quinta-feira, abril 24, 2014

VIVA QUEM CANTA ....A LIBERDADE

.
FOI MUITO FELIZ A DENOMINAÇÃO DO
ESPECTÁCULO QUE MARCOU A ABERTURA
DA "PRIMAVERA NO CAMPO BRANCO" EM
CASTRO VERDE.

E foi ainda melhor o conteúdo dado ao espectáculo, à sua "matéria prima", isto é, aos performers que juntou em palco, no Cineteatro da Vila, todos (ou quase) filhos da terra ou da região, que ao longo destes anos de conquista da Liberdade, e por causa dela, têm contribuído para impulsionar a cultura democrática e a promoção da sua terra e do seu Alentejo .

O espectáculo iniciou-se com a projecção de um filme do cineasta Tiago Pereira denominado "Com memória na Rima: o 25 de Abril e a Cultura em Castro Verde", do qual mostro aqui alguns breves exertos


e onde se pode surpreender,muitos dos castrenses que habitualmente encontramos no seu dia a dia na Vila
, como o poeta Mira e o Manuel Florêncio e a sua gaita de beiços



o Côro Polifónico de Castro Verde e a Idalina, que viria a ser ,no decorrer do espectáculo, muito referenciada dado o seu percurso pessoal,

Após a projecção, subiu o pano descobrindo um palco completamente cheio com todos os que ao longo da noite actuaram juntos e também por grupo.



Então, o poeta de Abril JOSÉ FANHA, abriu o espectáculo com um poema de Manuel da Fonseca, que muitos aplausos arrancou duma plateia a abarrotar.



Foi então a vez da actuação dos GANHÕES DE CASTRO VERDE, entoando "Que bonito que seria"


De novo JOSÉ FANHA:



Foi então que o Professor ANTÓNIO CESAR ao piano e ANDRÉ DOURADO , ao trompete, representaram a área instrumental da Conservatória Regional do Baixo Alenrtejo-Castro Verde, interpretando a obra "Vejam Bem" deo José Afonso, num arranjo próprio


arrancando generosos aplausos da sala rendida

Foi então a vez do jovem Côro da CRBA-CASTRO VERDE, também numa obra de José Afonso.


Também da CRBA , o pianista DIOGO RIBEIRO, interpretou com grande qualidade a peça METAMORFOSE


O espectáculo prosseguiu com o CÔRO POLIFÓNICO DE CASTRO VERDE, que cantou o "Côro dos Escravos Hebreus" da Ópera NABUCCO de Giuseppe Verdi.



ainda "Os homens que vão para a guerra", uma obra popular do Douro Litoral, arranjo de Fernando Lopes Graça.


Depois, o GRUPO DE INTERPRETAÇÃO MUSICAL HISTÓRICA DO CRBA, trouse-nos a obra de José Afonso "Era um Redondo Vocábulo"


As gentes de Castro Verde, que têm vindo a agitar a vida cultural da Vila, do Concelho e da região iluminaram esta noite de Abertura da Primavera no Campo Branco.

E foi a vez dos jovens Pedro Mestre, David Pereira e José Bento, que formam o CAMPANIÇA TRIO, empunharem as violas campaniças e cantarem "Quando rebentou a cena" com letra e música do Pedro Mestre:


O espectáculo aproximava-se do final, então com o palco de novo cheio, JOSÉ FANHA, declamou visivelmente emocionado, o "Eu sou português aqui" do grande poeta Ary dos Santos:


A sala veio abaixo de aplausos e foi de lágrimas nos olhos de muitos dos opresentes que todos cantaram a GRANDOLA VILA MORENA , acompanhando os GANHÕES DE CASTRO VERDE, em momentos de arrepiar.

Mas a noite não terminou, sem que fosse homenegeada a IDALINA, uma jovem de oito dezenas de anos, que não tendo frequentado a escola nos tempos da ditadura derrubada com o 25 de Abril,é agora aluna de canto na Universidade Senior Castrense, e elemento do Côro Polifóinico de Castro Verde,sendo um exemplo concreto do êxito na área da cultura do Movimento que agora completa 40 anos no dia 25.
A IDALINA, MUITO FELIZ, RECEBENDO UM BONITO RAMO DE FLORES, NUMA NOITE QUE JANAIS VAI ESQUECER.


Que belo espectáculo este, sem falhas, com muito ritmo e com a qualidade das gentes de Castro Verde.