sábado, dezembro 31, 2005

LISBOA - DAKAR, no ALENTEJO

..
Este ano o mítico DAKAR, passa pelo ALENTEJO.
O Concelho de Castro Verde vai ter o privilégio de vêr de perto o "grande circo"
Esta tarde de 31 de Dezembro onde é que podemos assistir ao grande espectáculo?

RALI LISBOA DAKAR 2006

- Passagem da caravana Dakar pelo Baixo Alentejo e pelo Algarve

- Especial da Primeira Etapa: Beja, Aljustrel, Castro Verde, Ourique e Almodôvar.

- Especial da Segunda Etapa: Silves, Almodôvar, Loulé e Alcoutim.

As regiões do Baixo Alentejo e Algarve vão ser palco das especiais das duas etapas portuguesas do Lisboa-Dakar 2006, nos dias 31 de Dezembro e 1 de Janeiro. A especial da primeira etapa, que ligará Lisboa a Portimão, terá como cenário os concelhos de Beja, Aljustrel, Castro Verde, Ourique e Almodôvar.

Silves, Almodôvar, Loulé e Alcoutim são os concelhos por onde a caravana do rali passará na especial da segunda tirada, que ligará a cidade de Portimão a Málaga, em Espanha.

QUANDO
Dias 31 de Dezembro e 1 de Janeiro
DESCRIÇÃO
O Rali Dakar 2006 já não se chama Paris-Dakar por uma simples razão: é que a partida desta gigantesca competição terá lugar em Lisboa e não na Cidade das Luzes. Para os muitos adeptos portugueses desta prova espectacular, trata-se da concretização de um sonho há muito acalentado.

Portugal será, assim, o 24º país a figurar na lista daqueles por onde a prova passou ao longo dos seus 27 anos. As verificações técnicas decorrem na capital, entre 28 e 30 de Dezembro, ficando o “quartel-general” instalado no Centro Cultural de Belém. Dia 31 dar-se-á a grande partida, em plena Praça do Império.

As regiões do Baixo Alentejo e Algarve vão ser palco das especiais das duas etapas portuguesas do Lisboa-Dakar 2006. A ideia da organização foi a de garantir que a competição tivesse início ainda em solo europeu e, para tal, o traçado das duas primeiras etapas, disputadas nos dias 31 de Dezembro e 1 de Janeiro, inclui uma especial de 83 quilómetros no primeiro dia, e outra de 115 no segundo.

A especial da primeira etapa, que ligará Lisboa a Portimão, terá como cenário os concelhos de Beja, Aljustrel, Castro Verde, Ourique e Almodôvar. Silves, Almodôvar, Loulé e Alcoutim são os concelhos por onde a caravana do rali passará na especial da segunda tirada, que ligará a cidade de Portimão a Málaga, em Espanha, onde os participantes embarcarão com destino a Marrocos, palco das três etapas seguintes.

Na primeira etapa, ou seja, sábado, os concorrentes entrarão no concelho de Almodôvar a partir das 10:00, pela zona-espectáculo que estará instalada em Aldeia dos Fernandes.

Esta passagem prolonga-se até cerca das 18:00 e termina nas imediações do Complexo Desportivo em Almodôvar. A EM 515, estrada que liga Corte-Zorrinho e que faz o entroncamento com a EN 593, estará interdita ao trânsito durante todo o dia.

Seguidamente, todos os veículos do Dakar tomarão o acesso da EM 393 rumo a Gomes Aires, onde farão a ligação à A2 para o Algarve

.
Lisboa-Dakar - onde ver a prova (I)
Zonas espectáculo

1ª ETAPA – LISBOA / PORTIMÃO

SS1 – BEJA / ALMODÔVAR

ZE 1 – Aljustrel / Carregueiro (km 12/15)Esta zona espectáculo (ZE), a primeira do Lisboa-Dakar, divide-se em dois sectores. O sector 1, situado do lado direito da EN2 (sentido sul – norte) apresenta, em zona ampla e com boa visibilidade, um percurso sinuoso mas rápido a descer com passagem por buracos antes de entrar num estradão muito rápido. O sector 2, do lado contrário da EN2, junto à estação da CP de Carregueiro, oferece a possibilidade de observar os concorrentes numa zona muito ampla, planície, desde uma antiga e desactivada linha de caminho de ferro que servirá de bancada natural.
Acessos: Situa-se na EN2 entre Aljustrel e Castro Verde, junto à Povoação do Carregueiro.
Horário: 1ª Moto – 9.25h; 1º Auto – 11.30h; 1º Camião – 15.30hZE 2 – Castro Verde / Casével (km 30)

CASTRO VERDE-

Saia na saída 12 da A2 (Ourique) e diriga-se para Castro Verde, onde deve seguir a direcção de Casével. O acesso aconselhado para esta ZE é fácil e deverá ter grande afluência de público, pelo que se optar escolhê-la, tenha atenção às horas, dado que pode encontrar muito tráfego nos cerca de oito quilómetros que separam a saída da AE para a ZE. Aqui não tem grandes hipóteses de optar por outras saídas de AE já que tanto as saídas 11 e 13 estão de ‘serviço’ a outras ZE’s. Ir cedo é o segredo para evitar o trânsito

ZE 2: Entre a saída da A2 para Ourique e a referida vila, junto à povoação de Grandaços; Estrada Municipal de Castro Verde para Casével ou estação de Ourique – Junto à povoação de Casével

Desde o paredão de uma barragem pode observar a evolução dos concorrentes na aproximação a essa barragem e nas suas imediações. Zona de grande visibilidade num local muito bonito.
Acessos: De Castro Verde seguir direcção Casével. Antes da povoação de Casével do lado esquerdo situa-se a ZE. Siga as indicações no local.
Horário: 1ª Moto – 9.35h; 1º Auto – 11.40h; 1º Camião – 15.45h

ZE 3 – Ourique / Ourique (km 51,22

Saia na saída 12 da A2 (Ourique) e diriga-se para Ourique, pelo IP2, e entre no IC1 em direcção ao Algarve. Após a vila de Ourique, vire à esquerda para a Aldeia dos Fernandes, encontrando a ZE pouco depois. O mesmo se aplica em relação à ZE2, já que a saída de AE é a mesma, embora o sentido para o qual se vira seja distinto. Tenha atenção ao tráfego.

ZE 3: Nas imediações do IC1, esta ZE que permite observar os concorrentes num cenário alentejano, com um percurso que se revela rápido mas algo sinuoso, com sobreiros numa excelente área de observação.
Acessos: Da A2, saída de Ourique, seguir direcção Ourique pelo IP2, e entrar no IC1 direcção Algarve. Após a vila de Ourique, à esquerda para a Aldeia dos Fernandes.
Horário: 1ª Moto – 9.50h; 1º Auto – 11.55h; 1º Camião – 16.05h

ZE 4 – Almodôvar / A. Fernandes (km 65)

Tem duas hipóteses, sai na saída 12 (Ourique) dirige-se para Castro Verde e seis quilómetros depois para a N2 direcção Almodôvar, devendo virar para Aldeia dos Neves, povoação que fica à direita, cerca de 10 quilómetros depois de ter entrado na N2. Depois desta aldeia, siga sempre em frente para Aldeia dos Fernandes, encontrando a ZE à saída desta.

ZE4: O percurso do Lisboa – Dakar contorna a Aldeia dos Fernandes seguindo o percurso de uma ribeira ao longo de cerca de 2 km, cruzando-a mesmo duas vezes. A posição elevada da aldeia em relação ao percurso permite uma bancada natural com boas condições.
Acessos: Desde a A2, saída de Almodôvar, quando possível seguir pela esquerda em direcção a Corte Zorrinho, Aldeia dos Fernandes. Junto à povoação siga as indicações. Atenção às estradas condicionadas na região.
Horário: 1ª Moto – 10.00h; 1º Auto – 12.05h; 1º Camião – 16.

o JOÃO MIGUEL, fez anos dia 18 de DEZEMBRO

..
VIVA O JOÃO MIGUEL ...VIVA O 18 DE DEZEMBRO

.
No passado dia 18 de Dezembro foi dia de festa na casa da família Apolónia,em Castro Verde.
Festejou-se o aniversário do pequeno JOÃO MIGUEL.
Dez aninhos fez ele, e houve festa rija para alegria do mano mais novo, o ANDRÈ, que muito vibrou com a festa do JOÂO.
Muitas prendas, muito carinho de todos.
O nosso Blog, especialmente as tias Natércia e Herminia, deseja muitas felicidades ao João, e dá os parabéns também aos pais, ao João Luis e à Maria da Conceição, e claro, também ao André...!!!

quinta-feira, dezembro 29, 2005

DITOS POPULARES da nossa infância

..
REI, RAINHA
.
Rei, rainha
Carlota, Joaquina
Fidalgo, ladrão
Menina bonita
Do meu coração

Rei, capitão
Soldado, ladrão
Menina bonita
Do meu coração

SOLA SAPATO

Sola, sapato,
Rei rainha
Foi ao mar
Buscar sardinha
Para a mulher
Do juiz
Que está presa
Pelo nariz;
Salta a pulga
Na balança
Que vai ter
Até à França,
Os cavalos
A correr
As meninas
A aprender,
Qual será
A mais bonita
Que se vai
Esconder.

quarta-feira, dezembro 28, 2005

A BATALHA DE OURIQUE E SÃO PEDRO DAS CABEÇAS

..


A Batalha de Ourique desenrolou-se nos campos de Ourique, actual SÃO PEDRO DAS CABEÇAS-CASTRO VERDE ) em 25 de Julho 1139. Nela se defrontaram as tropas cristãs, comandadas por D. Afonso Henriques, e as mouras por Ali Ibn Yusuf. emir Almorávida . A vitória cristã foi tamanha que D. Afonso Henriques resolveu autoproclamar-se Rei de Portugal no ano seguinte, sendo totalmente apoiado pelas suas tropas nesse seu acto. Foi travada numa das incursões que os cristãos faziam em terra de mouros para apreenderem gado, escravos e outros despojos. Inesperadamente, um exército mouro saiu-lhes ao encontro e, apesar da inferioridade numérica, os cristãos venceram. Não se sabe quando apareceu a ideia de milagre ligado a esta batalha. Ela foi travada no dia de Santiago, que a lenda popular tinha tornado patrono da luta contra os mouros; um dos nomes populares do santo, era Matamouros. Ourique serve, a partir daí, de argumento político: a intervenção pessoal de Deus era a prova da existência de um Portugal independente por vontade divina e, portanto, eterna.

Anos mais tarde, foi mandada erguer por El-rei D.Sebastião, junto a Castro Verde, em comemoração da vitória contra os mouros, a ERMIDA DE SÃO PEDRO DAS CABEÇAS.
A ermida reflecte uma arquitectura religiosa popular e maneirista. O estilo barroco é visível no campanário e nas pinturas murais. De planta rectangular, possui uma só nave e capela-mor, tendo sido local de peregrinações

segunda-feira, dezembro 26, 2005

imagens do alentejo

..

MONTE NOVO DA RIBEIRA, AO FUNDO O MONTE DO PARDIEIRO

domingo, dezembro 25, 2005

a LINHAÇA

..
Esta matéria sobre a LINHAÇA, é editada
em atenção ao ZÉ BATISTA, entusiasta dos
dos seus efeitos.Todos nós reconhecemos
o empenho de Zé no sentido de nos aler-
tar para os seus miracolosos efeitos tera-
peuticos..

MAS AFINAL O QUE É A LINHAÇA?
.

.
Nome: linhaça.

A semente de linhaça é um poderoso desintoxicante e um alimento.
A linhaça (Linum usitatissimum; Linaceae) é uma planta cultivada principalmente pelo uso de sua semente e de sua fibra, da qual se produz linho.
.
Da semente extrai-se o óleo de linhaça, usado a séculos como verniz. Seu uso como suplemento nutricional tem aumentado devido aos seus teores de ácidos graxos ômega 3.

Mas é na área da saúde que a linhaça nos interessa.

A linhaça contém: glico-proteína (combinação de açúcar com proteína - pequeníssima quantidade de açúcar o que não engorda), ácidos graxos polisaturados, que actuam na
reidratação do intestino, . Não tem contra-indicação, nem engorda.

Uso: duas colheres de sopa da semente pode ser triturada e misturada com suco ou água; ou deixar na água durante a noite e beber de manhã.
.

Contém também: glicérido sólido e líquido, ácido linolêico ou linólico, sais e albuminas. Não contém carboidratos.

Medicinal: em todos os casos de inflamações do estômago e intestinos, nas inflamações dos rins e da bexiga, nos espasmos da bílis e do sistema urinário, nas doenças dos órgãos da respiração é a linhaça extraordinária. Considerada um dos melhores remédios naturais na regularização das funções intestinais, além de seu milagroso efeito sobre a flora intestinal.

Contém também a específica vitamina F, explicando-se assim a resistência contra as doenças da epiderme. Nas pedras do fígado e rins, é mais vantajoso o uso do óleo de linhaça que é de grande valor alimentício, porém como não há no Brasil em forma comestível utiliza-se a semente moída, tendo o cuidado de mantê-la sob refrigeração, a fim de evitar que fique rançosa.

