sexta-feira, março 26, 2021

FEIRA DE CASTRO, VISTA POR JOSE PENEDO DE CASTRO

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 DE CASTRO, livro de José Penedo de Castro

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ESTE É UM LIVRO SOBRE A FEIRA DE CASTRO, que encontrámos na net, anunciado em espanhol...


A FEIRA

José Penedo de Castro


LA FERIA DE CASTRO / DE TODAS LAS FERIAS / DE TODAS LAS PALABRAS / DE TODOS LOS SIGNOS / DE TODOS LOS SÍMBOLOS / DE TODOS LOS ÍCONOS / DE TODOS LOS ÍNDICES / DE TODOS LOS INDICIOS...


LA FERIA de CASTRO, o FERIA de Castro Verde, una luminosa villa perdida en la inmensidad de Alentejo, en Portugal, pequeño país que sin embargo es la cabeza de Europa, según las palabras de poetas como Camões y Pessoa, es probablemente la imagen de todas las FERIAS, convertidas, en este siglo XXI, en grandes centros comerciales y foros donde las personas buscan TODO y no encuentran NADA.


De este autor, poeta y escritor podemos esperar cualquier sorpresa. Dice de sí mismo que es autor porque está convencido de que es un creador cuando desafía a los otros a crear sus propias cosas; poeta porque intenta, con un uniVERSO de palabras, rimar sin rima y hasta sin métrica, para que los otros creen su propia Poesía, y escritor porque escribe, no por vender libros, mas para que los otros escriban sus propios libros y no precisen de ellos para nada...


Bajo el nombre de José d’A MAR, otro de los múltiples deNÓMIOS [entidad diferente, la del otro, ángel o demonio, o musa, pero no la que inspira, sino la que escribe o habla… y no es UNO sino muchos… Uno para cada poema…] de José Rabaça Gaspar, el poeta publicó en esta misma casa editorial su primer libro, A MAR, sólo para decir que vivimos en el PLANETA MAR, que EL MAR es AMAR... y que todas las vidas, como todos los ríos, corren hacia LA MAR... Más tarde vio la luz pública A ILHA, A ILHA DO PESSEGUEIRO, una pequeña ISLA insignificante que ahora no es otra cosa que un santuario de gaviotas, pero que está llena de LEYENDAS y sortilegios, erigiéndose en la imagen de todos los continentes y Tierras que no pasan de pequeñas ISLAS en la inmensidad del Planeta MAR...


Ahora, con el deNÓMIO de José Penedo de Castro, el Gitano que Recorre las Ferias, nos presenta una FERIA, la FERIA de CASTRO VERDE, que simboliza otras FERIAS, otros lugares de Compra y Venta, de Encuentros y desEncuentros... de Engaños e Ilusiones..., donde las palabras surgen en forma de una catarata alucinante para crear las imágenes que cada lector va a reCrear a su manera, o a largar como un palabrerío inútil y disparatado frente a los nuevos Centros de Convivio, de Comercio, de Compra y Venta, de Encuentros y desEncuentros... de Engaños e Ilusiones...


Es así la FERIA... Son así las FERIAS... Es así el MUNDO de Guerras y Sensacionalismos que aparece todos los días en los medios de comunicación... Es así la VIDA... Esta FERIA, a la que precedieron otras tantas FERIAS, anuncia todas las FERIAS que están por venir...

En este libro se ha procurado brindar algunos datos históricos y de creaciones ancestrales relacionados con las ferias, como el Calendario do VILÃO..., la TECELAGEM..., todo lo referente al trabajo basado en LINO y LANA, ¡cosas del pasado! que lo más probable es que guarden pocas similitudes con las del presente.

En fin, ¡no es para tomárselo en serio! Son sólo cosas de los poetas malditos.



FRAGMENTO:

...

a feira de castro

como as outras feiras

é o grande circo

das gentes que correm

da gente dos montes

gente das cidades

em busca de tudo

em busca de nada

- venho só p'ra ver!

- atão e não compra

nada desta vez?...

em busca de tudo

em busca de nada

atrás de ilusões

de fios de lã

fios de algodão

do que já não há

e havia dantes...

algodão açúcar

mantas cobertores

casacos capotes

cultura, culturas

botas e sapatos

chinelos tamancas

tudo artesanal

ou então moderno

de tela de plástico...

qualquer ferramenta

de há tanto urgente

agora encontrada

agora inventada

parece um milagre

de tão procurada

p'ra tanto conserto

- parece um concerto! -

p'ra tanta demão

remédio p'ra tudo

uma solução

já tão procurada

e ali à mão

- aqui tem, meu povo

ideal solução...

nada é mais barato

nada de mais inútil!!!

perdão enganei-me!

nada é mais preciso

e pronto a servir

para o que precisa...

não custa dois mil

nem mil e quinhentos

a nota de mil

dá para levar

dois. e paga (só) um.

