segunda-feira, agosto 03, 2009

CRÓNICA DO 9º.ENCONTRO DOS AMIGOS DA CAIADA

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(A PEDIDO VOU REPETIR
A CRÓNICA DO 9º.ENCON-
TRO DOS AMIGOS DA CAIADA

.
FOI UMA TARDE INCRIVEL ,AQUELA
EM QUE TIVE O PRIVIÉGIO DE
PARTICIPAR NO ENCONTRO DO 1º.
DE MAIO DOS AMIGOS DO MONTE
DA CAIADA.



"venha daí compadre
venha com a família
e se quiser até pode
trazer a sua vizinha
"

Era este o lema do encontro da Caiada.

Em Outubro do ano passado visitei pela primeira vez o Monte da Caiada, e nessa ocasião fiquei agradàvelmente impressionado pelo que então vi.
Escrevi então uma pequena crónica no nosso blogue ,acompanhada de imagens que tiveram uma grande repercussão entre os amigos que nos acessam.
Recebi então um excelente feed-back através de emails.

Na época prometi voltar ao Monte da Caiada "no próximo 1º.de Maio" , pois, foi-me então dito, que hávia já uns anos, os antigos moradores, filhos, netos e amigos, nos dias "1º.s de Maio" de cada ano,, lá se reuniam para matar saudades e lembrar outros tempos .

E neste 1º. de Maio cumpri a promessa, fui à Caiada.

Muitos filhos da terra compareceram, o encontro esteve muitos animado, e todos juntos degustaram um imenso farnel , com os petiscos bem alentejanos, que todos truxeram.

E depois seguiu-se uma tarde de grande confraternização, que meteu cante, música para dançar, um frenético bailarico que decorreu na sala de aulas da antiga escola, e poesia popular.






Mas o que achei de diferente foi a participação activa de toda a gente.


Enquanto na sala se dançava ao som dos acordeons, os que estavam cá fóra não estavam

quietos e cantavam em círculo, as mais conhecidas modas do reportório alentejano.


Quando se calavam logo havia outro companheiro que lançava o mote de "mais uma" e todos o seguiam cantando.


Quando os acordeons se calavam e o baile se interrompia, entrava o grupo de

cante ,que afinal, era constituido por todos os que quisessem cantar, com destaque





especial para MANUEL JOAQUIM NARCISO,senhor de uma grande voz, e autor de letras e excelentes poemas populares.

Que voz, amigo Manuel .





Mais tarde, e depois de várias alternâncias, foi a vez da poesia popular a cargo dum poeta muito especial, um homem da terra ,o ELISIÃRIO PAULINO, que não sabendo lêr, cria poemas de grande intensidade ,que retém na sua memória, e recita com o talento natural de quem nasceu para a poesia.


e já com oitenta e tal primaveras



No fim houve o tradicional bolo de velas com toda a gente a cantar, e foi com emoção

que me despedi, até para o ano, voltarei, prometo.