando:
-"Desconfio que foi do medronho...(risos). Estou nervosa , que isto de estar aqui a cantar para esta sala cheia, é assim como se viessemos cantar ao Olympia "(de Paris)
Muitos aplausos.
Depois veio "O CARTAXINHO"
Levantei-me um dia cedo
e fui passear ao campo
encontrei o teu retrato
na folha do lirio branco
Já ia fazer o ninho
em cima dum arvoredo
para vêr o cartaxinho
oh meu lindo amôr
levantei-me um dia cedo
Palmas e mais palmas da plateia
E o grupo despediu-se com:
Minha linda mondadeira
não tens trigo pr'a mondar
pede ao povo que te diga
quem o deve semear
Mondadeira alentejana
com o seu lenço tapa o rosto
à chuva, ao frio ,ao calôr
desde o nascer ao sol posto
Muito aplaudidas deram lugar ao Grupo Coral Etnográfico do Ateneu Mourense- Moura
"MOURA LINDA"
Linda Terra que te beija,
O Ardila e Guadiana!
Às outras causas inveja,
Linda vila alentejana!
Ó Moura linda de graça infinda,
Como tu outra não vi!
Simples singela, és sempre bela,
És sempre bela, como belo é tudo em ti!
Os teus prados verdejantes,
Salpicados de papoilas!
Tornam-se mais cativantes,
Se os mondam lindas moçoilas!
Aplausos e mais aplausos, a que se seguiu:
MALMEQUER
Malmequer criado no campo
Delírio da mocidade
Pelas tuas brancas folhas
Malmequer diz-me a verdade
Malmequer diz-me a verdade
E guarda-me o teu segredo
Pelas tuas brancas folhas
Malmequer não tenhas medo
Então, o divertido porta voz do grupo dirigindo-se à plateia a abarrotar, com pessoas de pé nas coxias laterais, disse:
-Vou contar-vos uma história que se passou com dois amigos do coração de Póvoa de São Miguel. Andaram na escola juntos, depois também na tropa, foram combater pr'ás colónias e como agricultores que são, foram um dia a Lisboa no expresso para uma reunião no INGA por via de uns subsidios.
Já saíram tarde da "obrigação" e deixaram passar a hora do ultimo expresso. Já não podiam regressar à terra nesse dia.
Então, decidiram "ir às meninas" de que tanto lhes falaram. Enteiraram-se da morada de uma casa onde podiam encontrar essas tais, e puseram-se a caminho.
Lá chegados, a "madame" lamentou:-Os senhores desculpem , mas hoje só cá tenho uma "menina".
Aceitaram ir à vez...
O primeiro a "servir-se", logo foi comentando à saída:
-Oh compadre, afinal a minha Maria é muito melhor que esta magana, que não foi lá grande coisa. O outro entrou ansioso pró quarto, e quando se despachou logo foi dizendo ao companheiro:
-Vocemessê tem razão, a sua Maria é muito melhor que esta...!!!!
A sala estourou de rir e aplaudir
Foi então a vez dos "GANHÕES DE CASTRO VERDE", grupo muito consagrado, que tem já no curriculum vários CD's e actuações ao vivo com Dulce Pontes.
Os Ganhões cantaram:
AS FLORES QUE HÁ NO CAMPO, a que se seguiu
A RIBEIRA DO SOL POSTO
A ribeira do sol posto
tem uma ponte moderna
depois da ponte estar feita
toda a gente se governa
..
Eu aprendi a cantar
lavrando em terra molhada
lá na solidão dos campos
pensando na minha amada
Muitos aplaudidos ,deram-nos a fechar o clássico:
É TÃO GRANDE O ALENTEJO
No Alentejo eu trabalho
cultivando a dura terra.
Vou fumando o meu cigarro,
vou cumprindo o meu horário
lá na encosta da serra.
É tão grande o Alentejo,
tanta terra abandonada!
A terra é que dá o pão
para bem desta nação -
devia ser cultivada.
Tem sido sempre esquecido
à margem ao sul do Tejo.
Há gente desempregada,
tanta terra abandonada,
é tão grande o Alentejo.
Trabalha, homem, trabalha,
se queres ter o teu valor.
Os calos são os anéis,
os calos são os anéis
do homem trabalhador.
É tão grande o Alentejo,
tanta terra abandonada.
A terra é que dá o pão
para bem desta nação -
devia ser cultivada.
Tem sido sempre esquecido
à margem ao sul do Tejo.
Há gente desempregada,
tanta terra abandonada,
é tão grande o Alentejo
Ainda nos refazíamos da magia espalhada pelos Ganhões, e logo veio um dos grandes momentos da noite.
O PEDRO MESTRE trouxe-nos, além da sua vila campaniça, um cantor popular brasileiro ,o CHICO LOBO de Minas Gerais mais a sua viola caipira.
O Pedro nunca se limita a cantar e a tocar, ele sempre estabelece uma enorme empatia com as plateias, com as pessoas para quem actua.
O seu amôr pela música alentejana leva-o a pesquisar constantemente, e nesse trabalho de recolha encontrou por terras do Brasil, uma região que é irmã do Alentejo.
Essa região é o Estado de Minas Gerais.
Lá descobriu, não só uma maneira de estar na vida semelhante à dos alentejanos, como também uma viola com caracteristicas semelhantes à nossa viola campaniça - a viola caipira.
E trouxe-nos o CHICO LOBO ,inseparável da sua viola.
Os dois, juntos cantaram e encantaram, mostrando que a campaniça é afinal a verdadeira mãe da caipira.
E os dois entoaram:
Eu fui ao jardim das damas
apanhar cravos e rosas
para dar ao Serafim
Eu fui ao jardim das damas
apanhar uma flôr
para dar ao Serafim
para dar ao meu lindo amôr
O Chico como todos os brasileiros tem uma enorme facilidade de comunicação, e num português perfumado dos trópicos, logo foi conclamando a sua afinidade mineira com o Alentejo:
-"Nós somos os alentejanos do Brasil"
e a fazer de questão de cantar junto com o Pedro num sotaque quase alentejano a
MARIANA CAMPANIÇA
A mariana campaniça
Que lindos olhos que tem
Do monte da légua às pias
À missa não vai ninguém
À missa não vai ninguém
Á missa já ninguém vai
A Mariana campaniça
Coitadinha não tem pai
Coitadinha não tem pai
E mãe também já não tem
A Mariana campaniça
Que lindos olhos que tem
Para concluir a sua actuação o Chico quis salientar que a canção que se ia seguir, era uma moda mineira, que o próprio Pedro Mestre lhe tinha assegurado quando a ouviu pela primeira vez,que:
-"Chico, essa canção está cheia de alentejo", reproduziu o Chico, e voltando-se para o Pedro perguntou?"