Fortificante e curativo. Encontra-se na linhaça a vitamina K, a qual se diz conter grande valor nutritivo e curativo. A carência desta vitamina faz com que o sangue não coagule com a rapidez normal, possibilitando assim, as hemorragias, bem como, diminuindo o poder de resistência das membranas vasculares.

A linhaça substitui ou se iguala aos cereais e, se necessário, também às nozes, por seu conteúdo natural de albuminas e azeite.

Um recente estudo confirma o poder da linhaça contra tumores. Pesquisadores da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, acabam de provar que pitadas diárias de linhaça evitam o câncer de próstata. "Ela possui lignana, fibras e ácidos graxos ômega 3, uma combinação de substâncias que auxilia na prevenção de células malignas", afirma a bioquímica Maria Elena Bernal, da Universidade de São Paulo. A dose máxima recomendada é de 50 gramas por dia, o equivalente a 1/2 xícara de chá. "É que partículas de cádmio, um metal tóxico, podem vir misturadas às sementes", justifica a especialista. Também é bom ficar de olho na procedência do produto e preferir os embalados.

A linhaça é óptima para acalmar pessoas agressivas pelo stress e faz milagres contra a obesidade.

A linhaça é um auxiliar do glutation; possui o ácido lipóico que é o auxiliar do glutation.

Distúrbios de peso: a linhaça não deixa engordar ou emagrecer além do normal no caso de distúrbios de peso. A exemplo os manequins muito magros além do normal.

Para atacar estes dois efeitos da vida agitada e de alimentação pouco saudável , tomar duas colheres de sopa de linhaça trituradas no liquidificador. Coloca-se água ou suco para adoçar. Todos os dias; tomados em intervalos durante o dia na média de 4x ao dia; essas duas colheres.

Efeitos: melhora considerável da pele que não vai enrugar facilmente, evita a perda de cabelos e para os distúrbios de peso e auxiliar do glutation. Se tomado antes das refeições ajuda a retirar o apetite.

Triture no liquidificador as sementes de linhaça somente na hora em que for usar. Use um cabo de plástico para meger quando necessário durante a trituração.

.
Mas então desde quando e onde se planta a linhaça? .
Não se conhece a data e o local em que o homem utilizou pela primeira vez as fibras flexíveis do linho para confeccionar tecido, nem quando a planta começou a ser cultivada. Desde 2500 anos a.C. o linho era cultivado no Egito, e o Livro de Moisés refere-se à perda de uma colheita de linho como uma “praga” ou desgraça, tal a sua importância na vida das populações. O linho vem também mencionado no Antigo Testamento. As cortinas e o Véu do Tabernáculo e as Vestes de Arão como oficiante eram em “linho fino retorcido”. A túnica de Cristo era de linho sem costuras.

A planta aparece, posteriormente, em certas regiões da Grécia Continental – onde o linho foi igualmente um dos mais importantes têxteis. No território que viria a ser Portugal, o cultivo do linho e a sua utilização têxtil provêm dos tempos pré-históricos. Em certas jazidas da província de Almeria que remontam a 2500 a.C. , encontraram cápsulas de linhaça, e numa “sepultura”, situada numa propriedade particular junto das Caldas de Monchique, no Algarve(Portugal), considerada da 1ª fase do bronze mediterrâneo peninsular, recolheu-se um pequeno farrapo de linho (2500 a.C.). Estes fatos não só provam que o linho era já então cultivado e utilizado mas indicam, pela perfeição do seu fabrico, um longo desenvolvimento anterior.

As Zonas de Plantio
Encontram-se hoje em dia quase exclusivamente na Europa. A Bélgica e os Países Baixos fornecem as melhores qualidades de linho. Qualidades insuperáveis obtêm-se na Bélgica, na região do rio Lys, como o linho Courtai. Países produtores quanto ao volume: França, Polônia, Bélgica, Países Baixos, antiga Checoslováquia (hoje Rep Checa e Eslováquia) e Romênia.


Tipos
Plantam-se três tipos de linho:

Linho de fibras (linho para debulhar), para a obtenção de fibras têxteis;
Da semente, para a obtenção de óleo de linhaça;
Linho de cruzamento, conseguido pelo cruzamento do linho de fibras com óleo foi desenvolvido para dar um rendimento suficiente de fibras e óleo. A fibra, contudo, ainda não satisfaz as esperanças nela depositadas pela indústria.
Para que o feixe de fibras não sofra interrupção, baixando assim o valor da fibra para a fiação, é indispensável cuidar para que o talo não se ramifique. Consegue-se isso mediante a semeadura compacta. Os talos têm uma altura aproximada de 50 a 100 cm; o comprimento mais comum é 80 cm, com ramificação na parte superior... Das flores, de cor azul- claro, desenvolvem-se cápsulas de sementes com cinco lojas ou células. A semente, muito oleosa, chata e arredondada, tem um diâmetro de aproximadamente 2 mm. O interesse principal está na obtenção de óleo de linho. A planta baixa ramifica-se muito, origina mais flores, produzindo assim maior quantidade de sementes de óleo. A extração de fibras é desprezada.

Estrutura da fibra
Entre a casca e o lenho encontra-se a zona de filaça, formada de feixes de filaça. Os feixes consistem num grande número de fibras individuais (fibras elementares ou células de filaça), com comprimento aproximado de 25 mm. As fibras individuais são unidas entre si e com as partes vizinhas da planta pela cola vegetal (pectina).

O linho dá-se bem em climas temperados. A planta dura um ano e é semeada logo no início da primavera. Após o período de crescimento, de aproximadamente cem dias, pode-se começar a colheita.
]
O Cultivo
De uma maneira geral pode-se dizer que a planta dá-se bem em quase todos os climas. No entanto prefere os terrenos silico-argilosos, de solo profundo, de consistências médias, frescas e permeáveis à água. Como a duração do seu ciclo vegetativo é muito curta, a planta deve absorver rapidamente os elementos minerais: os solos frescos e ricos são-lhe altamente convenientes, e nos terrenos pobres os processos de adubação devem ser cuidadosamente aplicados. A colheita é manual, arrancada pela raiz, a fim de se aproveitar todo o comprimento dos caules, formando-se em mancheias (pequenos molhos) com a parte da semente toda para o mesmo lado. Inicia-se quando o talo está amarelo-maduro, isto é, quando o terço inferior do talo ficou amarelo e ele esta perfeitamente redondo por fora. Na maturação total as sementes alcançam plena maturidade.

Neste estado, porém, o talo fornece uma fibra de pouquíssimo valor na fiação. Para o colher, arranca-se do solo o talo juntamente com as raízes. É a colheita do linho. Graças a um trabalho manual são executados pequenos feixes. Hoje já existem máquinas para colher. Obtém-se a secagem e a maturação final das sementes colocando-se os talos, reunidos em feixes, no campo onde formam montes chamados de capelas.

A Ripagem
O linho é depois sujeito a uma operação que se chama ripagem com o objetivo de separar a baganha (película que envolve algumas sementes). Seguidamente é posta a secar ao Sol para serem extraídas as sementes. Com pancadas verticais, faz-se passar por entre os dentes do ripanço (dispositivo para ripar) o topo das plantas. As cápsulas, bem fechadas e rijas, saltam para o chão. Hoje em dia, existem as máquinas ripadoras, fazendo em parte o trabalho.

As cápsulas são postas 4 a 5 dias ao sol, para amadurecerem e, desta forma saírem as sementes (linhaça), que serão guardadas num saco de panolar”, para o ano seguinte.

sexta-feira, dezembro 23, 2005

imagens do alentejo

..

RUA DE CASTRO VERDE

quinta-feira, dezembro 22, 2005

preliminares

..
Um padre aficcionado em ornitologia tinha doze pássaros.
Todos os dias os soltava para que voassem e eles sempre voltavam as suas
gaiolas.
Porém um dia só regressaram onze, e o sacerdote, decidido, perguntou na
missa principal do domingo:
- Quem tem um passarinho?
Todos os homens se levantaram.
-Não, não me expliquei bem. Quem viu um passarinho?
Todas as mulheres se levantaram.
- Não, não! O que quero dizer é quem viu meu passarinho?
Todas as freiras se levantaram.

FREGUESIA DO ROSÁRIO - breve história

..
FREGUESIA DO ROSÁRIO
SUA HISTÓRIA


Situada junto da antiga Estrada Nacional n.º 2 (Chaves-Faro), entre Almodôvar e Castro Verde, a freguesia do Rosário dista da sua sede de concelho cerca de 10 km.
Abrangendo um área de 60,7 km2, engloba um número da ordem de 785 habitantes, sendo composta pelos seguintes lugares: Dos Neves, Monte do Testa e Rosário.
Os primitivos sítios da freguesia eram, segundo Américo Costa, os de: Belver, Do Neves, Graciosa, Monte A. do Neves, Monte A. do Testa, Monte Centeio, Monte da Atabueira, Monte da Cachopa, Monte dos Mendes, Monte do Pardieiro Monte Novo da Ribeira, Monte dos Negões, Monte Figueira,Monte do Testa, Monte Gato, Monte Gordo, Monte Novo, Monte Poço do Lobo, Monte Poço Durão, Monte Velho e Rosário.
Com um povoamento a ascender ao período da cultura megalítica, como o comprova a existência de um esteio de uma anta ou dólmen, situada no lugar de Pedra da Anta da freguesia, Rosário, constitui-se como um ponto muito importante no estudo das raízes da humanidade, dado que, vários arqueólogos, consideram, que a origem do megalitismo no Ocidente, se situa exactamente na zona do Alentejo, na qual Rosário se insere, e ainda na Estremadura.
A padroeira da freguesia, Nossa Senhora do Rosário, de início, sem dúvida, Santa Maria, expressa uma devoção muito antiga, registada no Norte do País ( já do século X, pelo menos), para aqui transportada pelos repovoadores.
Como antiga freguesia de Nossa Senhora do Rosário, no termo de Ourique, foi priorado da Ordem de Sant`Iago, a qual se revelou, sobretudo no tempo de D.Sancho II, de extrema importância para o povoamento da região. Beneficiou do foral concedido à antiga vila de Almodôvar por D. Dinis em 1285, e ainda do foral novo, outorgado por D. Manuel, em 1512, o qual confirmou e ampliou o primeiro foral da dita vila.
Pertenceu ao Bispado e distrito administrativo de Beja e, segundo Pinho Leal, no seu Portugal Antigo e Moderno "O tribunal da mesa de consciência e ordens, apresentava o capellão, curado, que tinha 120 alqueires de trigo, 30 de cevada e
10$000 réis em dinheiro". Em 1839 aparecia enquadrada na comarca de Ourique, em 1852, na de Mértola; em 1874 na de Almodôvar e, em 1878, na de Ourique.
A nível demográfico, a freguesia de Rosário apresentou um considerável crescimento, registado nomeadamente, entre os anos de 1862 e 1940, passando, respectivamente, de um número de 597 para 1140 habitantes.
Em termos económicos, podemos salientar, que entre as suas principais actividades, predominam aquelas que se ligam à exploração agrícola, à olivicultura, à criação de gado, sobretudo, bovino, ovino, caprino e suíno, ao sector industrial, nomeadamente ao fabrico de mobiliário e à panificação, à serralharia, à carpintaria e à construção civil e ainda ao comércio.

letras de modas alentejanas

..
MANJERICO DA JANELA
.
Eu quero-te tanto, tanto
Eu quero-te tanto bem
Tenho-te tanta amizade
Como a tua mãe te tem

Manjerico da janela
Dá-me a mão, quero subir
Eu queria falar com ela
Mas à porta não posso ir
Mas à porta não posso ir
Eu queria falar com ela
Dá-me a mão quero subir
Manjerico da janela

A medronheira no vale
Dá-lhe o vento, abana, abana
Tomara já eu chamar
À tua irmã, minha mana

sexta-feira, dezembro 16, 2005

preliminares

..
Um dia o Alberto João morreu.
Houve uma reunião no Funchal para decidir onde ele seria enterrado.
Um secretário regional sugeriu:
-Deve ser enterrado no Funchal. Afinal, aqui é a sua cidade natal.
Então um bêbado, que não se sabe como entrou na reunião, disse com aquela entoação típica dos bebedos: -No Funchal pode... Só não pode em Jerusalém!!! Como estava bêbado, ninguém ligou para o que ele disse.
Um segundo secretário regional disse:
-Acho que deve ser no Funchal, mas na freguesia de São Pedro onde ele viveu e fez sua carreira política.
O bêbado mais uma vez interveio:
-Em São Pedro pode... Só não pode em Jerusalém!!!
Novamente, ninguém deu ouvidos a ele. Um terceiro secretário regional finalmente sugeriu:
-Funchal não! Deve ser enterrado em Lisboa, pois era Presidente de um Governo Regional e todos os presidentes devem ser enterrados na Capital!
E o bêbado novamente:
-Em Lisboa pode... Só não pode em Jerusalém!!!"
Perderam a paciência com o bêbado:
-Por que é esse medo que o Alberto João seja enterrado em Jerusalém?
E o bêbado respondeu:
-Porque uma vez enterraram um gajo lá, e ele RESSUSCITOU !

