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NO CINE TEATRO DE ALODODÔVAR
VAI AMANHÃ À NOITE APRESENTAR-
SE A COMPANHIA DE TEATRO
FILANDORRA - TEATRO DO NORDES-
TE, COM A PEÇA "FALAR VERDADE
A MENTIR" DE ALMEIDA GARRET"
QUEM É ESTA COMPANHIA DE TEATRO?
Filandorra - Teatro do Nordeste
A Filandorra - Teatro do Nordeste, é uma Cooperativa de Produção, Formação e Animação Teatral, apoiada pelo Ministério da Cultura, FEDER, Fundação Calouste Gulbenkian e Autarquias Locais, que desenvolve na região de Trás-os-Montes e Alto Douro um projecto inovador de Descentralização Teatral.
Sucedendo ao TET (Teatro de Ensaio Transmontano), extinto em 1984, a Filandorra nasceu em 1987 integrando o então Centro Cultural Regional de Vila Real, vindo a autonomizar-se desta instituição a partir de Janeiro de 1992. Na sua figura de “Âmbito Regional” a Cooperativa desenvolve a sua actividade a partir das Autarquias / Sede (Centros de Produção) - Lamego e Vila Real - alargando o seu espaço de intervenção a mais duas redes de Autarquias:
1) As de “Curta Permanência”, onde estão a ser desenvolvidas actividades de Produção, Formação e Animação, articuladas com redes do Ensino Básico, Secundário e Universitário, Juntas de Freguesia e Associações Culturais locais.
2) As de “Itinerância Organizada”, onde estão a ser postas em prática actividades de divulgação Teatral, através da realização de 2 ou 5 espectáculos do reportório anual da Companhia.
A actividade da Filandorra assenta na divulgação de Autores Dramáticos Nacionais e Clássicos Universais e ainda na divulgação de textos para a Infância e Juventude, afirmando-se como Companhia de “reportório” apostada no desenvolvimento e criação de novos públicos.
Ainda neste âmbito, desenvolve com o Escritor e Dramaturgo António Manuel Pires Cabral (Dramaturgista Residente) uma linha de criação de nova dramaturgia centrada nos valores de identidade cultural Transmontano - Duriense.
A Filandorra assume-se no panorama actual das artes performativas em Portugal, como um dos grandes condutores do desenvolvimento local e entidade de destaque na dinamização e sensibilização cultural das populações do nordeste do país.
Oferecendo um reportório heterogéneo que visa a formação de novos públicos, e passados vinte anos desde a data da sua fundação, vê a sua posição consolidada no panorama regional pelo alargamento da rede de protocolos culturais que estabeleceu com grande parte dos municípios das regiões transmontana, duriense e beirã.
O seu trabalho foi já reconhecido pela Câmara Municipal de Vila Real, que atribuiu à Companhia a Medalha de Prata de Mérito Municipal.
A Companhia já montou 46 produções que têm percorrido a região, marcando também presença em certames e Festivais nacionais e internacionais. Do seu historial fazem parte as seguintes produções:
«O Doido e a Morte», de Raul Brandão
«Um pedido de casamento», de Anton Tchekov
«Amores de D. Perlimplim com Belisa em seu Jardim», de Federico Garcia Lorca
«Uma prenda especial», Criação Colectiva da Companhia
«Douro, Vida, Vinha e Vinho», Performance de Luís Maduro
«O Pranto de Maria Parda», de Gil Vicente
«1,2,3... O Nosso Natal de 93», Criação Colectiva
«História de Uma Boneca Abandonada», de Alfonso Sastre
«Contas Nordestinas... O Diabo veio ao Enterro», de A.M. Pires Cabral
«A Farsa de Inês Pereira», de Gil Vicente
«Ferreirinha, a Mulher do Douro», de António Cabral
«Terra Firme», de Miguel Torga
«Como ela o Amava», de Camilo Castelo Branco
«Silvestrinha e o Lobo», de A.M. Pires Cabral
«Falar Verdade a Mentir», de Almeida Garrett
«Filandorrinha – Histórias de Contar e...Encantar», Vários Autores
«Teatro Cómico», de Carlo Goldoni
«Auto da Índia», de Gil Vicente
«História Sem Camisa», de A.M. Pires Cabral
«Bodas de Sangue», de Federico Garcia Lorca
«Frei Luís de Sousa», de Almeida Garrett
«Os músicos da aldeia», de Irmãos Grimm
«Mestre Grilo Cantava e a Giganta Dormia», de Aquilino Ribeiro