-"Não é Pedro?"
Ao que este respondeu:
-"Sim, claro, se a gente o meter lá, tem sempre...!!!(risos)
Despedidos com a sala a apludir de de pé, foram substituídos pelas vozes do Grupo Etnográfico dos Cantares de Évora:
ROSA BRANCA
De uma rosa nasceram
Duas roseiras da paz
Mal o vento as movia
Mal o vento as mexia
Iam-se as rosas beijar
Rosa Branca tu não vás
Ao meu jardim sem eu ir
Teu coração não é capaz
De fazer o que o meu faz
Leva as noites sem dormir
Leva as noites sem dormir
Pensando em ti meu amor
Eu não posso resistir
Rosa Branca deixa-me ir
P’r’ o teu peito encantador
A rosa depois de seca
Foi-se queixar ao jardim
Respondeu-lhe o jardineiro
Respondeu-lhe o jardineiro
Tudo no mundo tem fim.
Muitos aplausos de novo, e ei-los que arrancam para a:
MODA DO ALMOCREVE
A moda do Almocreve
Eu aprendi a cantare
Lavrando em terra molhada
Alegremente cantando
Pensando em ti minha amada (bis)
Lembram-me os tempos passados
Tudo se vai acabando
Os bois puxando arado
O almocreve cantando (bis)
O almocreve cantando
Cultivando verdes prados
Quando eu vejo alguém lavrando
Lembram-me os tempos passados
A noite já ia longa, mas ninguém arredava pé, e os aplausos não abrandavam.
O Grupo terninou a sua actuação com:
A MODA DO CAPOTINHO:
Esta noite nem me deito
Esta noite nem m’eu deito/só o fim de ouvir cantar/gosto de ouvir bem feito/em certo particular
Seguiram-se as ANDORINHAS DO ROSÁRIO
trazendo :
O ALENTEJO QUE CANTA
Oh amor se fores
à varzea redonda
dá lá saudades
dá lá saudades
às moças da monda
...
Muito aplaudidas cantaram então
CASEI COM UMA CEIFEIRA
Anda daí vem comigo
que bonita alentejana
trigueira da côr do trigo
e olhos côr de azeitona
Essa trigueira bonita
essa bonita rainha
já temos uma trigueira
uma bonita trigueirinha
Aplaudidas de pé, AS ANDORINHAS despediram-se com o seu hino:
Na aldeia do Rosário
mais ao sul de Portugal
com as nossas casas branquinhas
é das Andorinhas
o nosso grupo coral
E a festa continuou com um dos grupos da Vila festejada, "AS VOZES DE ALMODÔVAR"
que começou por nos oferecer;
CEIFEIRA DO ALENTEJO
Trabalha homem trabalha
se queres ter algum valôr
os calos são os anéis
do homem trabalhador
Ceifeira do Alentejo
tu ceifas o loiro trigo
empresta-me a tua foice
eu quero ceifar contigo
Eu quero ceifar o pão
é a coisa que eu mais invejo
tu ceifas o loiro trigo
ceifeira do Alentejo
Num mar de aplausos interpretaram "Verão a braza dourada" e terminaram em apoteose com:
BEJA ÉS TÂO LINDA
Oh meu Alentejo
jardim de quimera
veem os seus amores
apanhar flores pela Primavera
Castro e Almodôvar
Mertola e Ourique
Aljustrel, Alvito
Serpa e Odemira
Barrancos invejo
Cuba e Vidigueira
Moura e Ferreira
meu baixo Alentejo
Despedidos com uma enorme ovação deram lugar ao Grupo que costuma fechar estas noites alentejanas.
O Grupo Coral e Instrumental da Câmara Municipal de Almodôvar, que tal como o já fizera em duas noites em que fechou o espectáculo, pôs toda a sala a cantar e a bater palmas. Desta vez, só não se dançou, por a sala ser um anfiteatro e as coxias não terem espaço mínimo para o fazer.
E pronto ,esta foi mais uma memorável semana alentejana en Almada, Laranjeiro, Cova da Piedade e no Feijó, só possível pela carolice e poder organizativo dos Amigos do Alentejo do Feijó e o apoio da Camara de Almada.
Até para o ano.
domingo, junho 17, 2007
artistas do alentejo - GUIKA RODRIGUES
.
GUIKA RODRIGUES A PINTORA DE MOREANES
Exposição de pintura de Guika Rodrigues
A Biblioteca Municipal de Aljustrel inaugurou, no dia 14 de Junho, às 21 horas, a exposição de pintura da artista plástica Guika Rodrigues, integrada no Feriado Municipal.
Nascida em 1964, em Moreanes, Mértola, Guika Rodrigues, pseudónimo de Maria Margarida Rodrigues, participa desde 1997, em exposições individuais e está representada em colecções particulares em Portugal e no Estrangeiro.
Alentejana multifacetada e prolixa, esta técnica de Bibliotecas e Documentação da Câmara Municipal de Lisboa possui o curso de decoração de interiores e de artes plásticas, tendo desenvolvido na pintura a técnica mista a óleo e acrílico enquanto adquiriu experiência em diversas áreas de actividades culturais com crianças, nomeadamente a pintura ao vivo, ilustrações, vídeos, fotografia, teatro e jogos didáctico-pedagógicos.