quinta-feira, dezembro 15, 2005

localidades do concelho de aljustrel

..
LOCALIDADES DO CONCELHO DE ALJUSTREL

.
Lista completa das localidades ()
Aguentinha do Campo
Aldeia dos Elvas
Aldeia Nova
Aljustrel (Vila)
Azinhal
Bairro de São João
Bela Vista
Bemposta
Bempostinha
Buena Madre
Carregueiro
Cascalho
Caseta
Charnequinha de Baixo
Corta Rabos
Corte Margarida
Corte Margaridinha
Corte Romeira Nova
Corte Romeira Velha
Corte Romeirinho
Corte Vicente Anes
Courelas
Cuchilhas
Curral dos Cavaleiros
Ervidel
Farrobo
Fontainhas
Fonte Coberta
Fródinhos Velhos
Horta da Bispa
Horta da Chainça
Horta da Roldana
Horta de Baixo
Horta de Cima
Horta do Anjo
Horta do Broco
Horta do Cabo
Horta do Coito
Horta do José do Pêgo
Horta do Meio
Horta do Monte Grande
Horta do Monte Pegas
Jungeiros
Ladeiras
Malhada da Mancoca
Malhadas do Monte do Outeiro
Malhanito
Malpique
Manteira
Mau Ladrão
Mealheira Velha
Mealheirinha
Meia Légua
Messejana
Minhota
Minhotinha
Misericórdia
Moinho dos Currais Velhos
Monta da Atafona
Monte Alegre
Monte Alto
Monte Barriga
Monte Boa Ideia
Monte Branco
Monte Coelho
Monte da Amendoeira
Monte da Asseiceira Velha
Monte da Barradinha
Monte da Barradinha Nova
Monte da Barroca
Monte da Bela Vista
Monte da Biguina
Monte da Chaiça
Monte da Chaminé
Monte da Chança
Monte da Charnequinha de Cima
Monte da Criola
Monte da Estrada
Monte da Fonte Coberta
Monte da Gaia
Monte da Granja
Monte da Guarita
Monte da Laranjinha
Monte da Laranjinha Nova
Monte da Laranjinha Velha
Monte da Mal Caiada
Monte da Mudança
Monte da Nobre
Monte da Nossa Senhora
Monte da Pedra Alva
Monte da Ramada
Monte da Rosa
Monte das Assarias
Monte das Casinhas
Monte da Serra
Monte das Figueiras
Monte das Mesas
Monte das Neves
Monte das Pedras Brancas
Monte das Quartelhas
Monte da Torre
Monte da Vinha
Monte de Santo António
Monte de São João
Monte de Vila Cortes
Monte do Álamo de Baixo
Monte do Álamo de Cima
Monte do Álamo do Meio
Monte do Álamo Novo
Monte do Azinhal
Monte do Braz da Gama
Monte do Caetano
Monte do Carregueiro
Monte do Cerro
Monte do Chaparral
Monte do Ganso
Monte do Gavião
Monte do Lapa
Monte do Malhão
Monte do Manuel Revés
Monte do Morgado
Monte do Outeiro
Monte do Pinheiro
Monte do Pomar
Monte do Prazo
Monte do Raposo
Monte do Sabugueiro
Monte do Seixal
Monte do Seixo
Monte do Serrano
Monte do Serrenho
Monte do Serro
Monte dos Escanchados
Monte Dos Godinhos
Monte dos Lanças
Monte dos Nabos de Baixo
Monte dos Nabos de Cima
Monte dos Olivais
Monte dos Outeirões
Monte dos Poços
Monte do Vale de Água
Monte do Vale de Narizes
Monte do Vale Leitão de Baixo
Monte do Vale Leitão de Cima
Monte do Vale Leitão Novo
Monte do Xacafre de Baixo
Monte do Xacafre de Cima
Monte Grande
Monte Muralhas Novo
Monte Novo
Monte Novo de Valverde
Monte Novo do Outeiro
Monte Novo dos Escanchados
Monte Palhas Novo
Monte Pegas
Monte Ruas
Montinho
Montinho da Charnequinha
Ortiga
Parreiras
Peguinho
Perobeco
Porto da Biguina
Porto da Bomba
Porto das Assarias
Porto das Canas
Porto de Beja
Porto de Ferreira
Porto do Bufo
Porto do Cerro Calvo
Porto do Farrobo
Porto do Malhão de Popa
Porto do Monte Coelho
Porto do Montinho
Porto do Seixo
Quinta da Golipa
Quinta da Vinha
Quinta do Vilhena
Refróias
Reguengo
Represas
Revez Novo
Rinfeixe
Rio de Moinhos
São João
São João de Negrilhos
Sesmarias
Sobreira
Sobreirinha
Tijolo
Vale de Água
Vale de Coelheiros
Vale de Saquinhos
Vale do João Vaz de Baixo
Vasa Taleigas
Vila do Rosário

cartazes políticos XVII

..

quarta-feira, dezembro 14, 2005

FEIRA DO PAU ROXO

..
Feira do Pau-Roxo
A Feira do Pau-Roxo (Feira de S. Sebastião) vai ter lugar, uma vez mais, no Rossio do Santo, em Castro Verde, no dia 20 de Janeiro de 2006.



Testemunho vivo do passado e de uma sociedade auto-suficiente, em que o que se produzia na horta servia de moeda de troca.

Consta que o evento está ligado ao culto de S. Sebastião, santo mártir protector das populações portuguesas perante o flagelo da peste.

Manda a tradição que a matança do porco se faça até esta feira. Hoje, o seu nome continua ligado a uma cenoura roxa que ainda ali se vende: o pau-roxo.


Nesta feira, há também árvores de fruto e adereços para brincar ao Entrudo, produtos típicos desta época.

terça-feira, dezembro 13, 2005

preliminares

.
Papá, papá. na escola andam a chamar-me mafioso
-Amanhã mesmo vou lá resolver isso, filho.
-Tá bem papá, mas faça parecer um acidente!!!

sexta-feira, dezembro 09, 2005

cartazes políticos

..


PRESIDENCIAIS
ULTIMA HORA
Cavaco Silva e Mário Soares declinaram o convite para participarem no "Levanta-te e ri !
Um consegue levantar-se mas não ri , o outro ri mas não se consegue levantar!

quinta-feira, dezembro 08, 2005

LOCALIDADES DO CONCELHO DE CASTRO VERDE

..
Depois de termos referido as localidades dos Concelho de Almodôvar, vamos agora divulgar as que se referem ao Concelho de CASTRO VERDE

UMA RUA DA VILA DE CASTRO VERDE
.

Achada
A das Neves da Marinha
A-do-Corvo
A dos Brancos
Aivados
Alcaria do Coelho
Almarginho
Almeirim
Ameixeira
Amêndoeira
Amendoeira Nova
Aviário
Azenha da Albergaria
Beguina
Belver
Bem Parece
Beringelinho
Bernardo
Bicadas
Borrinhachos
Cabeças
Cachamorra
Calcines
Calcinotes
Canal
Cancilheira
Carrascal
Carrinha
Casével
Casinha da Palma
Castro Verde (Vila)
Cavadela
Centeais
Cerca das Almoleias
Cerca da Vunha
Cerca do Castelo
Cerco das Colmeias
Chainça Velha
Chalé das Conquinhas
Chaminé das Cabeças
Charnequinha
Corte Cavaleiros
Cortelhas do Carlos Palma
Corte Ruiva
Costa
Cumeada Nova
Cumeada Velha
Curral da Velha
Curral dos Afilhados
Eiria Nova
Eiria Velha
Entradas
Estação de Ourique
Ferragudo
Figueirinha
Filipeja
Galeguinha Grande
Galeguinha Pequena
Garrochal
Geraldos
Gregórios
Herdade da Espanca
Herdade do Momtinho
Horta da Abitureira
Horta da Alfarrobeira
Horta da Caldeirinha
Horta da Caxia
Horta da Corte
Horta da Figueira
Horta da Lagoa
Horta da Nora
Horta da Ordem
Horta da Pilota
Horta da Prata
Horta da Quintinha
Horta das Amoreiras
Horta das Bicadas
Horta da Silva
Horta das Trancas
Horta da Vinha
Horta de Baixo
Horta de Cima
Horta do Lírio
Horta do Monte Cerro
Horta do Monte Curral
Horta do Monte Novo
Horta do Pego Desviado
Horta do Pinheiro
Horta do Poço Novo
Horta do Reguengo
Horta do Reguenguinho
Horta do Salgueiro
Horta dos Bispos
Horta dos Cajados
Horta do Senhor João
Horta dos Eucaliptos
Horta dos Negrões
Horta dos Peixes
Horta do Surdo
Horta do Torrejão
Horta Grande
Horta Nova
Hortinha
Janelas
Lagoa da Mó
Loizeira
Lombador
Madruga
Malaganito
Malagão
Malhada
Mal Julgado
Mancebos
Marguilho
Mestras
Misericórdia Nova
Misericórdia Velha
Moinho do Salto
Monte Álamo
Monte Branco
Monte Branco da Horta
Monte Branco Novo
Monte Cerro
Monte Curral
Monte da Achada
Monte da Apariça
Monte da Azinheira
Monte da Barrigoa
Monte da Caçoeira
Monte da Caldeireira
Monte da Carvoeira
Monte da Casa Nova
Monte da Casa Velha
Monte da Caxia
Monte da Chada
Monte da Chaminé de Baixo
Monte da Chaminé do Camacho
Monte da Fonte
Monte da Funcheira
Monte da Nobre
Monte da Parreira
Monte da Perdigoa
Monte da Popa
Monte das Almoleias
Monte das Almoleias Novas
Monte das Cabeceiras
Monte das Cuchilhas
Monte das Figueiras
Monte das Fontainhas
Monte das Fontes Barbas Velho
Monte das Moiras
Monte das Nogueiras
Monte das Oliveiras
Monte das Pardelhas
Monte das Pereiras
Monte das Sorraias
Monte de Albergaria
Monte de Montel
Monte de São Pedro
Monte do Benfica
Monte do Botelho
Monte do Castelo
Monte do Cerro Alto
Monte do Deserto Velho
Monte do Garrochal
Monte do Guerreiro
Monte do João Mariano
Monte do Marguilho
Monte do Mendes
Monte do Paraíso
Monte do Poço Largo
Monte dos Almeijões
Monte dos Bispos
Monte dos Desgastes
Monte do Seixo
Monte do Serro
Monte dos Longos
Monte dos Miúdos
Monte dos Montinhos
Monte dos Negreiros
Monte dos Penedos
Monte dos Pereiros
Monte dos Prazeres
Monte dos Touris
Monte do Torrejão
Monte do Vale da Rouça
Monte Fontes Barbas Novo
Monte Freire
Monte Gregórios
Monte Janeiros
Monte Laranjo
Monte Laranjo Novo
Monte Merendeiros
Monte Mourão
Monte Novo
Monte Novo da Amendoinha
Monte Novo da Azinheira
Monte Novo da Caxia
Monte Novo da Cumeada
Monte Novo da Estrada
Monte Novo da Galeguinha
Monte Novo da Horta
Monte Novo da Lagoa
Monte Novo da Ponte
Monte Novo das Almoleias
Monte Novo das Alturas
Monte Novo da Samarra
Monte Novo das Cegonhas
Monte Novo de Santa Bárbara
Monte Novo do Castelo
Monte Novo do Deserto
Monte Novo dos Negreiros
Monte Novo do Visconde
Monte Novo Vale de Mantrasres
Monte Peliteiros
Monte Pestanas
Monte Ronceiro
Monte Rosa
Monte Roxo
Monte Ruivo
Monte Salto
Montes Novos
Monte Tacanho
Monte Vale
Monte Vale das Gretas
Monte Vale Novo
Monte Viseu
Montezes
Montinho do Malhão Louseiro
Montinhos
Namorados
Navarra
Negreiros
Neves da Graça
Outeiro
Outeiro Novo
Pedra Branca
Pego da Ordem
Pereira
Piçarras
Piçarrinha
Pina
Pombeiros
Portela
Quinta
Quinta da Zorra
Reguengo
Reidias
Renalho
Resmoneira
Rolão
Roncanho
Rosa Gorda
Rosa Magra
Sacramento
Santa Bárbara de Padrões
São Marcos da Ataboeira
Sarnica
Seixinho
Serrana
Serro do Lírio
Sete
Soveral
Trancões
Vale da Rosa
Vale da Sarna
Vale das Covas
Vale de Mértola
Vale Gonçalinho
Vale Gonçalo
Várzea da Forca
Verdete
Viseus
Zagala Nova
Zagala Velha
Zambujal
Zambujeira
Zambujeiro
Zibreira

imagens do alentejo

..

