quinta-feira, maio 08, 2008

GARVÃO

.
VEM AÍ A FEIRA DE GARVÃO

XIV Exposição Agro-Pecuária

É já no próximo fim-de-semana que irá decorrer a XIV Exposição Agro-Pecuária em Garvão, organizada pela Câmara Municipal de Ourique e pela Associação de Criadores de Porco Alentejano. A Feira de Garvão, como também é conhecida, começa na próxima sexta-feira, 9 de Maio, e termina no próximo dia 11 de Maio.
A edição deste ano da Feira de Garvão tem início no dia 9, pelas 15h00, com a selecção e caracterização do melhor grupo de ovinos. Pelas 21h30 é tempo das danças de salão subirem a palco, para, meia hora depois, haver um espectáculo de tunas académicas a animar a noite. À meia-noite, haverá baile, onde todos poderão dar um pezinho de dança.
No sábado, pelas 10h30, irá haver uma mostra de equitação. Pelas 11h00 terá lugar o leilão de reprodutores. Logo de seguida, haverá um almoço-convívio pelas 13h00.

Da parte da tarde, pelas 14h00, irá acontecer a 1ª Prova de Atrelagem. Às 17h00, a Praça de Touros Dr. António Semedo irá encher-se de público para assistir a uma grandiosa tourada com os cavaleiros Joaquim Bastinhas, Tito Semedo e Pedro Salvador, e abrilhantada pelos grupos de forcados amadores de Cascais e de Monsaraz.

À noite, pelas 21h00, não se deverá perder o cante ao baldão. Às 22h00, haverá mais um baile para animar o público, para, de seguida (00h00), subir a palco o cantor Carlos Granito.
No domingo, dia 11 de Maio, o dia começará com o colóquio “Defesa da Floresta Contra Incêndios”, pelas 10h00. Às 11h00 terá lugar o Concurso Regional do Rafeiro do Alentejo.

Depois do almoço-convívio (13h00), será tempo de uma prova de trabalhos equestres pelas 14h30. Às 17h00 terá lugar uma garraiada à alentejana.
A XIV edição da Feira de Garvão é mais um passo na afirmação dos produtos de qualidade do concelho de Ourique, nomeadamente, do porco alentejano.


Garvão é uma freguesia portuguesa do concelho de Ourique.

Garvão é uma povoação muito antiga, com ocupação permanente há mais de 4000 anos, que deve a sua origem, segundo alguns, à ordem de S. Tiago logo no princípio da Monarquia.

"Aranni", pensa-se, foi o seu primeiro nome na Época Romana. No século II d. c., Ptolomeu falava de "Arandis" como sendo uma cidade Céltica. Os Mouros chamavam-lhe "Garabon", que significa "corvo", e daí aparece "Garvão" como é hoje conhecido.

Garvão teve origem em tempos muito remotos, atribuídos à Época do Ferro, ou mesmo anteriores, visto a sua localização ser bastante apropriada para tal. A comprovar estas suspeitas, há vestígios arqueológicos no Forte, na Rua do Castelo e em muitos outros sítios.

O Forte está rodeado por duas ribeiras e tem uma altura elevada em comparação com os terrenos que o envolvem, factores que lhe atribuem uma defesa natural necessária.

O Rei D. Manuel reformou-lhe o foral a 1 de Junho de 1512, dando-lhe novos e maiores privilégios.

Entre os principais edifícios e estabelecimentos encontravam-se a Paróquia, a Casa da Misericórdia, o Hospital, a Antiga Casa da Câmara, o Pelourinho e ainda as Ermidas do Espírito Santo, de S. Pedro e de S. Sebastião.

O brasão de armas da antiga vila é um escudo com uma árvore verde em fundo de prata, com duas cruzes de púrpura de S. Tiago na sua parte superior.

A vila está situada em terreno muito fértil, passando no meio uma ribeira que é afluente do Rio Sado.

Garvão, para além de produzir cereais, legumes e frutas, tem uma intensa criação de gado suíno, bem como as típicas vacas garvanesas (conhecidas assim por representarem sempre a Feira Anual de Gado de Garvão).

Realiza-se nesta vila uma Feira que, já na Idade Média era considerada a maior realização do Sul do País, pelo volume de transacções que se realizavam no âmbito agrícola, mas sobretudo pecuário. Esta feira, com stands onde podemos observar diversas formas de artesanato e trabalhos em cortiça ao vivo, é abrilhantada com espectáculos musicais