É ainda autora de um projecto inédito de pintura para a Bebéteca de Sintra, intitulado “O Be-á-bá da Pintura” e os “Cinco Sentidos na Pintura” destinados a crianças de 7 a 18 meses. Participou em várias actuações de pintura ao vivo com pintores consagrados. Escreveu e ilustrou textos infantis. Executou actividades paralelas com escritores, nomeadamente com Luís Felipe Maçarico. Coordenou ateliers de escrita criativa acompanhados de ilustrações, e fez parte do Júri do Concurso dos Primeiros Jogos Florais do Centro Cultural Recreativo dos Coruchéus e do Júri do Concurso “Prémio Casa do Alentejo 2005”, em homenagem a Guy Ferreira
GUIKA RODRIGUES A PINTORA DE MOREANES
Exposição de pintura de Guika Rodrigues
A Biblioteca Municipal de Aljustrel inaugurou, no dia 14 de Junho, às 21 horas, a exposição de pintura da artista plástica Guika Rodrigues, integrada no Feriado Municipal.
Nascida em 1964, em Moreanes, Mértola, Guika Rodrigues, pseudónimo de Maria Margarida Rodrigues, participa desde 1997, em exposições individuais e está representada em colecções particulares em Portugal e no Estrangeiro.
Alentejana multifacetada e prolixa, esta técnica de Bibliotecas e Documentação da Câmara Municipal de Lisboa possui o curso de decoração de interiores e de artes plásticas, tendo desenvolvido na pintura a técnica mista a óleo e acrílico enquanto adquiriu experiência em diversas áreas de actividades culturais com crianças, nomeadamente a pintura ao vivo, ilustrações, vídeos, fotografia, teatro e jogos didáctico-pedagógicos.
É ainda autora de um projecto inédito de pintura para a Bebéteca de Sintra, intitulado “O Be-á-bá da Pintura” e os “Cinco Sentidos na Pintura” destinados a crianças de 7 a 18 meses. Participou em várias actuações de pintura ao vivo com pintores consagrados. Escreveu e ilustrou textos infantis. Executou actividades paralelas com escritores, nomeadamente com Luís Felipe Maçarico. Coordenou ateliers de escrita criativa acompanhados de ilustrações, e fez parte do Júri do Concurso dos Primeiros Jogos Florais do Centro Cultural Recreativo dos Coruchéus e do Júri do Concurso “Prémio Casa do Alentejo 2005”, em homenagem a Guy Ferreira
sexta-feira, junho 15, 2007
FESTAS DA VILA DE CASTRO VERDE
.
CASTRO VERDE VAI ESTAR DE NOVO
EM FESTA.
VÃO SER AS FESTAS DA VILA 2007
.
FESTAS DA VILA 2007
Comemorações do Feriado Municipal
PROGRAMA
SEX29
18h00 Abertura do Recinto da Festa
Bares, Restaurantes, Artesanato, Insufláveis...…
Tardes Medievais
Cortejo Medieval Infantil, Jogos, Passeios de Burro, Artes Circenses, Teatro e Petiscos
19h00 Inauguração do Monumento Evocativo 30 Anos de Poder Local – Rotunda José
Gomes Ferreira
19h30 Abertura da exposição de Artes Plásticas de Santos Carvalho – Fórum Municipal
21h30 Baile com Mário Neves
22h30 Concerto D’ZRT
24h00 Concerto Xutos e Pontapés
SÁB30
18h00 Abertura do Recinto da Festa
Tardes Medievais
21h30 Baile com Banda INLOCO
22h30 Concerto EMANUEL
24h00 Continuação do Baile
DOM01
09h30 VI Encontro de Ciclomotores Antigos
Concentração no Largo da Feira
Desfile nas Ruas de Castro Verde
18h00 Abertura do Recinto da Festa
18h30 Actuação do Grupo de Música Popular Costa Azul
19h30 Baile com Acordeonista
22h00 Actuação do CONJUNTO ANTÓNIO MAFRA
23h00 Continuação do Baile
24h00 Espectáculo Multimédia (a confirmar)
Água, Luz, Som e Pirotecnia
Concerto D’ZRT: promovido pela Junta de Freguesia de Castro Verde
Tardes Medievais: iniciativa da Escola EB1 de Castro Verde
Organização: Câmara Municipal de Castro Verde
Colaboração: Associações e Juntas de Freguesia do Concelho
CASTRO VERDE VAI ESTAR DE NOVO
EM FESTA.
VÃO SER AS FESTAS DA VILA 2007
.
FESTAS DA VILA 2007
Comemorações do Feriado Municipal
PROGRAMA
SEX29
18h00 Abertura do Recinto da Festa
Bares, Restaurantes, Artesanato, Insufláveis...…
Tardes Medievais
Cortejo Medieval Infantil, Jogos, Passeios de Burro, Artes Circenses, Teatro e Petiscos
19h00 Inauguração do Monumento Evocativo 30 Anos de Poder Local – Rotunda José
Gomes Ferreira
19h30 Abertura da exposição de Artes Plásticas de Santos Carvalho – Fórum Municipal
21h30 Baile com Mário Neves
22h30 Concerto D’ZRT
24h00 Concerto Xutos e Pontapés
SÁB30
18h00 Abertura do Recinto da Festa
Tardes Medievais
21h30 Baile com Banda INLOCO
22h30 Concerto EMANUEL
24h00 Continuação do Baile
DOM01
09h30 VI Encontro de Ciclomotores Antigos
Concentração no Largo da Feira
Desfile nas Ruas de Castro Verde
18h00 Abertura do Recinto da Festa
18h30 Actuação do Grupo de Música Popular Costa Azul
19h30 Baile com Acordeonista
22h00 Actuação do CONJUNTO ANTÓNIO MAFRA
23h00 Continuação do Baile
24h00 Espectáculo Multimédia (a confirmar)
Água, Luz, Som e Pirotecnia
Concerto D’ZRT: promovido pela Junta de Freguesia de Castro Verde
Tardes Medievais: iniciativa da Escola EB1 de Castro Verde
Organização: Câmara Municipal de Castro Verde
Colaboração: Associações e Juntas de Freguesia do Concelho
preliminares
.
Era uma vez uma aldeia onde viviam dois homens que tinham o mesmo nome:
Joaquim Gonçalves.
Um era sacerdote e o outro, taxista. Quis o destino que morressem no mesmo
dia.
Quando chegaram ao céu, São Pedro esperava-os.
- O teu nome ?
- Joaquim Gonçalves.
- És o sacerdote ?
- Não, o taxista.
São Pedro consulta as suas notas e diz:
- Bom, ganhaste o paraíso. Levas esta túnica com fios de ouro e este ceptro
de platina com incrustações de rubis. Podes entrar.
