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O FESTIVAL DO MEDITERRÂNEO
"SETE SÓIS,SETE LUAS" QUE AGITOU
CASTRO VERDE DURANTE 3 DIAS,EN-
CERROU ONTEM.
Esta é a primeira de algumas crónicas que aqui escreverei sobre os vários eventos do Festival.
Foram três dias muito intensos, com espectáculos para todos os gostos, muito participados.
O que me atrai nos "Sete Sóis" é a possibilidade de vêr, aqui e ao vivo, a arte popular das gentes do espaço mediterrânico, o tal, a que Portugal, e por maioria de razão o Alentejo pertence e com o qual se identifica, não como vedetas que não são, mas como representantes de grupos étnicos que nos vêm mostrar como se canta, como se dança, como se pinta, como se modela, e até como de cozinha e se dá afecto nas terras mediterrânicas de onde vêm .
Nas ruas , nos palcos, nos cafés, nos bares, enfim, nos lugares públicos, cruzamo-nos, encontramo-nos, estabelecemos contacto com gente que connosco fala, vibra, questiona, se emociona e que leva Castro Verde na sua bagagem de volta.
Não vêm vedetas, vem gente, e gente que ousa juntar à vida a sua arte e vontade de viver.
A Vila mudou de aspecto nestes dias ,com a instalação de tendas, quiosques, estatuária exposta na rua, tal como nos anos anteriores.
AQUI A TENDA INSTALADA JUNTO À IGREJA, ESTE ANO MUITO MAIOR QUE A DE AMOS ANTERIORES
As fachadas das casas da rua D.Afonso I ganharam inscritos, poemas de Manuel da Fonseca:
A grande novidade foi a instalação de um palco XPTO, no espaço do Anfiteatro Municipal, junto ao Café Paraíso.
O espaço cénico ficou espectacular, a ponto de ter arrancado um grito de espanto ao vocalista dos KAMAFEI, quando ao chegar para o primeiro ensaio, e ao deparar-se com a imagem do palco gritou: "Santa Madonna, che bello questo luogo"
O espaço da esplanada do Café Paraíso foi ocupado nestes três dias por um bar do festival.
Outra das diferentes esteve ma decoração do Café Mediterrânico, instalado na velha ,mansão Faleiro, e onde este ano, além do Café, funciona também a Feira do Livro.
A entrada ficou espectacular.apelativa, irresistível a quem passava,ora vejam lá:
Já a tenda que em anos anteriores serviu de Feira do Livro e do Disco, este ano foi destinado às crianças, às suas brincadeiras, às pinturas faciais, aos contadores de histórias.
Esta primeira crónica fala sobre a estética do Festival, as próximas versarão sobre os diversos eventos a que assisti.