quinta-feira, março 05, 2009

OFICINA DE CANTE ALENTEJANO - ENTRUDANÇAS

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NA SEQUÊNCIA DAS PEQUENAS
CRÓNICAS QUE VENHO AQUI
ESCREVENDO SOBRE O ENTRUDANÇAS.
HOJE VOU FALAR DA OFICINA
DS CANTE ALENTEJANO.

A Praça Zeca Afonso, foi nos 3 dias de festas de Carnaval de Entradas, um dos centros nevrálgicos do Entrudanças.

A Oficina de Cante Alentejano realizou-se na tenda aí montada, coordenada pelo Filipe Pratas , a presença dos Ganhões de Castro Verde dos quais, aliás, faz parte, e do Pedro Mestre e Ana Valadas.

Este tipo de comunicação entre músicos, cantadores e público, estas oficinas ou workshops, são uma enorme mais valia para o fomento das modalidades artisticas, neste caso, para o cante alentejano.
Não é por acaso que,após anos sem renovação de gerações, e com o envelhecimento dos componentes dos grupos de cante, agora se comece a notar um certo refrescsamento e um maior entusiasmo dos mais jovens pelo cante, pela tradição.
Para esta nova realidade, muito tem contribuido o ensino nas escolas de Castro Verde e Almodôvar da disciplina de cante pelo Pedro Mestre e julgo também pelo Paulo Colaço.
O futuro deles se recordará.

Pois bem, regressemos então à Oficina realizada no Entrudanças.
Filipe Pratas começou por distribuir aos presentes folhas policopiadas com letras das modas que se iriam cantar, explicando acto contínuo a metodologia da oficina, que consistia no lançamento da moda pela voz dos Ganhões, a quem todos seguiriam cantando com eles.




O nosso blogue mostra aqui as imagens recolhidas que dão uma ideia do clima que ali se viveu


"É tão linda a liberdade(ALTO)
Até que chegou um dia
Se houvesse compreensão, então
Que bonito que seria
"

do entusiasmo de todos, e da participação interessada,


"No alentejo eu trabalho
cultivando a dura terra,
vou fumando o meu cigarro,
vou cumprindo o meu horário
lançando a semente á terra.

É tão grande o Alentejo,
tanta terra abandonada!...
A terra é que dá o pão,
para bem desta nação
devia ser cultivada.
"
Tem sido sempre esquecido,
á margem, ao sul do Tejo,
há gente desempregada.
TAnta terra abandonada,
é tão grande o Alentejo
"

de jovens e menos jovens, pela tarde fóra, até ser noite.

No final, acabaram todos a dançar ao som das modas aprendidas.