- O teu nome ?
- Joaquim Gonçalves.
- És o sacerdote ?
- Sim, sou eu mesmo.
- Muito bem, meu filho, ganhaste o paraíso. Levas esta bata de linho e este
ceptro de ferro.
O sacerdote diz:
- Desculpe, mas deve haver engano. Eu sou o Joaquim Gonçalves, o sacerdote!
- Sim, meu filho, ganhaste o paraíso. Levas esta bata de linho e...
- Não pode ser! Eu conheço o outro, Senhor. Era taxista, vivia na minha
aldeia e era um desastre! Subia os passeios, batia com o carro todos os
dias, conduzia pessimamente e assustava as pessoas. Nunca mudou, apesar das
multas e repreensões policiais. E quanto a mim, passei 75 anos pregando
todos os domingos na paróquia. Como é que ele recebe a túnica com fios de
ouro e eu.....isto ?
- Não é nenhum engano - diz São Pedro. Aqui no céu, estamos a fazer uma
gestão mais profissional, como a que vocês fazem lá na Terra.
- Não entendo!.
- Eu explico. Agora orientamo-nos por objectivos. É assim: durante os
últimos anos, cada vez que tu pregavas, as pessoas dormiam. E cada vez que
ele conduzia o táxi, as pessoas começavam a rezar. Resultados! Percebeste?
Gestão por Objectivos!
Era uma vez uma aldeia onde viviam dois homens que tinham o mesmo nome:
Joaquim Gonçalves.
Um era sacerdote e o outro, taxista. Quis o destino que morressem no mesmo
dia.
Quando chegaram ao céu, São Pedro esperava-os.
- O teu nome ?
- Joaquim Gonçalves.
- És o sacerdote ?
- Não, o taxista.
São Pedro consulta as suas notas e diz:
- Bom, ganhaste o paraíso. Levas esta túnica com fios de ouro e este ceptro
de platina com incrustações de rubis. Podes entrar.
- O teu nome ?
- Joaquim Gonçalves.
- És o sacerdote ?
- Sim, sou eu mesmo.
- Muito bem, meu filho, ganhaste o paraíso. Levas esta bata de linho e este
ceptro de ferro.
O sacerdote diz:
- Desculpe, mas deve haver engano. Eu sou o Joaquim Gonçalves, o sacerdote!
- Sim, meu filho, ganhaste o paraíso. Levas esta bata de linho e...
- Não pode ser! Eu conheço o outro, Senhor. Era taxista, vivia na minha
aldeia e era um desastre! Subia os passeios, batia com o carro todos os
dias, conduzia pessimamente e assustava as pessoas. Nunca mudou, apesar das
multas e repreensões policiais. E quanto a mim, passei 75 anos pregando
todos os domingos na paróquia. Como é que ele recebe a túnica com fios de
ouro e eu.....isto ?
- Não é nenhum engano - diz São Pedro. Aqui no céu, estamos a fazer uma
gestão mais profissional, como a que vocês fazem lá na Terra.
- Não entendo!.
- Eu explico. Agora orientamo-nos por objectivos. É assim: durante os
últimos anos, cada vez que tu pregavas, as pessoas dormiam. E cada vez que
ele conduzia o táxi, as pessoas começavam a rezar. Resultados! Percebeste?
Gestão por Objectivos!
adivinha
.
O que está no exército,
na vassoura e no mapa?
quem quizer dar palpite faça-o para
www.julio.casadasprimas@gmail.com
Sábado à noite virá a resposta....
O que está no exército,
na vassoura e no mapa?
quem quizer dar palpite faça-o para
www.julio.casadasprimas@gmail.com
Sábado à noite virá a resposta....
domingo, junho 10, 2007
imagens do alentejo - almodôvar
,
O MONUMENTO AO SAPATEIRO EM ALMODÔVAR (foto feita por Elisiário Candeias)
O MONUMENTO AO SAPATEIRO EM ALMODÔVAR (foto feita por Elisiário Candeias)
sábado, junho 09, 2007
CRÓNICA DA NOITE DOS POETAS POPULARES E FADISTAS ALENTEJANOS
.
Pode dizer-se que o que aconteceu nesta sexta-feira dia 8, da Semana de Almodôvar em Almada e no Feijó, foi uma noite mágica.
Foi uma soirée de enorme qualidade e sucesso.
O Grupo Cultural do Feijó, e os seus dinâmicos dirigentes, em boa hora vêm mostrando uma enorme capacidade organizativa e de amôr pelas coisas do Alentejo, o que nos permitiu esta noite, uma vez mais, ter o privilégio de escutar e conhecer a arte destes talentosos poetas populares e fadistas alentejanos.
Já aqui tenho afirmado que não conheço nenhum alentejano que não faça um poema de vez em quando.
Nesta noite de magia, escutámos o que de melhor se verceja na Planície dourada.
A noite começou com o Francisco Esperança de Almodôvar a aquecer a sala de imediato com uma poesia dedicada à
"mãe, palavra querida, pequena ,mas muito amada"
poema muito forte, muito sentido, e dito numa voz segura e firme, que arrancou os primeiros aplausos.
No segundo tema trouxe-nos:
"Se o meu avô cá voltasse"
e logo foi adiantando que se isso por magia acontecesse,decerto ele muito se espantaria a vêr:
"o telefone, o avião, a telefonia e o radar"
e lá continuou encadeando as palavras com a mestria de quem domina a arte de vercejar.
Entusiasmado, não parou nas "combinadas duas poesias a cada poeta" e logo engatilhou:
"Fui um dia a Lisboa"
perante o agrado divertido da sala a aclamar de pé.
De Campo Maior veio a Rosa Dias, que com uma voz muto bem timbrada e segura falou :
"Dos tempos de então"
advertindo que :
"A História não é só Camões", "A História também é de quem cavava a terra então, quem amassava o pão"
e que
"Não é por magia que os ricos acumulam fartura e que os pobres a tudo falta"
Veio a seguir o poeta Abílio, que trouxe as suas reflexões em verso sobre:
"A vida é uma ilusão, contam-se pelos dedos da mão os momentos bons da vida"
Depois , acabou de uma forma mais descontraída ,a falar sobre "o pai da vida", arrancando saborosas gargalhadas a uma plateia divertida.