é assim, meu povo

não há que enganar

nem aqui estamos

p'ra enganar ninguém.

é aproveitar

sempre mais barato

aqui do que lá...

são duas ali

p'r'aquelas senhoras

outra para além

para aquele senhor...

aquele cavalheiro

desculpe o senhor!...

e aqui também

p'r'aquela menina...

é sempre a aviar...

chega-me essa manta

chega-me essa caixa

e essa toalha

esse guarda-chuva

moderno automático

e esse também

dos tempos antigos

de bengala grossa

tamanho de gente

que alberga todos

tapa chuva e sol

como uma cabana

de todas as cores...

chega-me também

esse cobertor

os atoalhados

essas mantas quentes

p'rá noite e p'ró dia

e esses conjuntos

de lençóis flanela

de pano e de linho

que dá p'r'aquecer

encontros de sonho

a dois no quentinho

aconchegadinhos!

próprio para pares

que vão dormir juntos

noites sem dormir...

...tudo vem da fábrica

para as mãos do povo

Ah! mulher dum raio

homem duma cana

no me deixes mal...

nu dás c'o imbrulho

e o freguês espera

Ai! que já nu prestas

nu te quero mais

troco-te na feira

por quem me der mais

por dois rapazolas

por duas moçoilas

há'í mais de cem

sem quem os console

e lhes diga: amém.

- escuta, meu povo:

nu me dá co'a caixa

aberta ó fechada...

ah! home dum raio,

nu te quero mais...

oh mulher danada

troco-te na feira!...

nu se vão embora

ora oiçam cá...

é tudo p'ró povo

só p'ró vosso bem.

nem o presidente

e nem o governo

tratam bem de vós

como nós tratamos!

Vinde a nós meu povo!


QUEM É JOSÉ PENEDO DE CASTRO


...José RABAÇA GASPAR – usando 1001 deNÓMIOS (neologismo inventado pelo autor, em referência a anjos ou demónios que inspiram o poeta) em diversas obras, como nesta: Herminia Herminii… e alguns outros, en e-libro.net já publicou outras obras com outros deNÓMIOS:


– José d’A MAR, (A MAR, A ILHA).

– José Penedo de Castro (A FEIRA).

– José Penedo (A COBRA).

– José Penedo de Serpa (A SERPE).

– José Penedo de Moura (A MOURA).

– José da Serra do Vale do Zêzere (ALFÁTIMA).

– Herminia Herminii (NOMINALIA).

– Viriato dos Hermínios (O PASTOR).

– Hermes do Zézere (MANTEIGAS)

– José Rabaça Gaspar (coord.), Cremilde Brito e José Fialho, Manuel de Sousa Aleixo (GRITOS NA SOLIDÃO. Décimas de Inocêncio de Brito. Poeta popular de S. Matias


Nasceu na Serra da Estrela, Manteigas (1938), estudou no Fundão e na Guarda.

Exerceu a sua actividade, desde 1961 em várias localidades da Serra da Estrela.

Frequentou a Academia Militar, em Lisboa, antes de cumprir o Serviço Militar em Moçambique - Metanguala, Lunho, Maúa e Nampula, (4 anos - 2 anos em cooperação) tendo passado algum tempo em Angola - Luanda e Benguela.

Frequentou depois, em Paris, um Curso intensivo no INODOEP, com Paulo Freire, e esteve, 4 anos, nos Serviços de Apoio aos Emigrantes Portugueses na Alemanha onde frequentou Cursos de Alemão e leccionou Português.

Em 1975, trabalhou nas Cooperativas Agrícolas como trabalhador agrícola, na Alfabetização e Animação Cultural tendo ingressado no ensino Oficial em 1976.

Leccionou em várias localidades mais de 20, procurando levar os alunos a aprender o melhor da Língua e da Literatura Portuguesa, a partir das suas raízes culturais.

Com mais de 20.000 páginas de Recolhas e Textos dispersos por mais de 200 obras alguma das quais podem ser consultadas em http://www.joraga.net - um ESPAÇO na NET - aminhaTEIAnaREDE… desde 09.2002.