.
As casas das ruas de Castro Verde, durante o Festival de SETE SÓIS SETE LUAS, em Setembro, ganharam vida, aparecendo com as suas fachadas decoradas com poemas e images de bom gosto.

segunda-feira, dezembro 05, 2005

preliminares

..
Um garoto de 8 anos queria ter 100 euros e rezou a Deus durante duas semanas, repetindo diariamente o pedido.
Porque nada acontecia, resolveu mandar uma carta ao Todo-Poderoso.
Os CTT colectaram a carta, endereçada a "Deus - Portugal"; e resolveram encaminhá-la para o Ministério das Finanças.
A missiva chegou ao Ministro que ficou muito comovido.
Decidiu satisfazer a criança, mas achando serem 100 euros dinheiro demais para miúdo tão pequeno, mandou-lhe uma nota de 10.
O gaiato recebeu os 10 euros.
Sentou-se à mesa e escreveu a sua carta de agradecimento:
- "Querido Deus:
Muito grato por me haver mandado o dinheiro que lhe pedi.
Notei contudo que fez o envio através do Ministério das Finanças; e como sempre, aqueles filhos da puta, ficaram com 90% do que era meu!

quinta-feira, dezembro 01, 2005

LOCALIDADES DO CONCELHO DE ALMODÔVAR

..
LOCALIDADES DO CONCELHO DE ALMODÔVAR
..

MONTE NOVO DA RIBEIRA
.


Abitureira
Abonada
A-de-Ordem
A-do-Ruas
A-dos-Neves
A-do-Testa
Aipo
Alagoa
Alcaria Alta
Aldeia dos Buracos
Aldeia dos Fernandes
Alfarrobeira
Almargem
Almarjão
Almeijoafra
Almeijoafra de Baixo
Almeijoafra de Cima
Almodôvar (Vila)
Almodôvar Velho
Almoinha
Álvaro Pequeno de Baixo
Álvaro Pequeno de Cima
Amêndoeira
Amêndoeira de Baixo
Amêndoeira de Cima
Amendoeira Nova
Antas de Baixo
Antas de Cima
Antas do Meio
Antas Viegas
Aparícia
Ataboeira
Atalaia
Atalho
Azilheira
Azinhal
Azinheira Amargosa
Azinheirinho
Banazeiro
Barranco de Baixo
Barranco de Belchior Dias
Barranco de Cima
Barranco do Porco
Barrancões
Barranquinho
Barrigão
Beirão
Belmú
Bica
Bicudos
Boa Vista
Boi
Boisão
Brunheira
Cabanas
Cabeça da Zorra
Cabeça de Porco
Cabeças
Cabecinhas
Cabrita
Cabritinha
Cadavagem
Caiada
Cambelas de Baixo
Cambelas de Cima
Cansados
Cantinho da Ribeira
Carapetos
Cardalinho
Carneiro
Caroipa
Carrafichal de Baixo
Carrafichal de Cima
Carrascal
Carriços
Carrusquentas
Carvais de Baixo
Carvalhete
Carvalhos
Carvalhosa
Casa Acima
Casa Branca
Casal Ventoso
Casa Nova
Casa Nova da Horta
Casa Nova do Estaço
Casas Baixas
Casas Novas
Casa Velha da Botelha
Casa Velha da Soalheira
Casa Velha de Baixo
Casa Velha de Cima
Cascalheira
Casinha
Casinha da Horta
Casinha de Medronhais
Casinhas
Castanheiro
Castanhos
Cavacos
Cavaquinhos
Cerca do Gregório
Cerca do Sobral
Cercas
Cerro
Cerro da Ursa
Cerro da Vinha
Cerro de Baixo
Cerro do Corte
Cerro do Curral Branco
Chadinha
Chaminé
Cidadãos de Baixo
Cidadãos de Cima
Compromisso
Corgo da Quina
Corgo do Almarjão
Corte Amarela
Corte Amarelinho
Corte Cabo
Corte das Cruzes
Corte da Velha
Corte de Azinho
Corte de Baixo
Corte de Cima
Corte de Elvas
Corte do Azinheiro
Corte do Freixo
Corte do Gago
Corte dos Touros
Corte Figueira
Corte Figueira dos Coelhos
Corte Formosa
Corte Nova
Corte Pinheiro
Corte Zorrinha
Courela
Cova da Burra
Cruz Alta
Cruzes da Figueira
Cumeadas
Curralão
Curral da Taipa
Curva da Ferradura
Curvatos
Dogueno
Dona Maria
Eira da Cevada
Eira da Corte
Eira do Marco
Eira dos Matos
Eira Velha
Eirinha
Eirinhas
Escalfado
Escondidinho
Escondido
Espogeirinho de Cima
Estrada Velha
Fassalva
Feital
Felizes
Fernambuco
Ferranhão
Ferranhas
Ferreiros
Feteira
Fialho
Figueirinha
Fojo
Fontainhas
Fonte da Galinha
Fonte da Pedra
Fonte Ferrenhas de Baixo
Fonte Ferrenhas de Cima
Fornalha
Forneiros
Foz do Zebro
Fura Matos
Gabriéis de Baixo
Gabriéis de Cima
Gagos de Baixo
Gagos de Cima
Galinha da Velha
Ganhante
Gasparinha
Gavião
Gibraltar
Ginjões
Ginjões de Cima
Gomes Aires
Gonçalo Anes
Guedelhas
Guedelhinhas Novas
Guedelhinhas Velhas
Horta da Carrasqueira
Horta da Fonte Velha
Horta da Nora
Horta da Ordem
Horta das Cadenilhas
Horta das Ferrarias
Horta das Oliveiras
Horta da Várzea
Horta de Palma
Horta do Eucalipto
Horta do Jerónimo
Horta do Ladavaio
Horta do Madraço
Horta do Margulho
Horta do Monte Belo
Horta do Monte Serro
Horta do Montinho
Horta dos Mouros
Horta dos Tanques
Horta do Telheiro
Horta Nova da Parreira
Hortinhas
Laginhas de Baixo
Laginhas de Cima
Lagoa do Soeiro de Baixo
Lagoa do Soeiro de Cima
Lagoa do Soeiro Pobre
Lagoinha
Lavaginho
Lontra
Macheira
Macheirinha
Malhada do Monte Novo
Malhada dos Porcos
Malhanito
Malhão
Malhões
Mal Julgado
Maricota de Cima
Marmeleiro
Marutinha
Marvanito
Marvão
Mau Caminho
Mealho
Medronhais
Medronheira
Meliaga
Mestrinhas
Mina do Cabreiro
Moimentos
Moinho do Malhão
Moinhos de Vento
Moita Redonda de Baixo
Moita Redonda do Meio
Monte Abaixo
Monte Antoa
Monte Arriba
Monte Beato
Monte Belo
Monte Bentes
Monte Bernardos
Monte Bicho
Monte Branco
Monte Branco do Vascão
Monte Brito
Monte Caminho
Monte Canas
Monte Canelas
Monte Canhoto
Monte Ceboleiro
Monte Cerro da Chã
Monte Cerro do Coelho
Monte Clerigo
Monte Cotes
Monte da Abóbada
Monte da A-dos-Grandes
Monte da Aguentinha
Monte da Agulha
Monte da Atafona
Monte da Bandeira
Monte da Boavista
Monte da Cachopa
Monte da Camacha
Monte da Cerca
Monte da Chadinha
Monte da Charrua
Monte da Cruz
Monte da Cumeada
Monte da Estrada
Monte da Fonte da Raiz
Monte da Fonte Nova
Monte da Foz do Carvalho
Monte da Frieza
Monte da Gatoa
Monte da Horta Nova da Chaminé
Monte da Loiçana
Monte da Maruta
Monte da Medronheira
Monte da Oliveira
Monte da Ossadinha
Monte da Pedra
Monte da Pedrinha
Monte da Portela da Fonte
Monte da Renda
Monte da Reveza
Monte da Ribeira
Monte da Ribeira de Mora
Monte da Ribeira de Odelouca
Monte das Bejas
Monte das Casinhas
Monte das Covas
Monte das Cruzes
Monte das Cumeadas
Monte das Figueiras
Monte das Fontainhas
Monte das Góias
Monte das Mestras
Monte das Pereiras
Monte das Soeiras
Monte das Viúvas
Monte da Várzea
Monte da Várzea Grande
Monte da Vinha
Monte da Zorra
Monte de Baixo
Monte de Brancanes
Monte de Cima
Monte de Pedra
Monte de Pipeiros
Monte de São Silvestre
Monte do Algarvio
Monte do Barro
Monte do Castelinho
Monte do Cavaleiro
Monte do Cerqueiro
Monte do Cerro do Negro
Monte do Curral
Monte do Eucalipto
Monte do Forno da Cal
Monte do Gato
Monte do Gilbagão
Monte do Guilherme
Monte do Jogo da Bola
Monte do Lavaginho
Monte do Meio
Monte Domingues
Monte do Pardieiro
Monte do Poço Durão
Monte do Reguengo
Monte do Romba
Monte dos Abegões
Monte do Salgueiro
Monte dos Alhos
Monte dos Arvelos
Monte dos Caçados
Monte dos Corvos
Monte do Serro
Monte dos Gorazes
Monte dos Gusmões
Monte dos Matos
Monte dos Meagos
Monte dos Medronhais
Monte dos Mestres
Monte dos Toucinhos
Monte do Testa
Monte do Vale da Lama
Monte do Vale da Palha
Monte do Vale de Loulé
Monte do Valver
Monte do Zé da Chica
Monte Fernão Dias
Monte Garras
Monte Gato
Monte Gil
Monte Gordo
Monte Guerra de Baixo
Monte Guerra de Cima
Monte Janeiro
Monte João Dias
Monte João Gordo
Monte Lourenço
Monte Martelo
Monte Mausinho
Monte Meio
Monte Mendes
Monte Miguel Guerreiro
Monte Nabo
Monte Neto
Monte Nova da Catarina
Monte Novo
Monte Novo Courela Soalheira
Monte Novo da Amendoeira
Monte Novo da Bezerra
Monte Novo da Cabeça do Gado
Monte Novo da Cascalheira
Monte Novo da Chada
Monte Novo da Corte do Freixo
Monte Novo da Corte Formosa
Monte Novo da Courela
Monte Novo da Courela Soalheira
Monte Novo da Cumeada
Monte Novo da Eira Velha
Monte Novo da Estrada
Monte Novo da Fontainha
Monte Novo da Horta
Monte Novo da Hortinha
Monte Novo da Lagoinha
Monte Novo da Lapa
Monte Novo da Macheira
Monte Novo da Manuela
Monte Novo da Meliaga
Monte Novo da Misericórdia
Monte Novo da Murta
Monte Novo da Nogueira
Monte Novo da Parreira
Monte Novo da Pedra Branca
Monte Novo da Pipa
Monte Novo da Portela das Colmeias
Monte Novo da Ribeira
Monte Novo da Ribeira do Vale
Monte Novo da Rocha de Águeda
Monte Novo das Eirinhas
Monte Novo das Guedelhas
Monte Novo das Oliveiras
Monte Novo das Presas
Monte Novo das Verduras
Monte Novo das Voltinhas
Monte Novo da Várzea Longa
Monte Novo de Brancanes
Monte Novo do Aipo
Monte Novo do Brejo
Monte Novo do Brejo da Cabana
Monte Novo do Calvário
Monte Novo do Canhoto
Monte Novo do Casarão
Monte Novo do Castelinho
Monte Novo do Cerqueiro
Monte Novo do Feital
Monte Novo do Gato
Monte Novo do Guarda
Monte Novo do Meagos
Monte Novo do Meio
Monte Novo do Moinho
Monte Novo do Montinho
Monte Novo do Orlando
Monte Novo do Pardieiro
Monte Novo do Pereiro
Monte Novo do Pomar Velho
Monte Novo dos Currais
Monte Novo do Serro da Mó
Monte Novo dos Ginjões
Monte Novo dos Matos
Monte Novo dos Quarteirões
Monte Novo dos Vales
Monte Novo do Vale da Fome
Monte Parreira
Monte Pereiro
Monte Pires
Monte Porteirinhos
Monte Ramos
Monte Ruivo
Montes
Monte Seixa
Monte Serro
Monte Sobral
Monte Sózinho
Monte Teixeira
Monte Torres
Monte Vale Covo
Monte Velhano
Monte Velho
Monte Xerez
Montinho
Montinho das Antas do Meio
Montinho do Algarvio
Montinho do Carneiro
Montinho do Lobo
Montinho Gomes
Montinho Novo Soalheira Hortinha
Morada Nova
Morgadinho
Mouchão
Muleta
Murta
Murteira
Odelouca
Ossadinha
Pagode
Palheiros
Pampilhais de Baixo
Pampilhais de Cima
Pardieiro
Pasmora
Passos
Pé da Ladeira
Pé de Boi
Pedras Brancas
Pedreiras
Pego da Horta de Baixo
Pego da Horta de Cima
Pego da Horta do Alto
Pego das Éguas
Pegões
Pereira
Pereiras
Pereirinhos
Pereiro
Pero Calças
Pero Guerreiro
Petisqueira
Pexugueiro
Pilarte
Pipa
Pocinhos
Poço do Lobo
Poço Serrano
Pomar de Baixo
Pomar de Cima
Pomar Velho
Portagem
Portela
Portela Baixa
Portela da Arca
Portela da Bica
Portela da Cruz
Portela das Moreias
Portela do Bardo
Portela do Barreiro
Portela do Brejinho
Portela do Moinho
Portela do Valinho
Portelas
Quinta das Amoreiras
Quinta de Monte Reis
Quinta dos Caetanos
Rasquinho
Ribeira
Ribeirinha
Rocha
Rocha da Pena
Ronca
Rosal
Rosário
Saltão
Santa Clara
Santa Clara-a-Nova
Santa Cruz
Santa Susana
São Barnabé
Sardanta
Sarilhos de Baixo
Sarilhos de Cima
Sarilhos do Meio
Sarnadas
Semblana
Semino
Senhora da Graça dos Padrões
Sernadinhas
Serra Morena
Serrinho
Serro do Seixo
Silveirinha
Sinceira Branca
Sinceira Grande
Sinceira Nova
Sinceirinha
Soalheira
Sobrado de Monte Branco
Sobralinho
Tacanho
Taipas
Taipinhas de Baixo
Taipinhas de Cima
Telhada
Telheira
Telheirinha
Tizelas
Tojal
Torrinha
Torrinha Nova
Vale
Vale Bacias
Vale Covo
Vale da Grade
Vale da Rata
Vale da Ursa
Vale da Vinha
Vale de Esfaquinhas
Vale de Estacas
Vale de Ourique de Baixo
Vale de Ourique de Cima
Vale Dianta
Vale do Freixo
Vale do Grou
Vale do Linho
Vale do Ninho
Vale dos Grãos
Vale Travesso
Valinhos
Várzea de Ourigue
Várzea do Corchinho
Várzea do Corcho
Várzea do Senhor Gonçalves
Várzea Redonda
Ventosa
Ventoso
Verduras
Verduras Novas
Vila Bita
Vinha Nova
Vinha Velha
Vista Alegre
Viúvas
Zambujeira
Zebro de Baixo
Zebro de Cima
Zebro do Meio