"Por fóra já não faz nada e em casa já pouco faz"
ainda que tenha sido
"Cumpridor e tenha tido o seu valôr"
agora já é mais
"Mandrião e amuado, por vezes aborrecido, amolecido"
já não era o mesmo dos tempos de glória...
O Dr.Alexandre Castanheira, de Almada, não sendo alentejano, mostrou o seu amôr pelo Alentejo, e disse com muita emoção dois poemas de um seu amigo já falecido, o Dr.Armindo Rodrigues, médico desinteressado que muito fez pelas pessoas sem recursos.
A seguir veio o Anibal Jesuíno do Monte Figueiras que reflectindo sobre a vida,lamentou os talentos que se perdem:
"no campo..morre esquecida tanta cultura perdida a cantar atrás do gado"
por nunca virem a ser conhecidos pùblicamente, e termina constatando que:
"se vês a terra virada que puxas pr'a cima das botas"
conclui que:
"quem passou a vida a cavar não aprende a contar notas"
O Luís Maçarico de Évora dissertou sobre a qualidade dos poemas dos companheiros de rimas que o precederam e propôs que se produzisse um DVD com estes poetas e a sua obra enquanto estão vivos.
Por último o António Baltazar da Graça de Padrões gritou aos quatro ventos o seu orgulho de ser alentejano:
"Eu nasci no Alentejo
é no Alentejo que eu habito"
não se cansando de conclamar que:
"o Alentejo é lindo"
Acabou contando um episódio que terminou num poema que levantou a sala em palmas:
"Um dia fui a Lisboa, e quando quiz ir para um determinado sítio, perguntei a um lisboeta se um tunel ia dar ao tal lugar. O sujeito respondeu de mau modo e disse-me que :-Vocês alentejanos não sabem nada de Lisboa, deixem-se estar lá na vossa terra, o que é que você conhece de Lisboa?"
Aí começou o poema:
"Eu cá conheço o Saldanha e o Marquez de Pombal, o Castelo de São Jorge, o Aviz e o Principe Real, conheço a Segunda Circular, São Sebastião, o Marquez da Fronteira e a Marquez de Tomar; a Madragoa, o Politeama, a Penitenciária e a Cervejaria Goa, conheço a Avenida da Liberdade , o Parque Eduardo VII, a Pastelaria Suiça e o Estádio de Alvalade, conheço a Avenida Padre Cruz, a Praça da Figueira, o Campo Grande e o Estádio da Luz, e conheco também uma cigana...????. Olhei para o lado e o homem já tinha ido embora...!!!"
A plateia rompeu em aplausos, e de pé despediu-se do poeta.
A sessão já longa acabou com 2 fadistas nascidos no Alentejo
, ele o Miguel Martins de Almodôvar, ela a Ana Valadas.
Que bem que cantaram acompanhados pelas guitarras de Henrique Gabriel de Beja e pelo Rui de Ourique.
A sessão acabou em apoteose, com a sala a tributar aos jovens fadistas uma enorme e quente salva de palmas.
Aí fadistas.
Pode dizer-se que o que aconteceu nesta sexta-feira dia 8, da Semana de Almodôvar em Almada e no Feijó, foi uma noite mágica.
Foi uma soirée de enorme qualidade e sucesso.
O Grupo Cultural do Feijó, e os seus dinâmicos dirigentes, em boa hora vêm mostrando uma enorme capacidade organizativa e de amôr pelas coisas do Alentejo, o que nos permitiu esta noite, uma vez mais, ter o privilégio de escutar e conhecer a arte destes talentosos poetas populares e fadistas alentejanos.
Já aqui tenho afirmado que não conheço nenhum alentejano que não faça um poema de vez em quando.
Nesta noite de magia, escutámos o que de melhor se verceja na Planície dourada.
A noite começou com o Francisco Esperança de Almodôvar a aquecer a sala de imediato com uma poesia dedicada à
"mãe, palavra querida, pequena ,mas muito amada"
poema muito forte, muito sentido, e dito numa voz segura e firme, que arrancou os primeiros aplausos.
No segundo tema trouxe-nos:
"Se o meu avô cá voltasse"
e logo foi adiantando que se isso por magia acontecesse,decerto ele muito se espantaria a vêr:
"o telefone, o avião, a telefonia e o radar"
e lá continuou encadeando as palavras com a mestria de quem domina a arte de vercejar.
Entusiasmado, não parou nas "combinadas duas poesias a cada poeta" e logo engatilhou:
"Fui um dia a Lisboa"
perante o agrado divertido da sala a aclamar de pé.
De Campo Maior veio a Rosa Dias, que com uma voz muto bem timbrada e segura falou :
"Dos tempos de então"
advertindo que :
"A História não é só Camões", "A História também é de quem cavava a terra então, quem amassava o pão"
e que
"Não é por magia que os ricos acumulam fartura e que os pobres a tudo falta"
Veio a seguir o poeta Abílio, que trouxe as suas reflexões em verso sobre:
"A vida é uma ilusão, contam-se pelos dedos da mão os momentos bons da vida"
Depois , acabou de uma forma mais descontraída ,a falar sobre "o pai da vida", arrancando saborosas gargalhadas a uma plateia divertida.
"Por fóra já não faz nada e em casa já pouco faz"
ainda que tenha sido
"Cumpridor e tenha tido o seu valôr"
agora já é mais
"Mandrião e amuado, por vezes aborrecido, amolecido"
já não era o mesmo dos tempos de glória...
O Dr.Alexandre Castanheira, de Almada, não sendo alentejano, mostrou o seu amôr pelo Alentejo, e disse com muita emoção dois poemas de um seu amigo já falecido, o Dr.Armindo Rodrigues, médico desinteressado que muito fez pelas pessoas sem recursos.
A seguir veio o Anibal Jesuíno do Monte Figueiras que reflectindo sobre a vida,lamentou os talentos que se perdem:
"no campo..morre esquecida tanta cultura perdida a cantar atrás do gado"
por nunca virem a ser conhecidos pùblicamente, e termina constatando que:
"se vês a terra virada que puxas pr'a cima das botas"
conclui que:
"quem passou a vida a cavar não aprende a contar notas"
O Luís Maçarico de Évora dissertou sobre a qualidade dos poemas dos companheiros de rimas que o precederam e propôs que se produzisse um DVD com estes poetas e a sua obra enquanto estão vivos.
