domingo, agosto 02, 2009

XI FEIRA DA ALMA ALENTEJANA DE ALMADA 9º.DIA

.
E AO 9º.DIA ,ESTIVE PRESENTE
NA FEIRA, DE CORPO E ALMA,
ACOMPANHANDO OS MEUS AMIGOS
DA ALMA ALENTEJANA .


IMAGEM GERAL DO RECINTO DA FEIRA

Pois bem, estamos quase no final desta XI Feira, e com um êxito tão retumbante, com uma adesão tão entusiástica, que já faz a todos crescer água na boca pela próxima edição.!!!

De facto, o Alentejo esteve estes dias sediado na Escola Secundária de Cacilhas, na Feira da Alma Alentejana de Almada.
Por aqui passaram alentejanos de todas as regiões do Alentejo.
Vieram os que aqui vivem e trabalham ,trazendo filhos e netos.

Vieram os que vivem e trabalham no Alentejo, quer os que actuaram cantando, seja fado ,seja no cante alentejano, ou os que recitaram poemas que tanto emocionaram os presentes.




Finalmente neste 9º.dia pôde estar presente na Feira, e confraternizar com os amigos, conhecer pessoalmente os novos membros da recem eleita Direcção da Alma Alentejana, ANTÓNIO OLIVEIRA, O NOVO PRESIDENTE DA DIRECÇÃO DA ALMA ALENTEJANA e captar imagens com as quais ilustrarei a prosa que o amigo Luis Moisão, pois é ele que vai continuar a escrever e a descrever, como sempre ao detalhe ,o que hoje aconteceu na Feira.
Passo~lhe a palavra:

À hora marcada, pelas 16,30h iniciou-se o programa estabelecido:

1) Rancho Folclórico e Etnográfico de Campo Maior:
- Marcha de Campo Maior (fala das gentes locais, seus costumes e hábitos)
- Saias em coluna
- Saias Novas (Campestres)
- Vira do Alentejo
- Vira batido

Seguiu-se Rosa Dias nos seus Poemas:
- Assim se fala em Campo Maior
- A minha Janela

Seguiu-se uma II Parte, prolongada até à chegada do grupo seguinte, com muitas mais «saias» e música para dançar com um Acordeonista, acompanhado por Castanholas e dois jovens com Pandeireta e «rack-rack».


ENTUSIASMO E IDENTIFICAÇÃO COM O CANTE


UMA IMAGEM DA PLATEIA, COM AS ATABUAS A PREPARAR-SE PARA ENTRAR EM PALCO
Pelas 19h as «Atabuas» deram início aos seus cantes:

Grupo Feminino «As Atabuas» de S. Marcos da Atabueira: (Modas de baile)

1) Já lá vem rompendo a Aurora (dançada)
2) Ó Luar da Namorosa (dançada)
3) Noutro tempo a Lavadeira
4) Cabelo entrançado à luz do Vapor
5) Penteei o meu cabelo, penteei-o para trás (dançada)

Entretanto, e enquanto aguardavam pela vez de entrar em palco, os Cardadores da Sete foram surpreendidos por uma foto sua postada no ecran, onde a figura do Pedro Mestre tinha sido substituida pelo rosto do Obama.
PEDRO MESTRE SURPREENDIDO PERANTE A FOTO DO SEU GRUPO, ONDE O SEU ROSTO FOI TROCADO POR OBAMA


A IMAGEM TROCADA


Seguiram-se os «Cardadores de Sete» com Pedro Mestre na apresentação e no Ponto em:

1) Ao romper da bela Aurora (ouvi uma voz entoada) - dançada
2) Tenho barcos, tenho remos
3) Ao romper da bela Aurora (Viva o nosso Portugal)
4) As Mondadeiras Cantando
5) Içando a nossa Bandeira (Já lá vem no Alto Mar)
6) O cheiro que a Rosa tem
7) A Lua pela Janela no meu quarto quiz entrar

No final da actuação o novo presidente da Alma Alentejana e Pedro Mestre trocaram de presentes .


Mas as prendas não ficaram por aí, pois também Camilo Mortágua, que mais tarde aprentaria o seu livro "Andanças para a liberdade", fez questão de subir ao palco e oferecer um exemplar ao Pedro Mestre:



À noite tivémos então a presença do grande lutador antifascista,Camilo Mortágua, que esteve na luta contra o regime salazarista ,arriscando a vida em acções revolucionárias como a do Banco da Figueira da Foz, do navio Santa Maria r outras.

Mais tarde , logo após o 25 de Abril, esteve na tomada da Quinta dos Duques de Lafões, a Torrebela, que ajudou a integrar no projecto da reforma agrária.

O AUTOR, A SUA OBRA, A SUA VIDA

Essas e outras experiências revolucionárias, são o tema de um livro a que chamou "ANDANÇAS PARA A LIBERDADE" e sobre o qual versou o colóquio com que se encerrou este 9º.dia da Feira.

CAMILO MORTAGUA FALANDO SOBRE O SEU LIVRO

Foi com uma certa emoção que o cumprimentei,apresentado pelo amigo Rabaça , pois, nessa época ,trabalhava eu na TAP, e no fervor revolucionáio que o 25 de Abril tinha criado, fui com um grupo de companheiros , ajudar nos trabalhos das colheitas na Torrebela, (1 semana nas vindimas, outra no milho), vivendo intensamente o dia a dia da UCP.

Recordo as reuniões de preparação das tarefas ,nas de discussão política onde amiúde surgiam actos de autocritica, nas refeições em conjunto na cozinha do casarão, nas noites mal dormidas devido a dores musculares resultantes das fainas do campo a que não estava habituado.

Uma saudação especial do nosso blogue ao Camilo.Valeu!!!