sexta-feira, novembro 25, 2005

preliminares

.
Tarde da noite, Gerardo cortou caminho por dentro de um cemitério.
Escutou umas batidas.
Seu coração acelerou um pouco, mas ele continuou seu caminho.
Quando as batidas se tornaram mais fortes, Gerardo foi ficando mais assustado.
De repente, encontrou um homem talhando uma lápide.
Aliviado, disse:
- Ufa!... Graças a Deus! Você me pregou um susto e tanto!... O que está fazendo a esta hora por aqui?
- É que escreveram meu nome errado...

quinta-feira, novembro 24, 2005

Lisboa, 1775

..

O mercado da Praça da Figueira, em Lisboa, ao lado do Rossio,
é aberto ao público em 23 de Novembro de 1775.

quarta-feira, novembro 16, 2005

LETRAS DE MODAS ALENTEJANAS

..
CAMPONÊS ALENTEJANO

O pobre trabalhador
Todo o mal consigo tem
Trabalha e não tem valor
No mundo não é ninguém



Camponês alentejano
Camponês agricultor
Tu trabalhas todo o ano
Dás produto ao lavrador
Dás produto ao lavrador
Tua vida é um engano
Nem por isso tens valor
Camponês alentejano



Quem canta seu mal espanta
Quem chora seu mal aumenta
Eu canto para disfarçar
Uma paixão que me apoquenta

poetas e pintores alentejanos

..
..Resistência
Não apenas a música
mas o som
o ruído que envolve
o oculto grito

Não o nome somente
mas vestígio
o timbre recordado de seu
espaço

Não apenas figura
mas silêncio
silhueta ou contorno
na memória


Não o medo ou o azougue
sobre esta carne morta
Mas um vívido traço
ainda que incompleto

Mas singeleza como
um corpo inconformado



Nicolau Saião é o pseudónimo literário/artístico de Francisco Ludovino Cleto Garção, nascido em Monforte do Alentejo no ano de 1946 e residente em Portalegre desde os três anos. Exerceu as profissões de meteorologista, jornalista e escriturário. Actualmente é o funcionário responsável do Centro de Estudos “José Régio” de Portalegre
Participou em mostras de Arte Postal em países como Espanha, França, Itália, Polônia, Brasil, Canadá, Estados Unidos, e Austrália, além de ter exposto individual e colectivamente em lugares como Paris, Lisboa, Porto e Sevilha. Organizou, com Mário Cesariny e Carlos Martins, a exposição “O Fantástico e o Maravilhoso” (1984),
Poeta, pintor, publicista e actor/declamador, concebeu, realizou e apresentou o programa radiofónico “Mapa de Viagens” (Rádio Portalegre), que entrou para o ranking dos programas mais ouvidos das rádios regionais, e onde entrevistou personalidades como: José Bento, António Luís Moita, Rui Mário Gonçalves, Fernando Vendrell, José Manuel Anes, Diniz Machado, José do Carmo Francisco, etc..

Tem colaborado em revistas e jornais literários e artísticos, tais como “Ler”, “Colóquio-Letras”, “Apeadeiro” “Sílex”, “Célula Cinzenta”, “A Cidade”, ”Bicicleta/Mandrágora”, “Bíblia”, “Ciclo Cultural”, ”Jornal de Poetas e Trovadores”, ”Callipole” “Podium”, ”A Xanela”(Betanzos), “Abril em Maio”, “DiVersos” (Bruxelas), “Albatroz” (Paris), “Artes & Artes”, “Mele”(Honolulu), “Ave Azul” , “Espacio/Espaço Escrito”(Badajoz),etc.

Como pintor participou em mostras de Arte Postal em diversos países (Espanha, França, Itália, Polónia, Canadá, Estados Unidos, Austrália, Mali, etc.), além de ter exposto individual e colectivamente em diversas localidades.

sexta-feira, novembro 11, 2005

AS JÓIAS DA TERRA

.
AS JÓIAS DA TERRA
de
JOSE FRANCISCO COLAÇO GUERREIRO

As jóias da terra são os recantos onde os meninos brincam agachados, empurrando carrinhos, imaginando estradas infindas, seguindo com o olhar uma folha levada num regato como se fora uma embarcação num rio caudaloso. São as esquinas, as calçadas que se pisam amiúde e já se lhes adivinha os rebaixos e os encalhos, são os poiais que diariamente se sobem e no verão servem de assento para se apanhar o fresco depois da ceia enquanto se cavaqueia e o calor do dia se vai despegando do corpo.
São as ruas, feitas de mil passos, das gentes que nelas andaram percorrendo a vida, andares todos diferentes que gravamos na retina e depois mais tarde, continuamos a visualizar em cenários de saudade. Ruas caiadas, de barrinhas feitas com craveiro á porta que o povo baptizava com nomes seus, por motivos relevantes, mas que as placas toponímicas chamam agora com a graça deste ou daquele que nunca sequer as pisou mas por ser de fora, por ser figura nacional, passou a ser a nossa direcção.
Jóias da terra são os jardins onde as pessoas descansam e convivem , onde se sentem bem como em casa e por isso fazem entrar nos seus hábitos de lazer. São os largos, cheios de abraços, cumprimentos, falas e afectos, onde se faz uma pausa, se pousa o saco das compras, se dão e recebem novidades. Onde se espraia o sentimento de estarmos num lugar nosso e por isso nos demoramos sem cuidados.
São as vendas e as mercearias, onde se compram só as precisões e ao balcão também se despacham palavras de amizade, embrulhadas em gestos carinhosos de um sentir verdadeiro, se necessário solidário, desprendido da ganância pura dos neons onde não se vende fiado.
Jóias da terra são as rádios locais que manhã cedo nos acordam falando do que temos e daquilo que nos falta, seguem dia fora tocando as músicas de cá, afugentando tanta solidão, dando tanta companhia, e até à deita, persistem elogiando os nossos valores, enaltecendo as nossas obras, fazendo eco dos nossos sonhos.
São os clubes e as associações, as comissões de festas, que engendram maneiras de ocupar, dinamizar, recrear e valorizar as gentes, envolvendo-as, responsabilizando-as, fazendo delas artífices do seu bem estar e não meros consumidores da animação.
Jóias da terra são os poetas populares, os artesãos, os tocadores e os cantadores que ainda inventam brio nesta vida cinzenta para continuarem a levar por diante os testemunhos da tradição.
Gente sem pelouros nem obrigações mas que não regateiam tempo do seu tempo para dar e dedicar às coisas que outros pensam ser já de outro tempo.
Lembramo-nos do Antero que em Amoreiras Gare estrebucha por paixão à terra. Não tem horário nem mau jeito, nem há contrariedade que lhe trave o passo na sua caminhada para fazer valer os trunfos da cultura. Por devoção, todos os dias acende a vela da esperança de ver melhorar o pensamento que agora nos arreda daquilo que é nosso, das nossas raízes e dos nossos costumes.
Pacientemente insiste em não se deixar ofuscar pela modernidade reinante que do passado pretende fazer terra queimada e acredita também que num futuro, não importa quando, os valores culturais locais possam vir a ser uma jóia comum e os nossos meninos já com os olhos despregados da televisão, possam imaginar grandes veleiros ao ver passar uma folha arrastada num regato.

LENDA DO TOURO E A COBRA

..
O que significa a cabeça de touro que aparece no brazão da cidade de Beja?

.
"Muito antes dos lusitanos, o local onde hoje se encontra a nobre cidade de Beja com as suas muralhas romanas, era um pequeno povo que vivia em cabanas cobertas de colmo, que apenas se empregavam no exercício da caça."

A LENDA DIZ QUE:
Todos estes campos ubérrimos de pão que vemos hoje, era um compacto matagal, impossível em alguns pontos de ser penetrado pelo homem. Aí habitava uma serpente monstruosa que tudo matava, tudo triturava. Era horrível preocupação do povo que habitava no local, que mais tarde,no tempo dos romanos se chamariaa Pax-Júlia, .Um dia um habitante da região imaginou um ardil :Envenenar um touro, deitá-lo para onde existia a tal serpente.Aprovada por todos esta ideia, o touro foi envenenado e deitado para o local indicado.

A luta foi tremenda entre as duas feras, acabando o touro por ser mordido pela serpe e sucumbido aos efeitos do veneno. Já mortalmente ferido pelas investidas da serpente monstro e vencido, serviu de repasto à serpente vencedora.Mas... alguns dias depois, a serpente foi encontrada morta ao lado dos restos do touro salvador, e a região libertada .

A explicação oficial é a de que o touro representa a abundâcia de gado na região.

quinta-feira, novembro 10, 2005

novos provérbios

..
«Quem ri por último, é ...retardado!
«Os últimos são sempre..desclassificados!
«Quem o feio ama,...é porque vê mal como tudo!
«Deitar cedo e cedo erguer, dá...um sono do caraças.
«Quem não arrisca, não ..se lixa.
«Filho de peixe...é tão feio como o pai!
«O pior cego é aquele que...se recusa a ter cão.
«Há males que vêm... para piorar.
«Gato escaldado...morre,.. naturalmente!