Por último o António Baltazar da Graça de Padrões gritou aos quatro ventos o seu orgulho de ser alentejano:
"Eu nasci no Alentejo
é no Alentejo que eu habito"
não se cansando de conclamar que:
"o Alentejo é lindo"
Acabou contando um episódio que terminou num poema que levantou a sala em palmas:
"Um dia fui a Lisboa, e quando quiz ir para um determinado sítio, perguntei a um lisboeta se um tunel ia dar ao tal lugar. O sujeito respondeu de mau modo e disse-me que :-Vocês alentejanos não sabem nada de Lisboa, deixem-se estar lá na vossa terra, o que é que você conhece de Lisboa?"
Aí começou o poema:
"Eu cá conheço o Saldanha e o Marquez de Pombal, o Castelo de São Jorge, o Aviz e o Principe Real, conheço a Segunda Circular, São Sebastião, o Marquez da Fronteira e a Marquez de Tomar; a Madragoa, o Politeama, a Penitenciária e a Cervejaria Goa, conheço a Avenida da Liberdade , o Parque Eduardo VII, a Pastelaria Suiça e o Estádio de Alvalade, conheço a Avenida Padre Cruz, a Praça da Figueira, o Campo Grande e o Estádio da Luz, e conheco também uma cigana...????. Olhei para o lado e o homem já tinha ido embora...!!!"
A plateia rompeu em aplausos, e de pé despediu-se do poeta.
A sessão já longa acabou com 2 fadistas nascidos no Alentejo
, ele o Miguel Martins de Almodôvar, ela a Ana Valadas.
Que bem que cantaram acompanhados pelas guitarras de Henrique Gabriel de Beja e pelo Rui de Ourique.
A sessão acabou em apoteose, com a sala a tributar aos jovens fadistas uma enorme e quente salva de palmas.
Aí fadistas.
HOJE É O ULTIMO DIA DA SEMANA DE ALMODÔVAR
.
É LOGO À NOITE, NO FORUM
ROMEU CORREIA EM ALMADA
O ENCERRAMENTO DESTA
SEMANA DE ALMODÔVAR
QUE DEIXA SAUDADES
PROGRAMA PARA LOGO
Às 20.30 horas, no auditório do Fórum Romeu Correia – Almada
Encerramento da Semana Cultural Alentejana
20º Encontro de Cantares Alentejanos no Concelho de Amada
Participam
- Grupo Coral Etnográfico Amigos do Alentejo do CRFeijó
- Grupo Coral “As Vozes de Almodôvar”
- Grupo Coral Etnográfico do Ateneu Mourense- Moura
- Grupo Coral Feminino “As Mondadeiras de Stª Cruz” – Almodôvar
- Grupo Coral Etnográfico “Os Cantares de Évora” – Évora
- Grupo Coral Feminino As Andorinhas do Rosário – Almodôvar
- Grupo Coral Etnográfico “Os Ganhões” de Castro
- Grupo Coral e Instrumental da Câmara Municipal de Almodôvar
- Encontro de duas violas
* Viola Campaniça de Pedro Mestre
* Viola Caipira de Chico Lobo
É LOGO À NOITE, NO FORUM
ROMEU CORREIA EM ALMADA
O ENCERRAMENTO DESTA
SEMANA DE ALMODÔVAR
QUE DEIXA SAUDADES
PROGRAMA PARA LOGO
Às 20.30 horas, no auditório do Fórum Romeu Correia – Almada
Encerramento da Semana Cultural Alentejana
20º Encontro de Cantares Alentejanos no Concelho de Amada
Participam
- Grupo Coral Etnográfico Amigos do Alentejo do CRFeijó
- Grupo Coral “As Vozes de Almodôvar”
- Grupo Coral Etnográfico do Ateneu Mourense- Moura
- Grupo Coral Feminino “As Mondadeiras de Stª Cruz” – Almodôvar
- Grupo Coral Etnográfico “Os Cantares de Évora” – Évora
- Grupo Coral Feminino As Andorinhas do Rosário – Almodôvar
- Grupo Coral Etnográfico “Os Ganhões” de Castro
- Grupo Coral e Instrumental da Câmara Municipal de Almodôvar
- Encontro de duas violas
* Viola Campaniça de Pedro Mestre
* Viola Caipira de Chico Lobo
sexta-feira, junho 08, 2007
preliminares
.
Uma mulher conduzia o automóvel na A5 quando recebe um telefonema do marido:
- Querida, tem cuidado! Ouvi agora nas notícias que anda uma maluca em sentido contrário na auto-estrada.
- Uma!!??????? São às centenas!
Uma mulher conduzia o automóvel na A5 quando recebe um telefonema do marido:
- Querida, tem cuidado! Ouvi agora nas notícias que anda uma maluca em sentido contrário na auto-estrada.
- Uma!!??????? São às centenas!
SEMANA DE ALMODÔVAR NO FEIJÓ - 8 DE JUNHO
,
Hoje vamos ter mais
um dia da presença
de Almodôvar entre
nós
Às 21.30 horas, no salão de Festas do Clube Recreativo do Feijó:
Vai haver uma :
- Grande Noite de Poesia Alentejana e Fados
Em cada alentejano há um poeta, não conheço nenhum alentejano que não tenha feito num dado momento da sua vida, um qualquer poemazinho, uma qualquer rima.
Daí o haver uma noite de poesia na "Semana" é uma obrigação, e um motivo para não faltarmos.
Hoje vamos ter mais
um dia da presença
de Almodôvar entre
nós
Às 21.30 horas, no salão de Festas do Clube Recreativo do Feijó:
Vai haver uma :
- Grande Noite de Poesia Alentejana e Fados
Em cada alentejano há um poeta, não conheço nenhum alentejano que não tenha feito num dado momento da sua vida, um qualquer poemazinho, uma qualquer rima.
Daí o haver uma noite de poesia na "Semana" é uma obrigação, e um motivo para não faltarmos.
quinta-feira, junho 07, 2007
.