«O Burguês Fidalgo», de Molière
«O Queijo e a Lua», de Thomas Bakk
«O Espírito do Douro», de Criação Colectiva
«Quem Conta Um Conto», de Maria Isabel Mendonça Soares
«As Histórias de Hakim», de Norberto Ávila
«Maria da Silva, pastora e rainha», de Marília Miranda/Alexandre Parafita
«Auto da Barca do Inferno», de Gil Vicente
«Trasgos à Solta», de Alexandre Parafita
«Papão e o Sonho», de José Jorge Letria
«Contas Nordestinas... O Diabo veio ao Enterro II», de A.M. Pires Cabral
«Bruxas, feiticeiras e suas maroteiras», de Alexandre Parafita
«Dinis e Isabel – Conto de Primavera», de António Patrício
«Era uma vez um rio... DuenDOURO», de Marília Miranda
«O Homem que esteve sete horas empoleirado numa árvore», de A.M. Pires Cabral
«Revidouro», de Criação Colectiva
«O Fato Novo do Imperador», de Christian Andersen
«A Menina do Mar», de Sophia de Mello Breyner
«Cenas da Mitologia», de Alexandre Parafita
«Ambiente D’Ouro», de Criação Colectiva
«Rio de Leituras», de Criação Colectiva
«ContaDouro/ContaDoiros – a pequena GRANDE história de um rio…»,de Criação Colectiva
«Terra Firme», de Miguel Torga (2007)
«Grilo Verde», de António Mota
A peça que a Companhia vai apresentar amanhã em Almodôvar "FALAR VERDADE A MENTIR" de Almeida Garret versa sobre:
Falar a Verdade a Mentir é o título duma peça escrita por Almeida Garrett em 1845. Foi publicada em 1846 juntamente com Filipa de Vilhena e Tio Simplício
A acção desta comédia desenrola-se em Lisboa, no século XIX. Foi representada pela primeira vez em Lisboa, no Teatro Tália, pela sociedade particular do mesmo nome, em 7 de Abril de 1845. A peça contém apenas um acto (acto único) que é composto por dezassete cenas.
A obra era uma crítica cómica à sociedade da altura, e ainda hoje conserva o seu humor refinado.
Personagens
Brás Ferreira - um burguês do Porto e pai de Amália
Amália - filha de Brás Ferreira e noiva de Duarte Guedes
Duarte Guedes - um mentiroso compulsivo; noivo de Amália
General Lemos - um general amigo de Duarte Guedes e amo de José Félix
Joaquina - serva de Amália e noiva de José Félix
José Félix - servo do General Lemos e noivo de Joaquina
Um lacaio
Um criado sem libré
Enredo
Este artigo ou seção contém revelações sobre o enredo (spoilers).
A peça conta a história de uma filha de um burguês,Amália, e da sua serva, Joaquina, que se vão casar. Joaquina veio com o seu senhor do Porto para Lisboa, onde vive José Félix, o que lhes deu a oportunidade de estarem juntos.
Joaquina revela então a José Félix que Amália, a filha do seu amo, prometeu-lhe que lhe daria um dote de cem moedas quando se casasse. Mas Joaquina disse que havia um problema: Duarte, o noivo de Amália, era um mentiroso compulsivo, e o pai de Amália (Brás Ferreira) disse-lhe que se o apanhasse numa mentira, acabava com o seu casamento. Interessado no dote, José Félix disse a Joaquina que tinham que dizer isso a Duarte, pois senão ele iria ser apanhado, o casamento iria ser cancelado e Joaquina nunca receberia o dote de Amália. Mas demasiado tarde! Duarte já tinha começado a contar mentiras ao pai de Amália, que após algumas histórias extraordinárias, começou a desconfiar dele.
Quando Amália finalmente contou as exigências do seu pai a Duarte, este ficou muito baralhado, e começou a confundir as suas mentiras. Numa tentativa de socorrer Duarte, José Félix, fez-se passar por pessoas que Duarte mencionara nas suas mentiras, como por exemplo, Tomás José Marques, Lord Coockimbrook e general (sendo depois despromovido a coronel) Lemos. Mas no fim do dia, o pai de Amália descobriu que o seu futuro genro tinha mentido, apesar das suas mentiras terem acabado por ser verdade. Como agradecimento pela sua ajuda e pela "lição" que ele lhe deu, Duarte oferece um saco de dinheiro a José Félix. Com o "vício" de mentir emendado e com o desejo de José Félix pelo dinheiro satisfeito, a peça acaba com um final feliz.