quarta-feira, novembro 09, 2005

quarta-feira, novembro 02, 2005

A FEIRA DE CASTRO - uma gratidão que não temos

..
FEIRA DE CASTRO – UMA GRATIDÃO QUE NÃO TEMOS
de
JOSÉ FRANCISCO COLAÇO GUERREIRO


Mandavam nestas terras os espanhóis quando por decreto régio a feira se armou em Castro, transferida da desaparecida vila de Padrões, para que com os proventos dos terradegos , se fizessem as obras de necessidade na arruinada igreja dos Remédios.
Nesse tempo Castro era uma terreola, praticamente um cordão de casas baixinhas, de taipa erguidas, unindo num traçado enviesado a dita igreja em ruínas e uma outra , a matriz, que como ela se erguia dando graças aos céus pelo milagre de Ourique acontecido por estas bandas.
Poucos anos antes, em peregrinação mais bélica que religiosa, por ambas tinha passado o senhor rei D. Sebastião que chocado com a pequenez e o estado indigno dos templos face à grandeza do feito cantado, ordenara que obras urgentes se fizessem para os engrandecer e ampliar.
Para passar pelos ditos templos teve o mesmo senhor rei de pernoitar de véspera em Entradas dado que em Castro não havia casa capaz em dimensão nem em cómodo para o receber, já que como dissemos, a vila era então um pequeno e pobre povoado só reconhecido pela importância da batalha que se lhe associava e pela decorrente monumentalidade clerical.
Vencida a peleja judicial com a usurpada vila de Padrões, a feira , ano após ano, foi trazendo mais e mais forasteiros, por ela atraídos, para ela arrebatados desde os confins do imenso sul que durante semanas se enleavam com o mercadejar, com a folia, com a pedinchice, com o cardenho, percorridas léguas e léguas, para cá e para lá, a butes, de besta ou de churrião .
Uma vez no ano, Castro trepava ao cimo das conversas , no antes, no flagrante e no depois da feira, pelas novidades, pelas carestias, pelo deslumbre, pelo que se acareava vendendo, pelo que se trazia empregando as economias amochiladas meses a fio.
De longe vinham caravanas, uma semana antes, acampando aqui e acolá, juntando-se a outros feirantes que vinham de bandas diversas e se já eram conhecidos de Outubros anteriores, folgam em conjunto, repartiam merendas, falavam do tempo, palpitavam negócios, contavam aventuras e depois partiam engrossando o fluxo que de todas as direcções confluía no arraial.
Depressa correu a fama, cedo se juntaram multidões, em pouco tempo de boca em boca passava a missiva, depois mil vezes repetida até ser ponto assente de que não havia feira como a de Castro.
E a vila, pequenina, acanhada e pobre foi-se estendendo, abrindo novas ruas como braços para alojar a feira, a rua dos legumes, a rua das cangas, os quartos dos ourives ou a rua nova da feira que se entrelaçavam e depressa constituíram a malha urbana primeira da vila actual.
Pouco depois, os lavradores dos concelhos vizinhos, muito antes de preferirem Monte Gordo ou Quarteira, começaram a fazer gala em ter uma casa aqui para se aquartelarem enquanto durava o alvoroço. Com as casas de pousada, novas ruas foram surgindo, como a da bela vista, de Ourique, do acampamento ou da aclamação, numa expansão deslumbrante para os nativos e para os visitantes que de ano para ano vinham em maior número.
Castro nasceu com a fé de fora e cresceu com a feira dentro de si. Se a fé se foi perdendo por ser transcendente, a feira alojou-se no habito dos castrenses , na sua identidade, na seu modo de lidar com a vida e com as gentes.
Durante séculos, muitas gerações vibraram, abriram as portas e os corações para receber a feira e os feirantes. Desarmavam-se as camas, juncavam-se os quartos, estendiam-se colchões, para dar guarida ou pernoita a quem de fora vinha e ali ficava de paga ou por amor em graça.
Um mês antes, de casa a casa, faziam-se as caiações, as limpezas profundas, alindava-se quanto podia, e começava-se a falar da feira. Do chove não chove, este ano ainda vai ser maior, o tempo tem vindo mau, o ano passado era um gentio de gente, vamos lá a ver, oxalá que sim, ai vai vai, já por aí andam os marchantes a contratar argolas nas manjedouras para acomodar o gado, fulano e beltrano já tiveram de despender de dois porque não têm água na cisterna à vondo para tanto caldeirão .Todas as conversas batiam no mesmo ponto.
O ar impregnava-se de uma magia estranha e começava a cheirar diferente. Vinham à memória odores antigos guardados na profundidade do ser que antecipavam o ambiente de negócio e festa. Tudo lembrava, o cheiro dos pêros de Monchique, das castanhas assadas, do azedo-doce dos figos secos, da aguardente de medronho, das azeitonas britadas, das mantas de estemenha enzeitadas, do pó e bosta da corredoura, da pólvora seca que rebentava quando a força do braço era bastante para aplicar na marreta, dos sacos das alcagoitas, das frituras, dos cabedais, dos barros de cantareira e mais ainda o que exalava dos pífaros e dos apitos de olaria de pintura fresca e colorida que obrigatoriamente se aproximavam do nariz para se poderem tocar.
Como estas lembranças apareciam, vinham também naturalmente os ciganos,e os mendigos exibindo os maiores erros da natureza e que por via dos seus aleijões tanto comoviam os adultos como acagaçavam as crianças.
Depois deles, chegavam as carroças dos vendedores de barro, cheiinhas de palha até aos taipais. Buscavam o seu sitio,desprendiam a mula, e com muito jeito baixavam os varais até ao chão. Um subia para cima da carrada , enterrava o braço no palhuço e tacteando desenterrava ora uma enfusa, um mealheiro, um alguidar, um fogareiro, que entregava às mãos estendidas da mulher que o ajudava na descarga. Eram também dos últimos a abalar juntamente com os das empreitas.
Durante uma semana, vendia-se de tudo, mais o necessário do que o supérfluo, plicos, samarras, safões, botas, chapéus, gorros e toda a farpela, mantas, cajados, bordões, escadas e varejas, arcas, mesas e tabuleiros, loiças, trempes, triângulos, tenazes e canudos, capachos, empreitas., gorpelhas, cangas e canzis, cabrestadas e molins, arreatas e barrigueiras, bicos de charrua e aivecas, machados, alferces, picaretas e barrenas.
Nas barracas dos comes, dias a fio, não despegava o cante. Cantava-se a moda, mas o mais era o despique. Reteniam as violas campaniças que mestres afamados , faziam tanger em noites sem fim sustentando as vozes que se desafiavam em cantigas que rodavam razões e poesia.
Destes tempos ficou a fama e também deveria ter ficado, mas já não perdura, uma grande gratidão de Castro pela feira, um sentimento de que sem ela não teríamos deixado de ser um pequeno povoado, praticamente um cordão de casas baixinhas, de taipa erguidas, unindo num traçado enviesado duas igrejas levantadas à conta de uma fé perdida.

terça-feira, novembro 01, 2005

dia de todos os santos

..

.
DIA DE TODOS OS SANTOS
.
São Pedro pôs no Diário
Que lhe tinham roubado um galo
Deu com as chaves em S. Paulo
Por causa de São Macário
Os santos do Breviário
Quando fizeram a bulha armada
Fizeram uma embaixada
Trataram de se esconder
Foi quando ouviram dizer
Que S. João deu uma facada.
:
Estava lá Santo Agostinho
Estava todo escamado
Que já lhe tinham roubado
Uma garrafa de vinho
Vem dali o S. Martinho
Cala-te que eu sei bem quem é
Podes perder-lhe a fé
Que não a tornas mais a ver
Já a foram beber
A casa de S. Tomé.
:

Previsões para NOVEMBRO

..

.
Previsão agrícola

Cava fundo em Novembro, para plantares em Janeiro.
Pelo S. Martinho semeia o teu cebolinho.
Por S. Martinho, nem favas nem vinho.
Se queres pasmar o teu vizinho, lavra sacha e esterca pelo S. Martinho.
Por S. Martinho semeia fava e linho.
:
Chuva:
:
De Todos os Santos ao Advento, nem muita chuva nem muito vento.
Dos Santos ao Natal é bom chover e melhor nevar.
Por Santo André todo o dia noite é.
Em Novembro, chuva, frio e sol; e deixa o resto.
Se o Inverno não erra caminho, tê-lo-eis pelo S. Martinho.
:
Vinho:
:
Dia de S. Martinho, lume, castanhas e vinho.
No dia de S. Martinho, fura o teu pipinho.
No dia de S. Martinho, mata o teu porco e bebe o teu vinho.
No dia de Santo André diz o porco «quié-quié»
No dia de Santo André quem não tem porco mata a mulher.
Pelo S. Martinho, nem nado nem no cabacinho.
Pelo S. Martinho prova o teu vinho; ao cabo de um ano já te não faz dano.
Por S. Martinho todo o mosto é bom vinho.

preliminares

..
ALERTA À POPULAÇÃO:

DEVIDO AO PROVÁVEL SURTO DE GRIPE DAS AVES, AVISA-SE A POPULAÇÃO DE QUE SE DEVEM DEITAR O MAIS TARDE POSSIVEL.
NUNCA, MAS MESMO NUNCA SE DEITEM COM AS GALINHAS !!!!!!

quarta-feira, outubro 26, 2005

poema O FALAR ALENTEJANO

..
O FALAR ALENTEJANO

M'nina que tá à j'nela
Regand'o lind'cravêro
Ó há-de ser para mim
Ó p'ró mê rico pracêro.

Ê nã sô p'ra vocêi
Nê p'ró sê rico pracêro
Que me tá mê pai criendo
P'ró más lind' sapatêro.

Ó m'enina ê sô sapatêro
Hê-d'ir p'rá sapataria
Hê-d'le fazer uns sapatos
Cá maior galantaria.

Ê nã quer'os sês sapatos
Dê-os lá a quê qu'séra
Qu'o marot' que tal diz
Nã mereec' uma mulhéra.

Entes ê qu'ria ser carnêro
Enxertado na raiz
Ê nã qu'ria ser marido
Da magana que tal diz.

Entes ê qu´ria ser porco
Que fossasse num velado
Ê nã qu'ria ser ispôsa
Dum tã frac' namorado.

cartazes políticos III

..

terça-feira, outubro 25, 2005

sexta-feira, outubro 21, 2005

LETRAS DE MODAS ALENTEJANAS

..
MEU ALENTEJO QUERIDO

Fiz uma cova na areia
Para enterrar minha mágoa
Entrou por ela o mar todo
Não encheu a cova de água

Meu Alentejo querido
Cheio de sol e calor
És meu torrão preferido
Meu Baixo Alentejo
És para nós encantador
És para nós encantador
Embora vivas esquecido
Cheio de sol e calor
Meu Baixo Alentejo
Meu Alentejo querido

quarta-feira, outubro 19, 2005

sexta-feira, outubro 14, 2005

autores populares alentejanos

..
MANUEL LOÊNDRERO
.

.
o nosso blog REVELA HOJE UM AUTOR POPULAR ALENTEJANO
.
O Blé ou o Blezinho é o nome popular que no Alentejo é usado para designar todos os que são MANUEL ou Manel e portanto os Manéis do Alentejo... O Manel Loendrêro é um autor desconhecido, que na dédcada de 80, publicava as suas MEMÓRIAS, num Jornal, de Moura, "A PLANÍCIE.
É dele esta delicioca crónica:

"Vinha ê uma vez pá vila a cavalo no burro pa fazê o avio, condo óvi atrás de mim um altemoven de esgalha bordão por a estrada adiente.

Passô por mim ca força toda... Tamein si nã passassi más valia uma botas e condo começô a subiri a barrêra do ôto lado da estrada, dê um estralo e começô às panderêtas até que se parô. “olhó! - pensi eu - já está escangalhado”. Fui lá ó pei pa vê o que tinha acontecido. Tava o home arroda de um pineu. Pergunti-lhe donde ele era e disse quera de Lisboa.

Pá, tá tudo dito - pensi eu. Vinha-me imbora condo o vi priparado pa mudá o pineu mas volti pa trás, porque vi o baboso, que nã tinha gêto ninhum páquilo.

Dexi-me do burro, desviio e comeci a mudar a roda, mas vi logo caquilo nã era só do pineu. Espoji-me no chão e espreti pa debaxo do carro pa vê o qué caquela moenga tinha e vi o enxo e a jente, tudo entrotado.

Condo ia a livantar-me vi o home mexendo num ninho d’abêsperas.

- Que bichos são estes? - preguntou eli.

- Nã mexa nisso! Nã as trilhe! - Griti-lhe eu. Tá bem dexa!

Foi mêmo o quele foi fazeri. As abêsperas alivantaram voio e hôve uma que le deu uma nicada nos bêços cu fez dar um berro, ôtra foi-se ó burro. O burro assim cas viu zunindo de roda das orelhas, escarampatô-se e esgalhô fugindo por a chapada árriba. Ê rasgui fugindo atrás deli pó apanhari. Daí a podaço condo volti todo esbrazeado, tava o ôtro cum lenço nos bêços quêxando-se.

- Vocei é mesmo enchaparrado - disse-le. - Atã vocei na sabe que na se pode mexeri num ninho d’asbesperas? E vá lá teve sorti...

Ati o burro a uma arve e fui veri so home tinha os beços munto anchados. Hei mãe! Tava cumas beiçoletas que pareciom o bebrum dum penico! Atão o bocana nã queria pôr pomada naquilo?! Lá o convenci a pori lama nos bêços porque pá picada na há melhori. Condo estava cos beços enlameados, disse-le cu melhor era vir cumigo à vila à busca dum mecânico. Montô-se, em cima do burro e lá fomos. O engraçado é que condo chigámos e me desmonti, olhi pa trás e ele nã estava lá. Devi ter escorregado da albarda, porque eles sabem andari de cu tremido, mas de burro, anda cá se queres... Já no volti pa trás, porque tinha de fazê o avio à minha Bia e despois fechavam as lojas. Tóoouuu!


M.L.

sexta-feira, outubro 07, 2005

domingo, outubro 02, 2005

letras de modas alentejanas

..
COMADRE MARIA FRANCISCA


Quem me dera, dera, dera
Estar sempre a dar a dar
Beijinhos ao desafio
Abraços sem descansar

Comadre Maria Francisca
Você diz que dá, que dá
Uma manta retalheira
Daquelas que usam lá
Daquelas que usam lá
Usam lá para Lisboa
Comadre Maria Francisca
Ai, ai, que mulher tão boa
Ai, ai, que mulher tão boa
Ai, ai, que mulher tão má
Comadre Maria Francisca
Você diz que dá, que dá
Você diz que dá, que dá
Você diz que dá, que deu
Comadre Maria Francisca
Quem manda nela sou seu
Quem manda nela sou eu
Quem manda nela, ah, ah
Comadre Maria Francisca
Você diz que dá, que dá

Daqui para a minha terra
Tudo é caminho e chão
Tudo são cravos e rosas
Dispostas por minha mão

sábado, outubro 01, 2005

previsoes para outubro

.