Decorreu hoje feriado de 7 de Junho mais um dia da Semana de Almodôvar por terras de Almada ,Laranjeiro e Feijó.
Com o Centro Cultura do Laranjeiro cheínho até à rua, os alentejanos que vieram de Almodôvar e os muitos alentejanos que vivem e trabalham por estas bandas juntaram-se numa confraternização muito viva ,emocionada.
Nestas reuniões conta tanto a interpretação dos grupos, como o encontro de gentes da mesma região, algumas, que já se não vêem há um ror de anos.
Houve-se a nossa música, trocam-se afectos ,avivam-se memérias.
Belas modas foram desfilando ao longo da tarde.
A sessão de hoje terminou com a actuação frenética do Grupo Coral e Instrumental da Câmara de ALmodôvar , que,( a imagem é fiel à realidade) incendiou a sala.
Muitos não resistiram e começaram a dançar roubando a música ao palco, e espalhando-a pela sala, num clima de grande comunhão com os interpretes.
Este grupo Coral e Instrumental da Câmara Municipal de Almodôvar;foi formado em
1993, com o objectivo de divulgar a música popular alentejana, a nível nacional e internacional, e promover o intercâmbio, deste género de grupos, entre as regiões. Actualmente, é constituído por 13 elementos, sendo sete vozes, cinco instrumentistas - com predominância do bandolim, da harmónica, das violas e da percussão - e um porta estandarte. O repertório assenta, fundamentalmente, no cancioneiro do Baixo Alentejo, com a capacidade de realizar espectáculos com a duração de hora e meia, a 2 horas. O grupo já conta com mais de uma centena de actuações, por todo o país, e com três espectáculos em Toronto e Montreal, no Canadá. A aceitação, por parte do público, é enorme, sobretudo, nas regiões onde este género de música não é conhecido e onde o associam a música alentejana às toadas calmas e dolentes do cante alentejano. Impôs, às suas músicas, um ritmo um pouco diferente, dotando-as de mais ritmo. A introdução de instrumentos tradicionais, como a harmónica ou gaita de beiços, fazem dele um grupo com cariz muito particular.
O grupo já editou o seu primeiro trabalho discográfico, sendo o mesmo o corolário do trabalho realizado ao longo dos anos "de dedicação, em defesa daquilo que é mais precioso e querido: a nossa cultura e os nossos cantares".
Decorreu hoje feriado de 7 de Junho mais um dia da Semana de Almodôvar por terras de Almada ,Laranjeiro e Feijó.
Com o Centro Cultura do Laranjeiro cheínho até à rua, os alentejanos que vieram de Almodôvar e os muitos alentejanos que vivem e trabalham por estas bandas juntaram-se numa confraternização muito viva ,emocionada.
Nestas reuniões conta tanto a interpretação dos grupos, como o encontro de gentes da mesma região, algumas, que já se não vêem há um ror de anos.
Houve-se a nossa música, trocam-se afectos ,avivam-se memérias.
Belas modas foram desfilando ao longo da tarde.
A sessão de hoje terminou com a actuação frenética do Grupo Coral e Instrumental da Câmara de ALmodôvar , que,( a imagem é fiel à realidade) incendiou a sala.
Muitos não resistiram e começaram a dançar roubando a música ao palco, e espalhando-a pela sala, num clima de grande comunhão com os interpretes.
Este grupo Coral e Instrumental da Câmara Municipal de Almodôvar;foi formado em
1993, com o objectivo de divulgar a música popular alentejana, a nível nacional e internacional, e promover o intercâmbio, deste género de grupos, entre as regiões. Actualmente, é constituído por 13 elementos, sendo sete vozes, cinco instrumentistas - com predominância do bandolim, da harmónica, das violas e da percussão - e um porta estandarte. O repertório assenta, fundamentalmente, no cancioneiro do Baixo Alentejo, com a capacidade de realizar espectáculos com a duração de hora e meia, a 2 horas. O grupo já conta com mais de uma centena de actuações, por todo o país, e com três espectáculos em Toronto e Montreal, no Canadá. A aceitação, por parte do público, é enorme, sobretudo, nas regiões onde este género de música não é conhecido e onde o associam a música alentejana às toadas calmas e dolentes do cante alentejano. Impôs, às suas músicas, um ritmo um pouco diferente, dotando-as de mais ritmo. A introdução de instrumentos tradicionais, como a harmónica ou gaita de beiços, fazem dele um grupo com cariz muito particular.
O grupo já editou o seu primeiro trabalho discográfico, sendo o mesmo o corolário do trabalho realizado ao longo dos anos "de dedicação, em defesa daquilo que é mais precioso e querido: a nossa cultura e os nossos cantares".
FACAL em ALMODÔVAR
.
VAI REALIZAR-SE DE NOVO EM
ALMODÔVAR A FACAL
FACAL de Almodôvar já tem programa definido
A Câmara Municipal de Almodôvar volta a promover de 21 a 24 de Junho mais uma FACAL – a Feira de Artes e Cultura daquele concelho. A iniciativa contará com cerca de uma centena de expositores, que aproveitam esta data para divulgarem os seus produtos e aquilo que de mais tradicional existe no Alentejo e noutras regiões. Este ano, o cartaz da festa inclui concertos com o popular Quim Barreiros, no dia 21 (quinta), a dupla brasileira Lucas e Mateus, no dia 22 (sexta), e André Sardet no dia 23 (sábado). Reconhecida como um dos principais certames do Baixo Alentejo, durante o período da FACAL festeja-se também o feriado municipal de Almodôvar, no dia 24 de Junho. Um dia reservado para a sardinhada, cante alentejanos e um encontro de poetas populares.
VAI REALIZAR-SE DE NOVO EM
ALMODÔVAR A FACAL
FACAL de Almodôvar já tem programa definido
A Câmara Municipal de Almodôvar volta a promover de 21 a 24 de Junho mais uma FACAL – a Feira de Artes e Cultura daquele concelho. A iniciativa contará com cerca de uma centena de expositores, que aproveitam esta data para divulgarem os seus produtos e aquilo que de mais tradicional existe no Alentejo e noutras regiões. Este ano, o cartaz da festa inclui concertos com o popular Quim Barreiros, no dia 21 (quinta), a dupla brasileira Lucas e Mateus, no dia 22 (sexta), e André Sardet no dia 23 (sábado). Reconhecida como um dos principais certames do Baixo Alentejo, durante o período da FACAL festeja-se também o feriado municipal de Almodôvar, no dia 24 de Junho. Um dia reservado para a sardinhada, cante alentejanos e um encontro de poetas populares.
quarta-feira, junho 06, 2007
preliminares
.
