segunda-feira, maio 14, 2012

NAPOLEÃO MIRA e o seu "FADO" na CASA DO ALENTEJO

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A CASA DAS PRIMAS JÁ HAVIA ESTADO NO
LANÇAMENTO DO PRIMEIRO ROMANCE DO
NOSSO AMIGO ESCRITOR DE ENTRADAS
NAPOLEÃO MIRA.



Sabendo que viria a Lisboa ,à Casa Mãe de todos os Alentejanos ,sacramentar o seu livro "FADO", fiz questão de prestigiar o autor e o Alentejo. na sua pessoa.


Agora,com maior legitimidade lhe dei um abraço, pois já li a sua obra, e naquele amplexo lhe quiz transmitir as minhas felicitações pelo belo romance que escreveu.
O tema é muito bem escolhido, e a sensibilidade e experiência de vida do Napoleão, permitiu conseguir um produto final que nos fica na memória e nos deixa a pensar por muito tempo.

Napoleão junta à sua oralidade fulgurante uma enorme facilidade no verbo escrito, nas combinações de bom gosto das metáforas, dos adjectivos e dos temas vivenciados pelas personagens.

Muito interessante é verificar a melhoria da qualidade e fluidez do texto, à medida que se avança na leitura.

No meu caso pessoal, o facto de o livro começar com o recordar dos momentos mágicos da vitória dos Magriços por 5-3 face aos Coreanos, desde logo me prenderam, pois vi-me regressado àquele sábado ,6 de Agosto de 66, a chegar a Lisboa de camioneta ,vindo das Caldas da Rainha de fim de semana, onde estava a cumprir a recruta no serviço militar.
Entre as Caldas e Lisboa, pela rádio do veículo, escutei angustiado os 3 golos, com que os baixinhos da Coreia nos estavam a despedir do Mundial e da eufórica esperança que estávamos a viver vindas de Inglaterra.

Com a camisa 13, Eusébio desdisse a má fama do número conotado com o azar, e marcou 3 golos

Já em casa das minha então namorada, vivenciei até às lágrimas a heróica cavalgada de Eusébio ,Torres e os seus pares, numa alegria que voltei a recordar agora com o livro.

A apresentação teve lugar numa das belas salas do Palácio Alverca . onde está instalada a Casa do Alentejo, e o escritor teve à sua volta uma sala muito bem composta, um ambiente de grande cordialidade como é habitual entre alentejanos.




O amigo Luis Moisão, teve a excelente ideia de vir acompanhado dum fadista do Feijó, o Paulo Bicho, ensaiador do grupo Cheirinhos do Alentejo, que,
prestigiou o autor de FADO , cantando alguns fados aplaudidos pela sala.

apresentado por Napoleão Mira



Na mesa de honra, ladeavam o autor o Presidente da Casa do Alentejo João Proença , e o amigo e confidente deste , Manuel Faria.

O Presidente João Proença congratulou-se por receber Napoleão Mira na Casa dde todos os Alentejanos e deu inicicio à apresentação.

Manuel Faria,então, falou do seu amigo e autor :

deixando uma ideia de grande cumplicidade reciproca e grande identidade de ideias e valores.

Depois, Napoleão Mira, fazendo uso da sua enorme destreza na palavra ,falou sobre o seu livro, começando por referir a sua satisfação pela "casa cheia" que tinha pela frente

e prestigiando a figura dum antigo seu Professor Fernando Eugénio ali presente

numa linguagem apaixonada

valorizando sobremaneira dois elementos centrais na sua obra
a epopeia dos que se viram obrigados a emigrar
e a salientar o papel pedagógico que exerce no livro a sua personagem "professor José Luis"quanto a mim, uma brilhante ideia que enriquece sobremaneira a sua obra.

acabando a agradecer aos amigos a presença que muito o tocou.

No final,a tradicional fila dos autógrafos




e um pequeno beberete bem alentejano nos seus elementos


Num gesto de grande carinho e deferência para com o autor, algumas das bravas Cantadeiras de Alma Alentejana, compareceram já no final, depois

dos seus compromissos profissionais,cantando algumas modas e fazendo finca-
pé de serem fotografadas com Napoleão Mira.