Previsão agrícola:
:
No São Simão, fava no chão.
Em Outubro, centeio rubro.
Outubro chuvoso, faz o lavrador venturoso.
Outubro seca tudo.
Por Santa Ireia pega nos bois e semeia.
Por São Lucas sabem as uvas.
Quando o Outubro for erveiro guarda para Março o palheiro.
:
Animais:
:
Com a vinha, em Outubro, come a cabra, engorda o boi e ganha o dono.
:
Calor:
:
Outubro quente traz o diabo no ventre.
Outrubro suão, negaças de Verão.
:
Pesca:
:
Andar, marinheiro, andar, não te apanhe São Simão no mar.
Outubro, Novembro e Dezembro, não busques o pão no mar, mas torna a teu celeiro e abre o teu mealheiro.
:
Trabalho:
:
Outubro recolhe tudo.
Por São Francisco semeia teu trigo; e a velha que o dizia semeado o tinha.
Quem planta no Outono leva um ano de abono.
Vindima em Outubro, que São Martinho to dirá.
Com a vinha, em Outubro, come a cabra, engorda o boi e ganha o dono.
Por São Lucas mata teus porcos e tapa tuas cubas.

sexta-feira, setembro 30, 2005

poetas e poemas do alentejo

..

.
Poeta português, natural do Alvito. Foi colaborador das revistas Távola Redonda e Árvore e Cadernos de Poesia, que, na década de 50, conglomeravam de forma irregular, mas activa, poetas de várias sensibilidades.

Raul de Carvalho

Nascimento: 1920/09/04 Alvito, Baixo Alentejo
Morte: 1984/09/03 Porto
País: Portugal


A obra deste poeta, onde se encontram evocações da sua infância alentejana, revela a sua ligação ao neo-realismo. A fidelidade ao humano e o estilo enumerativo e anafórico são marcas da sua poesia.
Os seus títulos englobam As Sombras e as Vozes (1949), Poesia, (1955), Mesa de Solidão (1955), Parágrafos (1956), Versos - Poesia II (1958), A Aliança (1958), Talvez Infância (1968), Realidade Branca (1968), Tautologias (1968), Poemas Inactuais (1971), Duplo Olhar (1978), Um e o Mesmo Livro (1984) e Obras de Raul de Carvalho — I — Obra Publicada em Livro (editada postumamente em 1993).
Recebeu, em 1956, o Prémio Simón Bolívar, do concurso internacional de poesia realizado em Siena, Itália
.
Perdão

I

Regresso à minha terra; andei perdido...
Chamem-me réprobo, ignaro, o que quiserem...
Sou como o pássaro que, depois de ferido,
Que Deus lhe dê a campa que lhe derem...

Não olho altares, não rezo, não ajoelho,
Mas em minha alma a comoção dorida
De quem volta de longe, de bem longe...,
E encontra à sua espera toda a sua vida...

Ouço as primeiras falas que empreguei,
Vejo as primeiras luzes que enxerguei,
Amo as primeiras coisas que dei
O amor que Deus pôs em quanto amei...

E trago tudo junto, aqui, no peito
Neste albergue de vozes, gentes, passos,
Lúgubre às vezes, soalhento às vezes,
E tanto, tanto meu, que lhe criei o gosto

Verdadeiro de quem ama e já não chora
Porque o chorar passou... a despedida
Melhor que um poeta pode dar à Vida
É despedir-se dela num sorriso:

Talvez num beijo... Talvez numa criança
Que o mundo, ao largo mundo vem mandada
Por seus pais que a criaram, sua terra que a viu
Quando ela foi por Deus nada e criada...

Agora temos tempo de fartura
(Quer faça sol ou vento, ou entristeça
A minha mente, e a minha voz se esqueça...)
De ir cantando de novo, à aventura...

À aventura dos limos e das seivas,
Das secas e dos montes, dos moinhos,
Dos pais que não se fartam de sentir
A dor sublime de ver crescer os filhos...

Terra de alqueives, ou monda, ou de pousio,
Terra de largos trigueirais ao sol,
— Quem vos mandou contaminar-me,
E para sempre, do vosso resplendor?...

Poalha luminosa, mas agreste;
Folha de zinco em brasa; imensidão;
A toda a volta — Tanto em vós como em mim —
Implantou Deus a solidão.

Solidão! de hastes curvas no silêncio
Que dá a volta inteira à terra inteira,
Solidão que eu invoco como se
Vos conhecesse pela primeira vez!...

Subo os degraus a medo; páro e ouço...
O que ouço eu? a voz dos sinos? minha mãe?
É com palavras simples e em segredo
Que eu beijo a terra onde nasci também,

Bernardim, Florbela, meu louco e bom Fialho,
Meus irmãos de pobreza, e solidão, e amor preso,
Aqui vos trago o que hoje tenho: Um coração
Sofredor como o vosso, e como o vosso ileso!

Ó planície de alma! ó vento sem ser vento!
Ó ásperas vertentes ao nascente;
Ó fontes que estais secas, ó passeios
Da minha mágoa adolescente...

Como eu vos quero ainda! como eu sinto
Que tudo o mais é tédio e é traição...
Pode-se amar tudo na Vida, mas
Nunca se pode trair o coração.

Dele nos vem, mais tarde a confiança.
Do coração nos sobe, um certo dia,
Uma satisfação que já não pode
Sequer chamar-se-lhe alegria.

E todavia tanta... A de sabermos
Que ainda em nós se ergue e não distrai
A casa da esquina onde nascemos...
A torre que dá horas e não cai...

II

Peço perdão a Deus de ter voltado
Mais pobre e mais feliz: mais perdoado!

III

Voltei à minha terra; aqui faz sol!

quinta-feira, setembro 29, 2005

a nossa galeria

..

MERENDA
ACRÍLICO SOBRE TELA
de
EUNICE ROSADO

quarta-feira, setembro 28, 2005

sexta-feira, setembro 23, 2005

imagens do alentejo - PIAS

..

ainda as tabernas de castro verde

..
.
EM CASTRO VERDE está patente ao público uma mostra fotográfica
sobre as tabernas da vila.


Exposição alusiva às tabernas de Castro Verde
Desde a Planície Mediterrânica que as paredes da Taberna do João das Cabeças sustentam doze fotografias, da autoria de Rui Pedro Tremoceiro.

As fotografias também disponíveis numa colecção de postais, reflectem pormenores e gestos associados às várias tabernas do concelho.

A exposição pode ser visitada até à Feira de Castro, que acontece no terceiro fim-de-semana de Outubro.

quinta-feira, setembro 22, 2005

preliminares

..
Em um determinado país foi criado um programa de incentivo à natalidade,pois o número de habitantes estava caindo e a proporção de idosos
crescia assustadoramente.
Necessitando de mão-de-obra, o governo decretou uma lei que obrigava os casais a terem um certo número de filhos. Previa também uma tolerância de cinco anos após o casamento, no fim dos quais, o casal deveria ter pelo menos um pimpolho.
Aos casais que no fim do prazo não conseguissem ter um filho, o governo destacaria um agente auxiliar para que a criança fosse gerada.
Neste cenário se deu o seguinte diálogo entre um Casal:
MULHER: Querido, completamos hoje 5 anos de casamento!
MARIDO: É... e infelizmente não tivemos nenhum filho.
MULHER: Será que eles vão mandar o tal agente?
MARIDO: Não sei... talvez mandem.
MULHER: E se ele vier?
MARIDO: Bem, eu não posso fazer nada.
MULHER: E eu, menos ainda...
MARIDO: Vou sair, já estou atrasado para o trabalho.
Logo após a saída do MARIDO, bateram à porta.
A MULHER abriu e encontrou um HOMEM de boa aparência à espera.
Tratava-se de um fotógrafo que saiu para atender um chamado de uma família que queria fotografar sua criança recém-nascida, mas que por um
engano, errara o endereço procurado e o diálogo se seguiu:
HOMEM: Bom dia! Eu sou...
MULHER: Ah, já sei! Pode entrar.
HOMEM: Obrigado. Seu esposo está em casa?
MULHER: Não. Ele foi trabalhar.
HOMEM: Presumo que esteja a par.
MULHER: Sim, ele já está sabendo de tudo. Eu também concordo.
HOMEM: Ótimo. Então vamos começar.
MULHER: Mas já? Tão rápido...
HOMEM: Preciso ser breve, pois tenho ainda 16 casas para visitar.
MULHER: Minha nossa! O senhor agüenta?
HOMEM: O segredo é que eu gosto do meu trabalho, me dá muito prazer!
MULHER: Então vamos começar. Como faremos?
HOMEM: Permita-me sugerir: uma no quarto, duas no tapete, duas no sofá.
MULHER: Serão necessárias tantas? HOMEM: Bem, talvez possamos acertar na mosca já na primeira tentativa.
MULHER: O senhor já visitou alguma casa neste bairro?
HOMEM: Não, mas tenho comigo algumas amostras do meu trabalho mostrou algumas fotos de crianças). Não são lindas??
MULHER: Como são belos estes bebês! Foi o senhor mesmo quem fez?
HOMEM: Sim. Veja esta aqui, por exemplo, foi conseguida na porta do supermercado.
MULHER: Que horror! O senhor não acha muito público?
HOMEM: Sim, mas a mãe queria muita publicidade.
MULHER: Eu não teria coragem!!!
HOMEM: Esta aqui foi em cima do ônibus.
MULHER: Cacilda!!!
HOMEM: Foi um dos serviços mais difíceis que já fiz.
MULHER: Claro, eu imagino!
HOMEM: Esta foi feita no inverno, em um parque de diversões.
MULHER: Credo! Como o senhor conseguiu? Não sentiu frio?
HOMEM: Não foi fácil! Como se não bastasse a neve caindo, tinha uma multidão em volta. Quase não consegui acabar.
MULHER: Ainda bem que sou discreta, e não quero ninguém nos olhando.
HOMEM: Ótimo, eu também prefiro assim. Agora, se me dá licença, eu preciso armar o tripé.
MULHER: Tripé?!!!
HOMEM: Sim madame, pois o negócio, além de pesado, depois de armado mede quase um metro.
A MULHER desmaiou.........

quarta-feira, setembro 07, 2005

cozinha alentejana

..
MIGAS À ALENTEJANA
.
As migas à alentejana constituem um dos mais conhecidos pratos da gastronomia do Alentejo. Tal como as açordas e outros pratos desta região portuguesa, o ingrediente de base é o pão, produto tradicional do Alentejo (antes chamado de "celeiro" de Portugal, devido à produção de cereais ). A carne utilizada é a de porco, outro produto regional com grandes tradições.

O pão a utilizar deve ter as características do pão tradicional alentejano - muito do pão comercializado noutros lugares, demasiado fofo e friável, poderá dar mau resultado.

Ingredientes
Pão (cerca de 150 gramas por pessoa), caseiro, tipo alentejano, de preferência.
Alho a gosto
Massa de pimentão a gosto (algumas colheres)
sal a gosto
Carne de porco (entrecosto, lombo) - de preferência com alguma gordura, para poder fritar com a própria gordura (é aconselhável a utilzação de pedaços de toucinho)
água a ferver (apenas o suficiente para amaciar o pão e formar uma pasta não muito húmida)

Confecção
Os pedaços de carne de porco devem ser barrados com a massa de pimentão e alho, ficando assim durante algum tempo, um dia de preferência, tal como se fazia na ocasião de temperar a carne para os enchidos. O alho deve ser pisado juntamente com algum sal num almofariz (no Alentejo chamam-lhe "graal").

A primeira coisa a fazer com a carne é fritá-la. O objectivo não é, unicamente, cozinhar a carne mas, sim, obter o pingo ou gordura que é, desta forma, produzido. Ainda que se possam utilizar muitos tipos de recipientes, a tigela-de-fogo (recipiente de barro vidrado, estreito na base e largo em cima) é a que é tradicionalmente utilizada. Note-se que muitos dos recipientes de barro vidrado que se compram não podem ir ao lume. Convém informar-se sobre qual a cerâmica mais adequada a esta operação. Para que o pingo não fique cheio de pedaços de carne carbonizada, deve-se vigiar com atenção a forma como a carne frita. Para isso, pode ir borrifando com água, sempre que verificar que há tendência a queimar. Vai-se retirando a carne à medida que esta vai ficando devidamente cozinhada, ao seu gosto (alourada fica bem).

O pingo é retirado da tigela-de-fogo e convém ser coado (passar por uma rede, de forma a separar os resíduos).

O pão é cortado em fatias e colocado dentro da mesma tigela de onde se retirou o pingo e é amassado imediatamente com água a ferver. A colher-de-pau é o utensílio preferido por muitos cozinheiros (tradicionalmente) para este género de operação.