O dono da festa já estava irritado com o número de penetras,gente que nunca tinha visto em lado nenhum, a comerem e a beberem, enchendo tudo quanto é espaço.
Num determinado momento pediu silêncio a todos e anunciou um acontecimento especial.
- Peço aos convidados do noivo que se coloquem à minha direita...
Um monte de gente ainda mastigando as empadas dirigiu-se para a direita.
- E agora eu peço que os convidados da noiva se dirijam para a minha esquerda.
Mais uma multidão locomoveu-se com seus copos e salgadinhos para a esquerda.
Feito isto o dono da festa anunciou:
- Agora peço aos convidados à minha direita e à minha esquerda que se ponham daqui para fora que isto aqui é um baptizado !
O dono da festa já estava irritado com o número de penetras,gente que nunca tinha visto em lado nenhum, a comerem e a beberem, enchendo tudo quanto é espaço.
Num determinado momento pediu silêncio a todos e anunciou um acontecimento especial.
- Peço aos convidados do noivo que se coloquem à minha direita...
Um monte de gente ainda mastigando as empadas dirigiu-se para a direita.
- E agora eu peço que os convidados da noiva se dirijam para a minha esquerda.
Mais uma multidão locomoveu-se com seus copos e salgadinhos para a esquerda.
Feito isto o dono da festa anunciou:
- Agora peço aos convidados à minha direita e à minha esquerda que se ponham daqui para fora que isto aqui é um baptizado !
sábado, junho 02, 2007
os "CANTARES DA MEIA NOITE" DE ALMODÔVAR
.
Vão estar àmanhâ,pelas 18 horas , 3 de Junho no Salão de Festas do Grupo Recreativo do Feijó.
O cantar da meia noite.
É um cantar excelente
Acorda quem está dormindo
Melhora quem está doente
"Quando se acabam as preocupações da vida quotidiana, depois de mais um dia de trabalho e do jantar no ´bucho´, apetece molhar a palavra, até porque a conversa e o convívio a isso obrigam.
Á volta da mesa de um café ou de uma barriguinha encostada ao balcão de uma taberna, vai um copinho de três ou uma minizita e a garganta começa a ficar quentinha...
Começa-nos o corpinho a pedir folia... e vá de moda!
E a gente, não vai de modas.
A voz parece que sai mais limpa, o falar mais fluente. Só quando a carga começa a ser demais, é que a língua começa a entaramelar e a ficar encortiçada. É sinal que a bebedeira vem a caminho e por isso convém parar de beber, para não estragar o que está bonito de se ouvir.
Quanto mais a noite avança, mais disposição há para as cantigas.
O projeto "Cantares da meia noite", tem como objectivo principal, dar a conhecer ao público que os ouve, as modas que se contavam e bailavam ( e ainda se cantam), na região do Campo Branco,
Zona de transição do Baixo Alentejo para a Serra do Caldeirão e o Algarve interior.
O grupo, é formado por:
António Gonçalves (voz, bandolim e guitarra);
Carlos Rosa (voz e percussão);
Pedro Mestre (voz e viola campaniça).
Todos eles, tem já algum calo nestas coisas das cantigas, fazendo qualquer um deles, parte de outros grupos que se dedicam a defender as tradições culturais das suas zonas de residência.
O seu repertório é constituído fundamentalmente, por temas tradicionais do Baixo Alentejo e de outras regiões do país, bem como de trabalhos de autoria dos próprios e de outros compositores portugueses.
A sua música é simples, sem cuidados exagerados, para que não possa fugir muito ao modo como era e continua a ser interpretada, nas suas respectivas zonas de pesquisa.
Vai ser divertido vê-los e ouvi-los em mais um dia desta Semana de Almodovar por estas bandas do Feijó.
Vão estar àmanhâ,pelas 18 horas , 3 de Junho no Salão de Festas do Grupo Recreativo do Feijó.
O cantar da meia noite.
É um cantar excelente
Acorda quem está dormindo
Melhora quem está doente
"Quando se acabam as preocupações da vida quotidiana, depois de mais um dia de trabalho e do jantar no ´bucho´, apetece molhar a palavra, até porque a conversa e o convívio a isso obrigam.
Á volta da mesa de um café ou de uma barriguinha encostada ao balcão de uma taberna, vai um copinho de três ou uma minizita e a garganta começa a ficar quentinha...
Começa-nos o corpinho a pedir folia... e vá de moda!
E a gente, não vai de modas.
A voz parece que sai mais limpa, o falar mais fluente. Só quando a carga começa a ser demais, é que a língua começa a entaramelar e a ficar encortiçada. É sinal que a bebedeira vem a caminho e por isso convém parar de beber, para não estragar o que está bonito de se ouvir.
Quanto mais a noite avança, mais disposição há para as cantigas.
O projeto "Cantares da meia noite", tem como objectivo principal, dar a conhecer ao público que os ouve, as modas que se contavam e bailavam ( e ainda se cantam), na região do Campo Branco,
Zona de transição do Baixo Alentejo para a Serra do Caldeirão e o Algarve interior.
O grupo, é formado por:
António Gonçalves (voz, bandolim e guitarra);
Carlos Rosa (voz e percussão);
Pedro Mestre (voz e viola campaniça).
Todos eles, tem já algum calo nestas coisas das cantigas, fazendo qualquer um deles, parte de outros grupos que se dedicam a defender as tradições culturais das suas zonas de residência.
O seu repertório é constituído fundamentalmente, por temas tradicionais do Baixo Alentejo e de outras regiões do país, bem como de trabalhos de autoria dos próprios e de outros compositores portugueses.
A sua música é simples, sem cuidados exagerados, para que não possa fugir muito ao modo como era e continua a ser interpretada, nas suas respectivas zonas de pesquisa.
Vai ser divertido vê-los e ouvi-los em mais um dia desta Semana de Almodovar por estas bandas do Feijó.
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