Em seguida, vai-se deitando o pingo que foi reservado, de forma a ligar-se ao pão e temperá-lo. Deve-se ter cuidado para não exagerar - caso contrário, ficam com demasiada gordura. Entretanto, vai-se rodando a massa até formar um bola - é o que se chama "enrolar as migas". Faz-se isto até as migas ficarem com uma crosta dourada (sem queimar). Servem-se acompanhadas da carne frita.

domingo, setembro 04, 2005

TENORES DI BITTI e RICARDO TESI

..
São alguns dos que vão estar no Festival de Castro Verde
.
Castro Verde recebe uma das mais curiosas produções deste verão: três espectáculos especialmente criados para o "Planície Mediterrânica", que reúnem no mesmo palco artistas como Rão Kyao e Ricardo Tesi ou o guitarrista Marco Reis e os marroquinos Nour Eddini e Jamal Ouassini.

São três produções musicais especialmente criadas para o Festival "Planície Mediterrânica" (integrado no Festival Sete Sóis Sete Luas). O compositor e flautista Rão Kyao lidera uma, com a cantora de flamenco Argentina, o coro de Vila Nova de Milfontes e o acordeonista italiano Ricardo Tesi.

Uma outra reúne o guitarrista de flamenco José Luis Rodriguez, o também guitarrista português Marco Reis e os músicos marroquinos Nour Eddini e Jamal Ouassini. Na terceira, dirigida pelo compositor italiano Luigi Cinque, participam o coro Ganhões de Castro Verde e os valencianos Mara Aranda (cantora de flamenco), Efrén López (orquestrador) e El Choro (bailarino).

Este ano o festival aborda a temática "O Sabor do Tempo e do Vinho", homenageando as tabernas do concelho e os gestos que lhe estão associados.

O festival conta ainda com Bailes de Danças Tradicionais com os Monte Lunai (dia 9) e os italianos Rosapaeda (dia 10). As Oficinas de dança ficam a cargo da professora Mercedes Prieto.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


10 Setembro - Castro Verde
TENORES DI BITTI

Os Tenores de Bitti surgiram em 1974. Bitti è a sua cidade, situada perto de Nuoro na ilha da Sardenha. O grupo è muito activo na pesquisa das tradições culturais locais e, em especial, do canto "a tenores". Conseguiram valiosos reconhecimento seja pela melodia do seu canto que pela preservação e respeito da tradição mais genuina e autentica. Recentemente, na Inglaterra os "Tenores" gravaram o seu último CD na prestigiada casa discográfica "Real World" de Peter Gabriel.

10 Setembro - Castro Verde
RICARDO TESI

Rccardo Tesi é um dos mais destacados expoentes da investigação do folclore europeu. Em Œ78 descobre o acordeão diatónico e decide estudá-lo com a ajuda de músicos tradicionais. Aprendeu portanto diferente estilos e técnicas de execução existentes na Itália: do "saltarello" do centro à "tarantella" do sul, ao "ballo tondo" da Sardenha. Com esta banda propõe uma música que sintetiza linguagens diferentes: além da música tradicional italiana, o jazz, o rock, o baile de salão, a canção...

sábado, setembro 03, 2005

CASTRO VERDE de novo em festa

..
CASTRO VERDE DE NOVO EM FESTA
..
Já aqui reproduzimos o cartaz a anunciar o "FESTIVAL SETE SÓIS SETE LUAS" em Castro Verde.
Hoje aqui deixamos em síntese o programa:
Abertura da Exposição de Fotografia e Apresentação do Catálogo (08-09-2005)
"O Sabor do Tempo e do Vinho"

Fotografias de Fausto G...

Rão Kyao, Argentina, Ricardo Tesi e Ganhões de Castro Verde (08-09-2005)
“As Terras do Vinho, do Azeite e do Trigo”.

Rão Kyao...

Workshop de Danças de Tradição (09-09-2005)
À semelhança de outras culturas, também as danças tradiciona...

Apresentação do Livro - "A Abetarda" de Pedro Rocha (09-09-2005)
* Iniciativa desenvolvida no âmbito da Planície Mediterrânic...

Luigi Cinque & El Choro, Ganhões, Mara Aranda, Efrén Lopez (09-09-2005)
Luigi Cinque, famoso compositor italiano, maestro das fusões...

Baile de Danças de Tradição - Monte Lunai (09-09-2005)
Monte Lunai transporta-nos para a época medieval e para as d...

Workshop de Cante Alentejano (10-09-2005)
Esta actividade será dinamizada por um grupo coral do concel...

Feira da Terra (10-09-2005)
Neste espaço vendem-se hortaliças, mel, doces tradicionais, ...

Workshop de Acordeão (10-09-2005)

Workshop dinamizado por Ricardo Tesi
...

Grupo Coral "As Papoilas do Corvo" (10-09-2005)
Animação de Fim de Tarde...

Tenores di Biti (10-09-2005)
Os Tenores Di Biti surgiram em 1974. Biti é a sua cidade, si...

Ricardo Tesi & Banditaliana (10-09-2005)
Compositor, instrumentista, investigador. São estas as almas...

Workshop de Dança (10-09-2005)
* iniciativa desenvolvida no âmbito da Planície Mediterrânic...

Visita à Herdade da Malhadinha (11-09-2005)
Inscrições limitadas/ Posto de Turismo (286 328 148)

...

Visita ao Núcleo Urbano de Castro Verde (11-09-2005)
Inscrições limitadas/ Posto de Turismo (286 328 148)...

Workshop de Modas Campaniças (11-09-2005)
* iniciativa desenvolvida no âmbito da Planície Mediterrânic...

Roteiro das Tabernas (11-09-2005)
João das Cabeças – 16h00 – Apresentação de Colecção de Posta...

IGUARIAS DO ALENTEJO

..
iguarias do alentejo
..
Na taberna do JOÃO DAS CABEÇAS, em Castro Verde, a especialidade é :
Cabeças de borrego assadas no forno
.
Como se faz?

2 cabeças de borrego
6 dentes de alho
louro
banha
vinho branco
sal

Depois de cuidadosamente limpas e cortadas as extremidades das narinas, barre as cabeças inteiras com a massa de alhos pisados, banha e sal. Esmague o louro e espalhe-o por cima. Aconchegue as cabeças numa assadeira de barro ou tabuleiro e leve ao forno a assar com calor mediano. Caso consiga em forno padeiro, está a cumprir na integra todos os requisitos. Quando a assadura se aproximar do desejável, borrife-as com o vinho branco. Deixe terminar a assadura e parta-as ao meio.

Provérbios de Setembro

..
Agosto tem a culpa, e Setembro leva a fruta.
Em Setembro, ardem os montes e secam as fontes.
Setembro, ou seca as fontes ou leva as pontes.
Nuvens em Setembro: chuva em Novembro e neve em Dezembro.
Em Setembro, planta, colhe e cava, que é mês para tudo.
Lua Nova setembrina sete vezes domina.
Se por acaso em Setembro a cigarra cantar, não compres trigo para o vires a guardar.
Para que o ano não vá mal, hão-de encher os rios três vezes entre S. Mateus e o Natal.
Pelo S. Mateus, pega nos bois e lavra com Deus.
Setembro, cara de poucos amigos e manhã de figos.
Setembro molhado, figo estragado.
Setembro que enche o celeiro dá triunfo ao rendeiro.
Pelo S. Mateus não peças chuva a Deus.
Águas verdadeiras, por S. Mateus as primeiras.
No S. Mateus vindimam os sisudos e semeiam os sandeus.
Agosto madura, Setembro vindima.

quarta-feira, agosto 31, 2005

Crónica no Monte da Ribeira

..
Reencontro no Monte da Ribeira
Quarenta e dois graus registava o termómetro do carro, na hora em que chegámos ao Monte da Ribeira.
E essas temperatura do ar estendeu-se ao ambiente de fraternidade criado entre todos nós, juntos em mais uma visita à "casa-mãe", lá, onde tudo começou.
Irmãos estavam cinco. Ao anfitrião António, juntaram-se a Ana, a Alice, a Lena e o Zé Batista.
Ali, na casa onde tantas traquinices protagonizaram, tantas partidas pregaram, tantas "estórias" ouviram e contaram, tantos afectos trocaram, o pretexto foi o almoço, o resultado - uma tarde de memórias, o desfilar de recordações, o lembrar sentido daqueles que por cá passaram e já nos deixaram.
Neste exercício de recordar, participaram também a Maria Rita e o João, que de França vieram rever os seus, reavivar as suas memórias, as próprias e as comuns com os da casa.
À mesa , recordaram-se as noites do Monte, os jogos e as brincadeiras com que se preenchiam os serões dum tempo ainda sem televisão.
Já aqui referi em escritos anteriores, as sessões de leitura, ou , de estórias contadas de viva voz. Agora , recordámos as do Tio Branco, que tão bem prendia a atenção de todos com o "Cavalinho de Pau","A Princesa d'Austria",ou as do Avô Luis, mestre da palavra com a "Princesa Magalona", "O touro Azul" e "Rosa do Adro".e ainda "A raposa e o ouriço", contada pelo Tio António Jesuína.
Além dos contos, como lembrou a Ana, havia o "jogo do 31", o "jogo dos disparates", e o chamado jogo do "Estou pensando".
Para o "Jogo dos disparates", existia um livro com uma série de perguntas numeradas de 1 a 31, a que correspondiam, também numeradas de 1 a 31, respostas de acordo com a sequência numérica escolhida.
A pessoa que por sorteio ficava na posse do "livro", lia as questões, como por exemplo:
..n.3 - COM QUEM QUER CASAR?
ou
..nº6 - COM QUEM VAI JANTAR?
A que corresponderia, de acordo com o número escolhido, respostas do tipo:
- COM UM BURRO
ou
- COM UM CÃO
- COM UM CAMÊLO
e aí por diante.
No outro jogo, o chamado "Estou pensando", um jogador tentava adivinhar em que pessoa o outro jogador estaria a pensar, através de perguntas a ele dirigidas, tais como?
- HOMEM OU MULHER?
- CASADO OU SOLTEIRO?
- QUANTOS FILHOS TEM?
e acabavam por levar à descoberta.
Como se tratava quase sempre de pessoas da terra, ou arredores, que todos mais ou menos conheciam, não era dificil encontrar a solução. Por outro lado, acabava-se de , por vezes, se descobrir factos novos, segredos até, ligados à personagem que se tentava descobrir.
Não só o pessoal da casa se divertia com estes jogos aos serões, mas também vizinhos e amigos dos montes próximos, que frequentemente apareciam e participavam. Foram recordados a Judite, o Manuel Francisco, a Maria Deolinda, o António Luis e muitos outros.
Às tantas, apercebi-me que começava a sentir uma pontinha de inveja de não ter tido o privilégio de ter vivido aqueles tempos mágicos, naquele envolvente ambiente de pertença

domingo, agosto 28, 2005

letras de modas alentejanas

..
BALEISÃO

Se Baleisão fosse meu
Como eu tinha na vontade
Fazia de Beja aldeia
De Baleisão, cidade

Ó Baleisão, Baleisão,
Ó terra baleisoeira,
Eu hei-de ir pra lá morar,
Queira o teu pai ou não queira!
Queira o teu pai ou não queira,
Queira a tua mãe ou não,
Ó terra baleisoeira,
Ó Baleisão, Baleisão!

Em terra de Baleisão,
Morreu uma camponesa.
Só por querer ganhar o pão,
Para os filhos, que tristeza!

Ó Baleisão, Baleisão,
Ó terra baleisoeira,

sexta-feira, agosto 26, 2005

imagens do alentejo

..
CORTE ZORRINHO

ALDEIA DO JORGE E DA MARIA INÁCIA

terça-feira, agosto 23, 2005

a nossa galeria

..

"FIM DE TARDE" acrílico de EUNICE ROSADO

sexta-feira, agosto 19, 2005

Imagens do alentejo MILFONTES

..


VILA NOVA DE MILFONTES - A BELEZA DO ALENTEJO DO LITORAL

Há muitos séculos que a foz do rio Mira é usada pelos marinheiros para se abrigarem das tempestades. Por ali andaram celtas, fenícios, gregos, cartagineses e, claro, romanos e árabes.

No século XIII, já a localidade tinha dimensão para receber carta de foral, outorgada por D. Afonso III. No entanto, viria a ficar deserta, na segunda metade do século XV, na sequência de um saque por piratas argelinos.

Foi D. Manuel quem decidiu repovoar a importante praça costeira. Deu-lhe novo foral, já com o nome de Vila Nova de Mil Fontes, em 1512, e abundantes privilégios, para atrair colonos. Na reorganização administrativa de 1855, perde a categoria de vila, que só retomará em 1988.

Dois dos mais importantes momentos da história de Milfontes podem ser recordados no actual Largo Brito Pais. A fortaleza (actualmente uma unidade hoteleira) foi mandada construir por D. João IV, para prevenir incursões pelo rio. O monumento aos aviadores recorda que foi dos campos vizinhos que descolaram Brito Pais, Sarmento de Beires e Manuel Gouveia, em 1924, para um arriscado voo que os levaria a Macau.